Editorial

Entre os diversos pontos no Brasil que necessitam de investimento, o saneamento aparece reiteradamente nas principais listas.


112º no ranking

Entre os diversos pontos no Brasil que necessitam de investimento, o saneamento aparece reiteradamente nas principais listas. Um recente estudo divulgado em março pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, durante o fórum Água: Gestão Estratégica no Setor Empresarial, explicitou ainda mais essa realidade: em um ranking entre 200 países, o Brasil amargou o 112º lugar ficando entre Tuvalu e Samoa, resultado ruim para a atual sétima economia mundial. Os dados mostram um cenário ainda mais preocupante, que houve queda no ritmo da expansão do saneamento, sendo que nos anos 2000 avançávamos 4,6% ao ano contra 4,1% nesta última década. Segundo o estudo, a pontuação do Brasil no Índice de Desenvolvimento do Saneamento – indicador que leva em consideração a cobertura por saneamento atual e sua evolução recente – foi de 0,581 em 2011. O índice é inferior não só às médias da América do Norte e da Europa, mas também às de alguns países do Norte da África e Oriente Médio, povos de renda média bem mais baixa que do Brasil. Vale notar que Equador (0,719), Chile (0,707), Honduras (0,686) e Argentina (0,667) registraram índices muito superiores aos do Brasil. A pesquisa enfatiza que caso o país investisse mais em saneamento, haveria melhora em diversos aspectos como expectativa de vida, educação, produtividade, turismo, redução da taxa de mortalidade infantil e internações hospitalares. O presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, declarou: "Um país como o Brasil, com aspirações de se destacar nas grandes discussões internacionais, não pode se manter entre os mais atrasados no que há de mais básico – o saneamento. Apesar de sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ainda não conseguimos garantir água tratada, coleta e tratamento de esgotos a todos os cidadãos". Por outro lado, o governo busca divulgar os investimentos no saneamento e entre as informações dessa edição, a presidente Dilma Rousseff lançou a terceira etapa do programa voltado à melhoria do esgotamento sanitário e abastecimento de água, que deverá beneficiar cerca de 5,2 milhões de pessoas.
Esperamos que o Brasil possa realizar avanços mais expressivos no saneamento e que vejamos uma evolução significativa em futuros estudos.

Boa leitura e até a próxima edição.

Rogéria Sene Cortez Moura
Editora

 


 

Conselho Editorial:
Adriano de Paula Bonazio; Alice Maria de Melo Ribeiro; Arno Rothbarth; Douglas Moraes; Eric Rothberg; Fábio Campos; Geraldo Reple Sobrinho; Giorgio Arnaldo Enrico Chiesa; Hercules Guilardi; Jeffrey John Hanson; João Carlos Mucciacito; José Carlos Cunha Petrus; José Luis Tejon Megido; Lucas Cortez Moura; Luciano Peske Ceron; Marco Antônio Simon; Nelson Roberto Cancellara; Patrick Galvin; Paul Gaston; Paulo Roberto Antunes; Ricardo Saad; Santiago Valverde; Tarcia Davoglio; Tarcísio Costa; Valdir Montagnoli.

Colaboraram nesta edição:
Jennifer Jacobowitz Era (GE Water); Igor Freitas, Marcel Pereira Rodrigues e Benedito Ayres Neto (Bauminas); Edgard Luiz Cortez (Iteb); Felipe Dias, Bruno Dinamarco e Alessandra Cavalcanti (B&F Dias); Angela Halat Portugal (Sulzer Pumps); Cindy Fernandez (Reed Exhibitions Alcantara Machado); Eduardo Bertella (Kanaflex); Carlos Aurélio Dompieri Filho (Vibropac); André Luis Moura (Laffi Filtration); Luciana Beneton e Francisco Queiroz (Tecitec); Fred Schuurman e Luiz Carlos da Silva (Produquímica); José Aparecido Franco (Franco Ambiental); Rainer Siegert (Aerzen); Celso Placeres (Volkswagen do Brasil); José Eugenio Pinheiro (General Motors do Brasil); (Fiat); (Mercedes-Benz); (Toyota Brasil); Gustavo Veronesi (SOS Mata Atlântica); Frederico de Almeida Lage Filho (Faculdade Oswaldo Cruz e Brasil Ozônio); Ana Elizabeth Juliato (Agência Nacional de Águas - ANA); Fabio de Santi (Dux Controle de Odor); Dr. Helvécio Carvalho de Sena (Sabesp); Antonio B.F. Öberg (Wastec Brasil); Eduardo Grachten (Alfacomp); Roberto M. Gadotti (FGS Brasil); Fernanda Mendonça (Hidrogeron); Alberto Mariano Abbiusi (Conexx Brasil); Marcos H. V. Theodoro (Emak); Giocondo Rossi Neto (Tecniplas); Greice Mata Alves (Novus); Amanda Gottardi (Metrohm Pensalab); João Mario Cappellin (Aerzen); Joaquim Marques Filho (Pentair); André Gomes (GEA); Ligia C. Rodrigues (Koch Membrane); Ari Fischer (A.R.I Brasil); Marcelo Pessoa (Schneider); Edson Victor de Souza (Hagaplan); Ricardo Vieira (Conaut); Mario Ramacciotti (Xylem); Helena Beleza (Sika); Henrique Martins Neto (EQMA) e Josimar Vieira dos Reis.

 

ERRATA: Na edição nº 18 abril/maio de 2014, nas páginas 20 e 22, foi informado erroneamente o nome do diretor da Tecitec o nome correto é Fernando Queiroz.

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