Desidratação da água no óleo para motores e máquinas sustentáveis

A contaminação do óleo por água pode ser evitada com a realização de manutenção adequada para o bom funcionamento dos equipamentos nas indústrias. Neste caso, é a água que contamina o óleo e causa problemas nos sistemas hidráulicos e de lubrificação.


Desidratação da água no óleo para motores e máquinas sustentáveis

A contaminação do óleo por água pode ser evitada com a realização de manutenção adequada para o bom funcionamento dos equipamentos nas indústrias. Neste caso, é a água que contamina o óleo e causa problemas nos sistemas hidráulicos e de lubrificação. Ao contrário, de quando o óleo polui as águas de rios como contaminante, causando problemas ambientais. A água é contaminante que deteriora o lubrificante a ponto de afetar o funcionamento de componentes. A água pode entrar no óleo por respiradouros, filtros, selos etc. O jeito é prevenir a entrada de água, monitorar a qualidade do óleo periodicamente e fazer a manutenção preventiva, com cronograma predefinido para ações em intervalos, e manutenção preditiva, que utiliza dados coletados em tempo real por sensores para prever falhas, otimizar as intervenções e a vida útil dos equipamentos.

Indicativos
O óleo contaminado por água é mais turvo que o limpo. A água pode estar nos óleos lubrificantes de forma emulsificada, bolhas dispersas pelo óleo; dissolvida, misturada com o óleo de modo homogêneo; ou livre, fácil de ser vista separada do óleo. Níveis da água presente no óleo acima de 0,1% passam a causar problemas. Óleos lubrificantes industriais suportam de 0,02% a 0,06% de água dissolvida, conforme temperatura e seu estado de envelhecimento.
A presença da água no óleo aumenta falhas ou danos nos motores e máquinas, paradas não programadas e custos. A perda das propriedades lubrificantes e aumenta o atrito entre partes móveis, superaquece as máquinas e desgasta os equipamentos. 
Problemas da contaminação do óleo por água:
• Oxida o óleo;
• Corrói partes metálicas e engrenagens do sistema;
• Aumenta a contaminação biológica do óleo;
• Perda de propriedades lubrificantes;
• Aumenta o atrito entre partes móveis;
• Superaquece o maquinário.

Contaminação
Como preservar o óleo hidráulico, o lubrificante ou o isolante de base mineral que tenha sido contaminado por água. “A maioria dos sistemas hidráulicos e sistemas de lubrificação a óleo utiliza fluidos minerais nas suas diferentes marcas, formulações, viscosidades e demais características técnicas conforme a necessidade da aplicação. Para todos esses casos, além do particulado sólido ser o principal contaminante, a presença de água é considerada contaminante químico para o fluido mineral” – alerta Alex Alencar, da engenharia e vendas da Engefluid.
A presença da água no óleo pode causar a degradação superficial dos componentes do circuito, como bombas, válvulas, atuadores, mancais, rolamentos etc. “A água poderá também alterar propriedades do fluido mineral, como sua viscosidade, acidez, lubricidade e até acelerar sua oxidação ou formação de subprodutos nocivos tanto ao fluido mineral quanto aos componentes” – explica.

Saturação
O óleo mineral, do refinamento do petróleo bruto, passando por processo, fica incolor e inodoro. Muito usado nas indústrias de motores e máquinas, o óleo mineral é lubrificante eficaz que diminui o atrito entre superfícies metálicas e deixa os equipamentos mais macios para trabalhar. 
A água e o óleo mineral não são miscíveis, ou seja, não se consegue misturar. “Ao ser atingido o limite de saturação do óleo pela água, a tendência é haver a precipitação do líquido mais denso, que, no caso geral, é a água, visto que o peso específico da maioria dos óleos minerais é de 10% a 14% menor que o peso específico da água” – esclarece Alencar.  
Enquanto a presença da água no óleo se apresenta abaixo desse limite de saturação, o risco ainda não é crítico. “E é possível medir esse percentual de saturação do óleo mineral por água e remover a água ainda no estado dissolvido” – ressalta. 

Desidratação da água no óleo para motores e máquinas sustentáveis

Sensores
Os sensores identificam quando há água no óleo. No setor de manutenção preditiva, conforme Alencar, consegue-se fazer a detecção da água no óleo mineral ainda no estado dissolvido, isto é, pode-se monitorar o percentual de saturação do óleo mineral por água antes de acontecer uma falha catastrófica: que seria a água romper o limite de saturação do óleo mineral, vindo a precipitar-se. 
Esse conceito, comparado à umidade relativa do ar, segundo ele, é muito fácil de ser compreendido. Ao atingir os 100%, a água presente no ar precipita-se na forma de névoa ou mesmo de chuva. “Com esse recurso, é possível utilizar sensores que transmitem em tempo real, com sinais analógicos típicos de instrumentação, esse percentual de saturação do óleo mineral por água e a temperatura” – menciona.  
Haja vista que o mesmo teor absoluto de água no óleo mineral vai apontar percentual maior de saturação por água numa temperatura mais fria. “E, ao ser aquecido, o óleo apresentará para o mesmo teor absoluto de água percentual de saturação menor pela água devido à maior agitação molecular” – comenta Alencar.

Desidratação da água no óleo para motores e máquinas sustentáveis

Ar seco
Para a água no estado livre presente no óleo mineral, existem alguns recursos conhecidos para a retirada da água, como centrífugas e até elementos filtrantes para a absorção de água. “Porém, esses recursos não têm a capacidade de remover a água no estado dissolvido, ou seja, a água que está presente no óleo mineral, mas ainda não ultrapassou o limite de saturação” – salienta Alencar.  
Para remover a água do óleo mineral, utilizam-se desidratadores a vácuo. Pela combinação de temperatura elevada e alto vácuo, se reduz a pressão de vapor. “E por meio de choque de massa entre o ar seco e o óleo mineral contaminado com água, consegue-se extrair essa água dissolvida, retornando a condição do óleo a um percentual de saturação baixíssimo ou, como se diz no jargão de manutenção, o óleo fica ‘seco’” – explica.  

Temperatura
É preciso ter alguns cuidados no uso desses desidratadores de óleo mineral, principalmente quanto à temperatura máxima de utilização para o tratamento. “Apesar da temperatura elevada acelerar o processo de desidratação, por outro lado, o aquecimento excessivo do óleo poderá acelerar a degradação do pacote de aditivos do óleo mineral. É recomendável sempre consultar o fabricante do óleo mineral para conhecer o limite de temperatura segura para fazer a desidratação” – orienta Alencar. 

Desidratação da água no óleo para motores e máquinas sustentáveis

Autonomia
O bom é que já é possível automatizar o tratamento. “Para os casos em que o óleo mineral está sendo utilizado em um circuito sujeito ao ingresso de água permanentemente e não apenas de modo acidental, o uso de sensores de saturação comanda o desidratador de modo autônomo” – cita.  
O desidratador passa a ser um recurso fixo do sistema hidráulico. “Sempre que a contaminação do óleo por água atingir determinado percentual de saturação, é enviado um comando para ligar o desidratador, que efetuará o tratamento do óleo até que a presença de água dissolvida atinja valor mínimo previamente definido, desligando automaticamente o desidratador” – destaca Alencar. 
A água contamina o óleo e pode:
• Reduzir a lubrificação do óleo e formar emulsões; 
• Causar corrosão em peças metálicas e causar falhas e desgastes;  
• Formar borras e vernizes no óleo, entupindo filtros e canais; 
• Aumentar viscosidade do óleo e dificultar o funcionamento de componentes; 
• Gerar espuma no óleo, afetando a performance do sistema;  
• Congelar em baixas temperaturas e bloquear canais.  
Para prevenir a contaminação da água no óleo dos sistemas:
• Armazene o óleo em locais secos;
• Mantenha vedação, filtros e respiradouros em bom estado; 
• Troque o óleo regularmente conforme recomendações do fabricante; 
• Filtros de qualidade ajudam a remover a água e contaminantes; 
• Verifique o nível de água no óleo e tome medidas corretivas; 
• Evite excesso de água ao lavar os equipamentos. 

Desidratação da água no óleo para motores e máquinas sustentáveis
 

Contato da empresa
Engefluid:
www.engefluid.com.br

 

Referências bibliográficas:

BIOLUB. Contaminação do óleo integral por água: o que é e quais os danos causados à lubrificação industrial. 4 jun. 2019. Disponível em: https://biolub.com.br/blog/contaminacao-do-oleo-integral-por-agua-o-que-e-e-quais-os-danos-causados-a-lubrificacao-industrial/. Acesso em: 9 maio 2025.

 

Publicidade