Novidades
Por Curadoria Revista TAE
Edição Nº 85 - Junho/Julho de 2025 - Ano 15
Confira as novidades do mercado de Tratamento de Água e Efluentes
Programa de coleta da BRK evita o descarte de 12 mil litros de óleo nas redes de esgoto
Empresa promove o Programa Olho Vivo em cidades paulistas e contribui para a destinação correta do óleo de cozinha usado
A BRK, uma das maiores empresas privadas de saneamento do país, coletou mais de 12,2 mil litros de óleo de cozinha usado em 2024, por meio do programa Olho Vivo. A iniciativaz evitou que o resíduo fosse descartado incorretamente nas redes de esgoto nos municípios paulistas de Limeira, Porto Ferreira, Rio Claro, Sumaré, no interior do estado, e em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, atendidos por serviços da concessionária.
A coleta do óleo de cozinha usado é feita em parceria com empresas locais especializadas, por meio de pontos localizados em escolas das redes pública e privada de ensino, em pontos comerciais, associações de classe e nas próprias lojas de atendimento e estações operacionais da BRK. Todo o resíduo arrecadado é destinado à reciclagem, promovendo sua utilização como matéria-prima em indústrias regionais, como na produção de tintas, produtos de limpeza e até biodiesel.
“Fazer a destinação correta do óleo de cozinha usado é uma ação urgente, já que impacta diretamente no funcionamento regular do sistema de esgotamento sanitário. O programa implementado nos municípios paulistas contribui para manter a eficiência das redes de esgoto, preservar o ecossistema de córregos e rios, e impulsionar a economia circular”, afirma Carlos Almiro, diretor de sustentabilidade da BRK.
Dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) demonstram que, no Brasil, são consumidos cerca de três bilhões de litros de óleo ao ano e, de cada quatro litros consumidos, um é descartado de forma incorreta. Isso representa 700 milhões de litros ao ano despejados de forma irregular.
A rede coletora de esgoto é responsável por transportar o efluente dos imóveis dos clientes para as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) para ser tratado e, depois, devolvido limpo ao meio ambiente. Ao despejar o óleo incorretamente no sistema de esgoto, por meio de ralos, pias e vaso sanitário, o resíduo se solidifica com o tempo e se transforma em placas que acabam obstruindo as tubulações e causando extravasamentos de esgoto.
Conscientização em escolas - A BRK estimula a educação ambiental nas comunidades em que atua, por meio de palestras em escolas que são pontos de coleta de óleo usado. Dessa forma, a empresa ajuda a disseminar informações sobre a importância dos serviços de esgoto e a correta destinação do óleo de cozinha. Em 2024, mais de 200 palestras educativas foram ministradas em escolas das redes pública e privada de ensino nas cidades em que o programa Olho Vivo está presente, reunindo cerca de 16 mil participantes.
“O trabalho conjunto da concessionária com as escolas é essencial para disseminar a conscientização ambiental entre os estudantes e suas famílias. Essa iniciativa reforça a importância de pequenas ações que geram grande impacto na preservação dos recursos hídricos e na qualidade de vida da população”, finaliza Carlos Almiro.
Em 2025, o programa Olho Vivo também será implantado em Santa Gertrudes, município do interior paulista. A primeira atividade está programada para esse mês de abril, e a expectativa é que o programa alcance mais de 900 alunos da cidade durante o ano.
Fonte: Máquina Cohn & Wolfe
Heineken investe mais de R$ 130 milhões para ampliar circularidade da água no Brasil
Com foco em ampliar a circularidade da água e fortalecer a eficiência ambiental de suas operações no Brasil, o Grupo HEINEKEN anuncia um investimento de R$ 133,9 milhões em soluções avançadas de tratamento hídrico. O aporte será destinado à instalação de estações para reúso de efluente tratado em seis cervejarias da companhia, reduzindo em 11% a necessidade de captação de novas fontes e promovendo uma gestão mais equilibrada dos recursos hídricos.
Os investimentos serão realizados nas unidades de Igrejinha (RS), Araraquara e Jacareí (SP), Ponta Grossa (PR), Alagoinhas (BA) e Igarassu (PE). Com essa expansão, o Grupo HEINEKEN fortalece sua jornada rumo à produção cada vez mais circular, com foco em reduzir impactos ambientais e aumentar a resiliência das operações diante das mudanças climáticas.
“A gestão eficiente dos recursos hídricos na indústria cervejeira não só protege as bacias hidrográficas, mas também fortalece a resiliência dos negócios diante dos desafios emergentes. Além disso, é uma estratégia de negócio e que visa investimento de longo prazo, pois ajuda a minimizar custos e a garantir um futuro sustentável para a companhia”, afirma Ligia Camargo, diretora de Sustentabilidade.
Desde 2022, a companhia já reduziu em mais de 18% o volume de água utilizado em suas operações no Brasil. Esse avanço foi possível por meio de investimentos em tecnologia, eficiência produtiva e inovação nos processos de reaproveitamento hídrico. Além da economia de recursos, os resultados também impactam positivamente os indicadores operacionais e ambientais da companhia.
Regeneração como compromisso estratégico - Enquanto os novos investimentos buscam otimizar o uso da água dentro das cervejarias, o Grupo HEINEKEN mantém o compromisso com o balanço hídrico nas bacias onde está presente. A ambição da companhia é devolver à natureza 1,5 vez o volume de água utilizado na produção em regiões de estresse hídrico, por meio de iniciativas e soluções baseadas na natureza como restauração florestal, sistemas agroflorestais, recuperação de habitats e acesso à água.
Uma das principais ações nessa frente é o pilar de agricultura regenerativa do ecossistema de impacto HEINEKEN Spin. A iniciativa está implantando um modelo de restauração combinado com agrofloresta em mais de 800 hectares de uma área estratégica para o abastecimento hídrico da cidade de Itu (SP), onde está localizada uma das maiores cervejarias da companhia. Com investimento inicial de R$ 15 milhões, o projeto teve início no final de 2024 e prevê o plantio de 400 mil mudas em cinco anos.
A floresta terá papel fundamental como reguladora do ciclo hidrológico, promovendo diversos serviços ecossistêmicos, e atuando como uma esponja natural, que evita o runoff – ou seja, o escoamento superficial que impede a água de penetrar no solo. Ao funcionar como uma barreira viva, o ecossistema permite que a água infiltre gradualmente na terra, alimentando rios, córregos e aquíferos. Além do impacto hídrico, a ação gera ganhos relevantes para a biodiversidade local e para a remoção de carbono, reforçando o compromisso climático da companhia.
“O potencial de negócios com o pilar de agricultura regenerativa de Heineken Spin, a partir da venda do limão, e os resultados ambientais esperados são tão significativos que a iniciativa – assim como o HEINEKEN Spin como um todo – será um dos nossos principais temas para a COP30”, afirma Ligia.
Parcerias para escalar impacto - Em Itu, o Grupo HEINEKEN também mantém uma parceria com a SOS Mata Atlântica, focado na restauração e conservação de 386 hectares de floresta. No local, funciona um viveiro com capacidade de produzir 700 mil mudas por ano, com mais de 110 espécies nativas.
No Ceará, outra iniciativa estratégica, o Recarrega Ceará, está sendo conduzida nas imediações da cervejaria em Pacatuba, localizada em uma região de estresse hídrico. A ação integra um projeto inédito de restauração da Caatinga – um dos biomas brasileiros menos contemplados por programas de reflorestamento – e visa fortalecer a segurança hídrica da região por meio da recuperação do solo, acesso à água e plantio de vegetação nativa.
Na primeira fase do projeto, foram implementadas técnicas de manejo de solo em propriedades locais e soluções de acesso à água em comunidades rurais. A segunda fase contará com um investimento de R$ 10 milhões, realizado em parceria com o BNDES, para restaurar 340 hectares e proteger os rios e açudes que abastecem a Região Metropolitana de Fortaleza e a operação da companhia.
Fonte: Weber Shandwick
Saneamento terá mais 1,5 milhão de postos de trabalho até alcançar a universalização no Brasil
Com remuneração atrativa, contratações do setor superam a média da indústria
Com R$ 176 bilhões de investimentos contratados desde 2020 e uma demanda que alcança R$ 900 bilhões, o saneamento será um dos setores com maior índice de geração de empregos nos próximos anos: pelo menos mais 1,5 milhão de postos de trabalho serão necessários para adequar as empresas a um cenário de universalização dos serviços, previsto para 2033.
De acordo com dados da ABCON SINDCON, associação das operadoras privadas de saneamento, a partir da entrada em vigor do Marco Legal do Saneamento, em 2020, o saneamento acelerou suas contratações para suportar o aumento de obras e projetos de expansão dos sistemas de água e esgoto em todo o país. Boa parte dessas contratações são de trabalhadores da construção civil.
Um levantamento da associação, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), indica que o crescimento líquido do emprego formal direto entre as empresas de água e esgoto alcançou 2,7 mil contratados em 2023, o que significa aumento de 1,8% da força de trabalho, acima da média da indústria no período, que ficou em 1,5%.
Outro dado importante é o desempenho da remuneração oferecida pelo setor. Em 2023, as operadoras de água e esgoto registraram um valor médio de remuneração de R$ 6.906,33, cerca de 65% acima da área industrial (R$ 4.182,40) e 75,7% acima da média nacional (R$ 3.930,56).
“A cadeia do saneamento possui enorme capilaridade e envolve a geração de empregos diretos e indiretos em escala nacional e regional. Como as regiões que mais necessitam de investimento em saneamento são também aquelas com mais carência de oportunidades de trabalho, o impacto positivo da expansão do setor é gigantesco”, comenta a diretora-executiva da ABCON SINDCON, Christianne Dias.
Os profissionais procurados pelas concessionárias de saneamento incluem gente que atua em diferentes áreas, como engenheiros, técnicos e operadores atuantes em tecnologia, manutenção, gestão e monitoramento ambiental. “Esse movimento não só impulsiona o desenvolvimento econômico, mas também contribui para a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades atendidas”, acrescenta a diretora da ABCON SINDCON.
A projeção da entidade é que, somente com as futuras contratações do saneamento, o nível de emprego total no Brasil será 0,9% a mais até 2033, com a universalização alcançada.
ABCON SINDCON - Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto
Site: www.abconsindcon.com.br
Fonte: Agência Em Foco
Sabesp celebra 7 anos de projeto que transforma esgoto em combustível para veículos
Sistema já gerou mais de R$ 700 mil em economia e evitou emissão de gases de efeito estufa com a produção de biometano usado em 40 carros da empresa
A Sabesp desenvolve um projeto inovador na cidade de Franca que transforma os gases gerados no tratamento de esgoto em combustível veicular. Implantado em abril de 2018, o Sistema de Beneficiamento de Biogás da ETE Franca (Estação de Tratamento de Esgoto) completa sete anos de operação neste mês, com destaque nacional no setor de saneamento e sustentabilidade.
A tecnologia alia benefícios ambientais e econômicos.
Atualmente, 40 veículos da frota da Sabesp de Franca utilizam biometano, o combustível renovável que é aproveitado da decomposição de resíduos do esgoto.
Em sete anos, foram produzidos em torno de 177 mil m³ de biometano – volume que, em equivalência, representa a substituição de 177 mil litros de gasolina e seria suficiente para dar 60 voltas ao redor da Terra. Desde que entrou em operação, o uso de biometano proporcionou uma economia estimada com combustíveis que ultrapassa os R$ 700 mil.
“O projeto é uma referência para o setor de saneamento e extremamente bem-sucedido. É a Sabesp indo além do básico, se preocupando muito além de tratar água e tratar esgoto, é a empresa cuidando de outras questões para garantir a sustentabilidade para as gerações futuras”, afirma Gilson Santos de Mendonça, gerente regional da Sabesp de Franca.
Como o esgoto vira combustível - A ETE Franca recebe, em média, 50 milhões de litros de esgoto por dia — o equivalente a 20 piscinas olímpicas. Todo esse volume é tratado e devolvido ao meio ambiente despoluído, com elevado índice de remoção de matéria orgânica.
O processo de tratamento começa com a separação da parte sólida e líquida do esgoto em decantadores. As fases seguem caminhos distintos: enquanto a parte líquida passa por etapas de remoção de matéria orgânica antes de ser devolvida aos rios, os resíduos sólidos seguem para biodigestores.
Nesses tanques fechados, bactérias anaeróbias (que não utilizam oxigênio) decompõem a matéria orgânica presente no lodo. Esse processo natural gera dois subprodutos: o lodo e o biogás.
O biogás é então captado e armazenado em um grande balão-reservatório, antes de ser bombeado para um container de purificação — considerado o “coração” do sistema. Lá, o gás passa por um rigoroso tratamento que elimina gás carbônico (CO2), gás sulfídrico (nocivo aos motores) e o excesso de umidade, entre outros. O resultado é o biometano, um combustível limpo, renovável e de alta eficiência energética, pronto para abastecer os veículos da Companhia.
“Na ETE Franca, todo o esgoto é tratado com excelência, o que significa rios limpos. E mais: aqui também reduzimos a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo diretamente para inibir o aquecimento global. É pensar globalmente e agir localmente, exatamente o que a Sabesp faz em Franca”, completa Gilson.
Parceria internacional - Para viabilizar o Sistema de Beneficiamento de Biogás, a Sabesp contou com parceria do Instituto Fraunhofer, da Alemanha.
Além de transformar resíduos em energia, o projeto reforça o compromisso da Sabesp com a economia circular e a inovação tecnológica. Entre os principais benefícios estão:
• Aproveitamento do potencial energético do biogás gerado no tratamento de esgoto;
• Redução dos custos com combustíveis;
• Substituição de combustíveis fósseis por energia limpa;
• Fomento à inovação no setor de saneamento;
• Diminuição da emissão de gases de efeito estufa;
• Com resultados expressivos e ganhos ambientais concretos, o projeto da ETE Franca se consolida como exemplo de sustentabilidade da Sabesp.
Fonte: Danthi