Ete Goiânia Eleva Nível De Eficiência Do Tratamento De Esgoto Sanitário

Passados mais de 14 anos da inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto Dr. Hélio Seixo de Britto (ETE Goiânia), houve um incremento significativo de vazão e mudanças nas características qualitativas do esgoto bruto que chega à unidade


Passados mais de 14 anos da inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto Dr. Hélio Seixo de Britto (ETE Goiânia), houve um incremento significativo de vazão e mudanças nas características qualitativas do esgoto bruto que chega à unidade. Com isso, dificultou-se ao longo do tempo a operação dos processos de coagulação e floculação, interferindo na obtenção dos resultados de eficiência de remoção de matéria orgânica (DBO) e sólidos suspensos totais (SST) previstos em projeto.
Para atingir melhorias e estabilidade operacional, foram necessárias algumas mudanças na forma de operar a ETE, o que ocorreu por meio de um estudo realizado pelos técnicos Fernanda Pimenta Freitas e Solimar Francisco Gonçalves, da P-SEG, com suporte técnico e orientação do biólogo Carlos Roberto dos Santos, da P-GAQ (Sutom). Com o propósito de otimizar o processo de tratamento e conseguir excelência nos resultados de eficiência dentro das metas propostas para a atual fase de tratamento da ETE, o trabalho contou com o apoio da P-SEG, P-GTE e SUMEG, e conseguiu engajar toda a equipe da ETE Goiânia (operadores de sistemas, técnicas industriais, agentes de sistemas e administrativos).
O estudo teve início com ensaios de jarros em laboratório para simular, em menor escala, os gradientes de velocidade da ETE. Foram considerados, além da vazão – como era feito na operação da ETE até então – também os sólidos suspensos de entrada do esgoto bruto, para variação da dosagem dos coagulantes. Avaliou-se a eficiência das dosagens testadas nos ensaios dos jarros por meio das análises de turbidez, sólidos suspensos totais e demanda bioquímica de oxigênio – DBO. Os resultados dos ensaios dos jarros, com remoção de sólidos suspensos totais entre 75 e 95%, foram reunidos em uma planilha e submetidos a análise de regressão.
A partir das equações de regressão, foi proposta uma nova tabela de dosagem para orientar o operador na dosagem correta de coagulante, em função dos dados de sólidos suspensos totais e da vazão de entrada do esgoto. Essa tabela orientadora de dosagem foi implementada na fase quimicamente assistida do tratamento da ETE Goiânia, com a realização de um mini-curso aos operadores da ETE para conhecimento e detalhamento do trabalho, buscando padronizar as ações de dosagem e o engajamento entre todos os membros da equipe.
Foram realizados, ainda, testes em planta a fim de verificar as questões práticas operacionais e a eficiência de remoção de DBO e SST. Os resultados alcançados foram além da meta estabelecida em projeto para remoção de 50% de DBO e 80% de SST com as dosagens da tabela elaborada, apresentando funcionalidade e melhorias práticas no processo do tratamento primário. Devido aos resultados favoráveis, a nova tabela de dosagem foi mantida na estação, com revisões sistemáticas, tornando-se a nova forma de trabalho operacional na ETE Goiânia.

 


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