Saneamento reduz efeitos ou evita crise de água e energia e cidades ficam mais resilientes

Com a crise de energia batendo na porta da casa dos brasileiros, volta à pauta o motivo: a crise da água


Com a crise de energia batendo na porta da casa dos brasileiros, volta à pauta o motivo: a crise da água. O governo federal emitiu alerta de “risco hídrico” devido ao pouco volume de água nos principais reservatórios do País no fim de maio pelo recém-criado Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico com o objetivo de tomar medidas para evitar o racionamento de energia e apagões. Com essa seca na região das principais hidrelétricas do País, mesmo com poucas chuvas, a intenção é manter volume de água para gerar energia elétrica e demais usos da água.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para enfrentar essa crise, o governo preparou um plano com cerca de 40 ações para garantir a segurança e a continuidade do suprimento de energia elétrica para 2021 e 2022. No Brasil, a capacidade instalada passou de 81 para 186 gigawatts nos últimos dez anos. A crise de energia afeta a economia e as atividades das empresas e aumenta a inflação etc. E a partir de julho, as contas de luz ficaram mais caras. 
De acordo com o ministro, foram tomadas ações para antecipar a entrada em operação de usinas, o que é essencial para a manutenção dos reservatórios. Além disso, fazer a revisão dos parâmetros dos modelos computacionais do sistema aumenta o acionamento de geração termelétrica. É importante ainda para a transição energética a expansão da geração de energia nuclear, que está prevista em 15 gigawatts para os próximos 30 anos, conforme Pedro Albuquerque.
Por isso, fazer o saneamento é tão importante. Além de evitar a falta de água, a qualidade da água nos mananciais fica melhor. Agora, no panorama brasileiro, existem três crises: crise da água, “crise do saneamento” e crise energética. E uma influencia na outra. Se o saneamento caminhar com o Novo Marco Legal aprovado no ano passado e os debates atuais no setor, esses três cenários podem ir melhorando e avançando. Empresas fornecedoras de tecnologias, órgãos ligados ao segmento, universidades, a sociedade e Poder Público estão empenhados para que essa transformação aconteça.  

Crise hídrica atinge saneamento 
A crise hídrica afeta diversos Estados brasileiros, entre eles, o Rio Grande do Sul, principalmente entre novembro e março. De acordo com a Assessoria de Comunicação Social da Companhia Riograndense de Saneamento – Corsan, sediada em Porto Alegre (RS), a estiagem pode provocar, em alguns momentos de grande consumo, intermitências na distribuição de água para a população. Além disso, o baixo nível dos mananciais de superfície, aliado a um baixo índice de coleta e tratamento do esgoto sanitário, afeta diretamente a qualidade da água, obrigando as companhias a investirem em sistemas mais eficientes de tratamento de água.
Existe uma relação de reciprocidade entre crise hídrica e saneamento. “A falta de ações adequadas de saneamento, especificamente da coleta e do tratamento de esgotos, e os problemas da drenagem superficial reduzem de forma significativa a disponibilidade de água devido à degradação e comprometimento da qualidade dos corpos hídricos“ – afirma Prof. José Carlos Mierzwa, chefe do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da Escola Politécnica da USP e coordenador do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (Cirra).
Desenvolver as atividades de saneamento atenua os efeitos da crise hídrica e seus impactos. “Principalmente quando se atua na coleta e tratamento dos esgotos, ampliando a disponibilidade hídrica, porque reduz a poluição de mananciais e aumenta a oferta de água” – salienta.
Segundo ele, a demanda excessiva e as variações naturais na disponibilidade diminuem a oferta de água para a população e os usos ambientais, entre eles, a assimilação e o transporte de poluentes dos lançamentos de esgotos e da drenagem superficial das chuvas. 
Para Mierzwa, a reflexão que deve ser feita é como o saneamento básico pode atenuar os efeitos da escassez de elevada demanda de recursos hídricos e baixa disponibilidade natural. 
“A crise hídrica deve ser analisada com base não apenas na disponibilidade natural de água, mas nas condições de saneamento existentes, com ênfase na estrutura de distribuição de água e coleta de esgotos e nas tecnologias de tratamento de água e de efluentes, além da drenagem urbana e de áreas agrícolas” – avalia.
O padrão de uso e ocupação do solo afeta a disponibilidade de água de uma região. “Seja pela impermeabilização excessiva, que reduz o potencial de recarga de aquíferos, seja por alterar a densidade de ocupação de regiões urbanas consolidadas, superando a capacidade da rede de distribuição de água, o que aumenta as perdas por vazamentos, e da rede de coleta de esgotos e das ETEs, o que diminui a eficiência de tratamento” – adverte Mierzwa.
A crise hídrica atinge o abastecimento público e, dependendo do nível de escassez, corre o risco de colapsar os sistemas, afetando as atividades de agropecuária, indústria, turismo, entre outras. “Impacta também na necessidade de ampliar os sistemas de captação e produção de água em volumes superiores e na conservação dos mananciais, diante do contínuo lançamento de efluentes e da dificuldade para tratar contaminantes químicos e biológicos presentes no esgoto” – elenca Pedro Maranhão, secretário nacional de Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Baixa qualidade 
Então, além da falta da água numa crise, a falta de saneamento básico impacta na qualidade dos mananciais. Segundo a assessoria da Corsan, a baixa qualidade da água, em conjunto com a baixa disponibilidade, aumenta o consumo de água operacional utilizada no decorrer do processo de tratamento, tornando um círculo vicioso, de baixa qualidade e disponibilidade do manancial. De acordo com Mierzwa, os fatores mais relevantes são:
1) Falta de aderência ao plano de uso e ocupação do solo. Alterações do padrão de ocupação podem levar à obsolescência das infraestruturas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos e drenagem pluvial. Além de reduzir a infiltração de água no solo e a recarga de aquíferos.
2) Ocupações de áreas de recarga de mananciais e margens de córregos. Aumentam a carga de poluição nos cursos hídricos em razão do descarte indevido de esgotos ou de resíduos sólidos, comprometendo a qualidade da água disponível, pela impossibilidade de implantar estruturas de coleta de esgotos e de resíduos sólidos.
3) Uso de tecnologias de tratamento que não são suficientes para reduzir a carga de poluição lançada nos corpos hídricos. Principalmente em regiões nas quais a assimilação e a diluição de poluentes são baixas. Há falta de abordagem adequada de engenharia e planejamento para definir a melhor alternativa de projeto para implantar sistemas de tratamento de água e de efluentes, considerando-se as restrições impostas pela escassez de água.

Ocorrência
A ocorrência de crises hídricas depende de vários fatores: 
• Redução dos índices pluviométricos; 
• Aumento da demanda; 
• Inexistência de mecanismos de fiscalização e de regulação; 
• Ausência de incentivos para o uso racional da água. 
O planejamento e o dimensionamento dos serviços de saneamento contribuem para reduzir as crises hídricas porque identificam as necessidades:
• Para atendimento da população; 
• De ampliação de reservatórios para armazenamento de água; 
• De mecanismos para promover o uso consciente da água. 
Colaboram ainda para a:
• Redução dos desperdícios com perdas de água;  
• Diminuição da contaminação do solo e da água, favorecendo o equilíbrio hidrológico.
Fonte: MDR.

Uso racional
Por seu aspecto social e essencial, os serviços de saneamento são indispensáveis à manutenção da vida e exigem prestação contínua, sem interrupções. “Os períodos de escassez obrigam a adoção de estratégias para reduzir o consumo da água. Porém, são necessárias ações de contenção para assegurar o abastecimento e evitar o conflito pelo uso da água” – explica Maranhão. 
A Lei nº 11.445/2007, que institui a Política Nacional de Saneamento Básico, obriga prestadores de serviço a estabelecerem metas progressivas e graduais de uso racional da água. Outros destaques da Lei: os Planos de Saneamento, elaborados pelos titulares dos serviços, devem prever ações para emergências e contingências; a fiscalização e a regulação dos serviços para definir o instrumento econômico capaz de orientar o uso da água sem desperdício. Entre os princípios para a prestação dos serviços, estão: a redução e o controle das perdas de água; o estímulo à racionalização do consumo pelos usuários; o fomento à eficiência energética, ao reúso de efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva. 

Saneamento evita crise da água 
As vantagens em fazer o saneamento básico apontadas pela Corsan são a melhora na qualidade da água, menor consumo de energia elétrica e diminuição do desperdício de água.
O saneamento é abrangente. “As ações de saneamento diminuem os efeitos ou evitam a ocorrência da crise da água, tornando as cidades mais resilientes. Com uso de infraestrutura compatível com as restrições impostas pela crise hídrica, é possível minimizá-los” – afirma Mierzwa. 
Considerar ampliar a coleta e o tratamento de esgotos. “Utilizar tecnologias que atenuem sua carga de poluição, estruturas de drenagem urbana que limitem o carreamento de poluentes para os corpos hídricos e sistemas efetivos de coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos” – ressalta. 
É preciso aprimorar as tecnologias de tratamento de água para abastecimento. “Avaliar o uso de mananciais não tradicionais, como águas salobras ou salinas, e a prática do reúso, inclusive para fins potáveis, como fazem vários países com problemas de escassez de água” – sugere Mierzwa.
No contexto de crise hídrica, Maranhão diz que a principal vantagem do saneamento é garantir o abastecimento de água tanto para consumo humano, visando à subsistência, quanto para desenvolver as atividades econômicas e gerar renda. “Investir na construção ou ampliação de sistemas públicos de abastecimento de água contribui para que não haja sobrecarga nos períodos de seca. Quanto maior o volume dos reservatórios, maior o estoque e menor o risco de desabastecimento” – afirma. 
Com o saneamento, é possível amenizar os impactos da crise da água. “Os sistemas de abastecimento de água reduzem o estresse hídrico, desde que sejam dimensionados por estudos e dados que permitam avaliar as variáveis hidrológicas e demográficas que afetam na demanda pela água. Já os sistemas de esgotamento sanitário e de manejo de resíduos sólidos evitam crises, porque reduzem atividades antrópicas e da contaminação do solo e da água” – explica o secretário.

Controle digital
Com as novas tecnologias e recursos digitais, consegue-se diminuir custos, potencializar os sistemas, ter mais controle sobre os processos de tratamento e prever variáveis que influem na disponibilidade hídrica. A Corsan indica que novas tecnologias, como a ETA 4.0, reduzem os insumos e o desperdício e otimizam o sistema, melhorando a disponibilidade de água tratada.
O papel das novas tecnologias e recursos digitais é fundamental para aprimorar as ações de saneamento básico em um país. Houve avanço nas opções tecnológicas para tratamento de água e esgotos. “O que aumentou o desempenho dos sistemas de tratamento, com menor uso de insumos químicos, maior eficiência na remoção de contaminantes, menor geração de resíduos e subprodutos e menor área para implantação, com consequente aumento do desempenho econômico” – aponta Mierzwa.
As tecnologias digitais permitem operar os sistemas associados às estruturas de saneamento de forma mais efetiva. “Muitas das novas tecnologias requerem controle mais preciso, limitando o uso de procedimentos manuais de operação. As tecnologias digitais podem ser utilizadas para prever condições que podem influenciar a disponibilidade de água de uma região e o potencial de deterioração da qualidade dos mananciais” – destaca.
Essa nova condição tecnológica no setor requer melhor capacitação dos profissionais que atuam em saneamento. “Exige atualização constante sobre as novas tecnologias e recursos disponíveis para projeto, implantação e operação de estruturas de saneamento. Assim como para sistemas de monitoramento de mananciais e variáveis climáticas que possam ter efeito sobre a disponibilidade hídrica” – diz Mierzwa.

Gestão 
A gestão de recursos hídricos envolve análise e plano de ações para as diversas frentes que influenciam na disponibilidade hídrica, entre elas: 
• Variáveis hidrológicas naturais: processos físicos, químicos e biológicos;
• Variáveis socioeconômicas: além da realização de atividades antrópicas que podem contaminar ou reduzir os recursos hídricos a partir das mudanças no solo, há maior uso da água para produção de bens de consumo devido ao desenvolvimento socioeconômico e ao maior acesso à água;
• Variáveis administrativo-institucionais: elaboração de atos administrativos e/ou normativos que orientam a fiscalização, a regulação e o controle social, contribuindo para a gestão dos recursos hídricos;
Variáveis demográficas: aumento da demanda da água devido ao crescimento demográfico e/ou da migração de áreas rurais para urbanas é um desafio para gestão e balanceamento entre as entradas e saídas dos sistemas de abastecimento de água.
Todos esses fatores demandam adaptação dos instrumentos indicados pela Política Nacional de Recursos Hídricos. Segundo o secretário nacional de Saneamento, além de evitar o estresse hídrico, é essencial para a gestão dos recursos hídricos e emissão de outorgas de direito de uso o conhecimento dos(as):
• Mananciais por meio de um bom sistema de aquisição de dados, como a quantidade de água armazenada, descargas, vazões, índices pluviométricos, nível d´água etc; 
• Estações de monitoramento automatizadas, caso das fluviais, pluviais, sedimentométricas, climatológicas ou meteorológicas.
Outras tecnologias no abastecimento de água podem ser utilizadas para reduzir a demanda hídrica. Maranhão cita: o reúso de águas cinzas, o aproveitamento de águas pluviais, a redução de perdas nos sistemas que abastecem água, a despoluição de corpos hídricos e as técnicas mais eficientes de irrigação.
Quanto ao saneamento básico, para garantir o acesso à água, à coleta e ao tratamento dos esgotos e ao manejo adequado dos resíduos sólidos e das águas pluviais, os sistemas devem ser projetados de acordo com as variáveis hidrológicas, demográficas, institucionais e socioeconômicas.

Retorno significativo
A Corsan estima custo de R$ 10 bilhões de investimentos para atender ao Marco do Saneamento, aprovado recentemente, voltados aos 317 municípios em que atua no Rio Grande do Sul. O retorno desse investimento está associado à melhora na qualidade dos corpos hídricos. Segundo a Companhia, se cada R$ 1,00 investido em saneamento básico diminui R$ 4,00 em saúde, a estimativa de retorno é de R$ 40 bilhões.
Fica difícil quantificar o custo da crise da água. “O impacto não se restringe à falta de água para a população. Afeta diretamente as atividades econômicas, com redução da produção industrial e agrícola, principalmente de culturas com maior valor agregado” – afirma Mierzwa. Ainda há o aspecto de Saúde Pública. “A água é muito relevante para a higiene pessoal e de vários utensílios usados nas mais variadas atividades” – diz.
Melhorar as condições de saneamento da população de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos diminui problemas de saúde relacionados e traz crescimento econômico. “Reduz os investimentos em saúde, em especial no tratamento de doenças parasitárias, e pode assegurar a expansão das atividades econômicas” – afirma Mierzva. 
Mierzwa cita que, de acordo com reportagem da Exame*, em 2015, baseada em um parecer da Unesco, o retorno de investimento em saneamento pode variar de 5 a 28 vezes em relação ao valor investido. “O retorno de investimento em saneamento é muito significativo” – aponta.
Não tem jeito, a população é quem sofre as consequências da crise hídrica. “Os maiores custos da crise da água referem-se aos prejuízos que podem ser causados à população, como o racionamento ou a falta de água, reduzindo atividades comerciais, escolares, agrícolas e outras que dependem da água para seu desenvolvimento. A crise da água diminui ainda a qualidade de vida e aumenta os prejuízos à Saúde Pública” – adverte Maranhão.
São estimados investimentos necessários de R$ 700 bilhões para cumprir as metas estabelecidas para o saneamento até 2033. “Para os quais, pressupõe-se a alocação de recursos pelas esferas federal, estaduais e municipais, dos prestadores de serviços, de agentes internacionais e de outros agentes que atuam no setor, tais como os comitês de bacia hidrográfica” – especifica o secretário. 

Estratégias
Os usuários colaboram quando fazem ligação à rede de coleta de esgoto sanitário. Essa ação já melhoraria a qualidade dos mananciais. Na visão da Corsan, não é uma ação individual do ente público ou privado que vai melhorar a qualidade de vida dos moradores, mas, sim, uma cooperação entre a sociedade civil e o governo.
Diversos países enfrentam crise hídrica e cada um deles adota estratégias específicas para garantir a qualidade de vida da sua população. “Muitos países deixaram de desenvolver atividades com uso intensivo de água, induzindo outros países a fazer o mesmo. Além disso, investem em inovações tecnológicas para aprimorar seus processos produtivos e sua infraestrutura de saneamento” – relata Mierzwa.
O investimento em saneamento permite o avanço econômico dos países. “Principalmente, se houver melhor aceitação dos próprios profissionais que atuam na área da necessidade de inovação tecnológica no setor para assegurar melhor qualidade de vida à população ao mesmo tempo em que os recursos naturais são protegidos” – enfatiza. Ele cita, inclusive, que vários países com histórico de desenvolvimento mais recente que o do Brasil avançaram em diversos setores, em especial, no saneamento.

Crise energética
A crise energética também afeta a crise da água e do saneamento básico. A Assessoria de Comunicação da Corsan explica que a crise energética pressiona os sistemas de abastecimento de água, por ser o principal insumo utilizado para captar, tratar e distribuir água tratada, assim como para coletar, tratar e dispor o esgoto tratado. Por esse motivo, a Companhia orienta que os investimentos devem ser revistos levando sempre em conta esse fator na elaboração de orçamentos para atender às demandas da sociedade. 
O impacto da crise da água e do saneamento básico é ampliado ao incluir na análise a crise energética. De acordo com a Corsan, apesar de o Brasil ter uma matriz energética de baixo custo, muitas empresas de saneamento dispõem de equipamentos que não são considerados de alta performance energética. 
A substituição desses equipamentos por mais modernos impacta nos custos e, por consequência, nas alternativas para solucionar todas estas crises.
A energia é fundamental para qualquer atividade. No Brasil, se torna mais crítico pelo fato de parcela da energia utilizada no saneamento ser de origem hidráulica. “O aumento da demanda pela água nos grandes centros urbanos pode impactar a geração de energia, o que exige investimentos em inovações em equipamentos elétricos utilizados no saneamento e no desenvolvimento de novas fontes de energia. Do ponto de vista econômico, é muito difícil mensurar o impacto, mas, com certeza, agravaria a qualidade de vida de toda a população, independentemente da classe social” – explica Mierzwa.
A geração de energia por meio de hidrelétricas é uma das alternativas mais utilizadas no País. “Elas geram energia a um custo menor e possibilitam o uso múltiplo da água armazenada para abastecimento humano e animal, irrigação, turismo ou piscicultura. Uma redução da capacidade de armazenamento de água demandaria a utilização de outras formas de geração de energia, o que acarretaria a elevação dos custos e a ocorrência de riscos ambientais” – observa Maranhão. 
A consequência da necessidade do uso de fontes de geração de energia mais caras repercute no financeiro. “Aumentam os custos e do valor das tarifas. O impacto econômico recai tanto sobre as empresas concessionárias da distribuição de eletricidade quanto sobre o consumidor final – aponta.  
O objetivo do MDR é de diversificar a matriz energética do País. “O MDR vem apoiando projetos que utilizam a geração de energias renováveis nos sistemas de saneamento, como a energia solar fotovoltaica e a energia que provém dos sistemas de resíduos sólidos urbanos” – revela o secretário. 
Fonte:*https://exame.com/economia/investimento-em-saneamento-podera-ter-retorno-28-vezes-maior/


Contatos
Corsan:
www.corsan.com.br
Cirra: biton.uspnet.usp.br/cirra 
MDR - Ministério do Desenvolvimento Regional: www.gov.br/mdr

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