Brasil Precisa Se Mexer Em Relação Ao Reúso De Água E Efluentes

Enquanto outros países já estão bem adiantados, em reúso, por exemplo, o Brasil, apesar de várias ações, ainda não planejou o que fazer


Brasil Precisa Se Mexer Em Relação Ao Reúso De Água E Efluentes

 

A preocupação com a escassez da água demorou a acontecer e hoje é preciso mensurar urgente quanto se tem de água disponível ainda no planeta.
O mundo corre atrás do prejuízo agora, principalmente no Brasil, onde sempre houve muita abundância de recursos hídricos à disposição. A crise da água pôs na mesa todos os problemas que o país enfrenta e que lá fora alguns países já vêm passando há muito tempo e encontraram formas de solucionar estas questões. Mas a busca por soluções para a crise da água não para. Uma delas é fazer o reúso da água.
A água no planeta está secando em ritmo alarmante, segundo estudo publicado pela revista Water Resources Research com novos dados de satélites da Nasa. No período entre 2003 e 2013, das 37 maiores reservas subterrâneas do planeta 21 perderam mais água do que receberam e, destas, 13 tiveram fortes quedas nos níveis de água. São aquíferos subterrâneos importantíssimos que fornecem 35% da água usada pelos seres humanos. Em março deste ano, a ONU fez um alerta de que, até 2030, 40% dos recursos hídricos do mundo inteiro podem sumir.

Controle e contorno da situação
"Existem diversas soluções para evitar que a situação se complique ainda mais ao longo dos próximos anos. Uma delas é o uso racional da água tanto no âmbito industrial, melhorando os processos, quanto no doméstico, adotando medidas que façam a população consumir menos água", explica Sergio Werneck Filho, presidente da Nova Opersan. Ele cita o exemplo do programa New York Toilet Rebate, de Nova Iorque, que trocou 1 milhão de bacias sanitárias gratuitamente para a população, gerando economia de 30% no consumo de água e de 35% nos custos de tratamento de esgoto.
Outra questão importante levantada por Werneck Filho é sobre a redução de perdas, caso que precisa ser sanado aqui no Brasil. "Não é possível reduzir perdas da ordem de 30% da noite para o dia. Este é um trabalho constante de manutenção das redes e regularização de moradias, que gera um resultado de longo prazo. O assunto envolve outras áreas também. Grande parte dessa perda é causada por informalidade, as chamadas perdas aparentes, fraudes e ligações clandestinas", aponta. Ele também fala do planejamento do tráfego. "O rompimento de adutoras pode ocorrer devido ao fato de uma via projetada para receber uma determinada carga passar a ser um trajeto onde trafegam ônibus e caminhões", esclarece.
Um tema em pauta atualmente também, segundo ele, é a interligação de reservatórios. "Essa solução não aumenta a oferta de água, mas distribui melhor o recurso em um período de crise, regularizando mais efetivamente as vazões afluentes dos rios que abastecem uma região de grande consumo", informa.
"Outra alternativa, que, no fundo, é uma necessidade de Saúde Pública, é o tratamento do esgoto. Se o esgoto fosse tratado, o ciclo seria fechado e não teríamos problemas no abastecimento de água", afirma. Mas o preconceito em relação a esta forma de reúso existe. "Contudo, isso já ocorre de uma forma não planejada e muito nociva para os usuários. Cidades a montante de um rio descartam o esgoto não tratado, utilizado para produção de água por outra população a jusante", relaciona.
Para ele, a dessalinização é uma solução à prova de crises e seu insumo é praticamente sem fim. "O uso da água do mar pode ter um custo bem elevado. Mas é válido comparar a dessalinização à produção de energia termoelétrica a carvão. Não há problemas da térmica ficar inativada em períodos de abundância de energia, mas ficamos apreensivos em construir uma captação de água salina e depois ocorrer um período de grandes chuvas em que estas não serão usadas constantemente", analisa.
Com as evoluções tecnológicas, ano a ano, os investimentos em captações e fontes alternativas de consumo de água, como dessalinização e reúso, vão se barateando. "Os recursos devem ser usados na sua ordem de custo e, ao longo do esgotamento de cada solução, a viabilidade de projetos de captação alternativa se amplia", ressalta.

 

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William Seiti Okada, da engenharia da Huber do Brasil, lembra que, apesar de o planeta ter 75% de sua superfície coberta por água, somente 1% está disponível para consumo. "No caso específico do Brasil, sempre tivemos a falsa impressão de que a água era um recurso inesgotável. Afinal de contas, concentramos cerca de 12% de toda a água doce disponível no mundo", diz.
Panorama que vem mudando de forma drástica nos últimos anos. Segundo Okada, as crescentes expansões demográfica e industrial das últimas décadas vêm comprometendo as poucas fontes viáveis e evidenciando que, mesmo em regiões com elevada disponibilidade de água, a escassez é um problema real que deve ser resolvido. Ele cita o exemplo de São Paulo, que sendo a maior metrópole da América do Sul e centro financeiro do Brasil, localizada na confluência de vários rios, é obrigada a captar água de bacias distantes. Isso porque grande parte das fontes próximas foi ou está em processo de se tornar inviável para consumo devido ao alto nível de poluição.
"Existem, sim, saídas para este caos. Temos diversos exemplos ao redor do mundo onde o problema de escassez de água foi controlado ou contornado", salienta. Ele comenta o caso de Cingapura, considerada referência em reaproveitamento de água. 100% de sua população consome água potável e todo o esgoto do país é tratado e reutilizado. "Para este fim, teve de ser implantada uma complexa infraestrutura composta por sistemas de reúso, dessalinização e coleta de água de chuva, suportada por campanhas constantes de conscientização", relata.
"O negócio é fazer reúso de água. A solução que nós temos é reciclá-la", afirma Ivanildo Hespanhol, Professor Doutor Titular da Politécnica da USP e diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso da Água (Cirra). Ele explica que não há água para São Paulo porque a cidade está a 700 metros acima do nível do mar na cabeceira do Rio Tietê. "Nós trazemos água de 100 quilômetros, tratamos uma vez e jogamos no rio. Essa percepção hoje de trazer cada vez mais água de mais longe vai acabar por causa desse problema. Os recursos hídricos estão diminuindo. E se tiver o aquecimento global, nós vamos ter mais problema ainda de seca aqui no Sudeste. Será muito difícil trazer água de outras bacias porque cada um vai proteger a sua e também cada vez mais difícil negociar esta transferência de água", alerta. Ele cita o caso da Bacia do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que fornece 33 m3/s para São Paulo. Hoje diminui essa vazão, mas a concessão é de 33 m3/s.
"Em resumo: São Paulo, 20 milhões de habitantes, não tem água aqui, nós estamos na cabeceira do rio e nós não vamos mais trazer água. Qual é a solução para São Paulo? É reúso. É a chamada água de dentro. Usar a água que está aqui", aponta. Por causa do bombeamento, os aquíferos subterrâneos também estão se exaurindo. "São Paulo usa hoje 10 m3/s de água subterrânea. Nós temos 12 mil poços na região metropolitana e essa água não é realimentada. A capacidade de bombeamento é maior que a de realimentação. Então, o aquífero está abaixando", adverte.

 

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Evolução das tecnologias
Diante da crise da água mundial, como foi citado acima, o reúso da água e efluentes vem sendo uma das soluções encontradas pelos países não só para fins não nobres, mas também para consumo potável. "A tecnologia de reúso de água e efluentes evoluiu muito nas últimas décadas. Atualmente, existem sistemas de alta performance e baixo custo operacional, o que viabiliza, a médio e longo prazo, projetos de produção de água de reúso", ressalta Okada. Ele destaca que existem grandes exemplos de reúso de efluentes em indústrias, como a têxtil, onde há consumo elevado de água no processo produtivo. "A geração de água de reúso permite redução do custo operacional como um todo, uma vez que supre a necessidade de água no processo produtivo, reduz a captação de água e o lançamento de efluente nas linhas de coleta de esgoto", salienta. Quanto ao consumo doméstico de água, o especialista da Huber do Brasil destaca também que existem sistemas compactos de ultrafiltração que geram água de reúso com base no consumo e demanda para atividade não nobre, como lavagem de pisos, irrigação de jardins, descarga de vasos sanitários etc.
Segundo Werneck Filho, as práticas de reaproveitamento de água vêm sendo utilizadas em países que enfrentam o problema da seca há mais tempo, como no Oriente Médio, no sul da Europa e nas regiões desérticas dos Estados Unidos, Califórnia, Arizona, Colorado e Nevada. "A utilização dessa água ainda enfrenta resistência por parte da população, já que muitos, por desconhecer a eficiência do tratamento, a consideram imprópria", explica.
Ele comenta o caso do distrito de Orange County, na Califórnia, que possui uma usina especial de purificação que vem impactado positivamente na percepção dos consumidores. "Lá a água purificada não é levada diretamente para as usinas de tratamento de água potável. Em vez disso, é enviada para o subsolo para recompor os aquíferos e ser diluída pelo suprimento natural de água", conta. Outros exemplos citados por ele são de Israel, que consegue utilizar 70% do esgoto tratado, e do sul da Europa, cerca de 40% a 50%. "O processo empregado em grande parte das estações de reúso desses países é a microfiltração, seguida da osmose reversa", expõe.
Existe grande quantidade de países fazendo reúso de água no mundo, muitos deles para fins potáveis, tratando a água em nível avançado, certificando-a e distribuindo-a. Entre eles, a Namíbia, e sua capital, Windhoek, que já está há 40 anos fazendo reúso potável. "Fiquei dez dias lá no ano passado tomando água da rede e não tive nenhum problema porque é uma água segura", conta o prof. Hespanhol, que vai em seminários e aproveita para fazer contatos e visitas aos sistemas quando viaja ao exterior.
"A Austrália, Cingapura, África do Sul, Bélgica e, mais recentemente, os Estados Unidos, que já tem grande quantidade de estações, também fazem reúso para fins potáveis direto pela rede de distribuição. A água passa por sistema de tratamento avançado", relata. Nos EUA, segundo ele, fazem reúso potável o Condado da Laranja, Orange County, na Califórnia; Cloudcroft, no Novo México; e no Texas, Big Springs e Wichita Falls. Há ainda um projeto experimental de Denver, no Colorado, que começou há 20 anos. "Lá fora já está bem adiantado. Só está faltando o Brasil agora. Aqui, as indústrias partiram muito para o reúso para economizar água e reduzir os custos de concessão, principalmente de lançamento", assevera.
Para o prof. Hespanhol, o Nordeste, por exemplo, teria que fazer reúso e, no caso de São Paulo, embora chova 1.300 milímetros por ano, não há água porque a cidade está na cabeceira do rio. "A única solução que vejo para São Paulo é a água de dentro (de reúso) que está disponível. São Paulo é uma cidade do mesmo nível econômico de Londres ou de Paris. Por que não faz isso? Nós não fazemos planejamento, nós fazemos gestão da crise. Acabou a crise ninguém fala mais nada", alerta.

Estudo alinhado para agricultura
A agricultura é o setor que consome a maior parcela de água no mundo. Em nível mundial, usa 80% da água, enquanto no Brasil esse número é de 70%. Outros países fazem o reúso de efluentes na agricultura. "Mas cada país regulamenta a água de reúso e os subprodutos gerados no tratamento de efluentes de maneira diferente", diz Okada. A água de esgoto tem nutrientes e micronutrientes que servem como adubo.
O reúso da água para agricultura já é utilizado muito no exterior. O Chile, segundo o prof. Hespanhol, faz muito reúso para irrigação de vinhas e a Argentina também na região de Mendoza. "A França tem uma fazenda na Estação de Archer que deve usar há mais de 50 anos o efluente para irrigar. Todos esses países que têm estresse hídrico estão fazendo há muito tempo, como no caso dos países do norte da África e do Oriente Médio. Existe sistema de reúso agrícola de 500 anos. Enquanto nós aqui no Brasil ainda estamos considerando o que vamos fazer", relata.
"Se eu fosse fazer um plano de reúso macro para todo o Brasil, faria reúso agrícola porque quando o esgoto é tratado, eliminando o organismo patogênico, não leva só a água, mas também húmus, a matéria orgânica do esgoto, que aumenta a capacidade do solo de reter água e leva também os nutrientes e micronutrientes", garante. Outra vantagem é que quando se usa esgoto tratado para produção de culturas não é preciso aplicar adubos sintéticos. "Isso porque, além do problema da preservação da água, tem o aspecto econômico, já que não é necessário investir tanto em adubo sintético para produzir", relaciona.
"Um bom exemplo é o de Israel, onde o reúso de água se tornou uma política nacional em 1955", diz Werneck Filho. Nessa época, segundo ele, com o aumento da população e a escassez hídrica, a comunidade agrícola do sul de Israel começou a utilizar a água de reúso para irrigar suas lavouras. Mesmo assim, para o presidente da Nova Opersan, o reúso da água na agricultura é muito discutível porque envolve conhecimento tanto de tratamento de águas residuárias quanto de agricultura. Rica em nutrientes, como fósforo, nitrogênio e potássio, com um bom processo de tratamento, segundo ele, a água de esgoto pode reduzir significativamente o uso de fertilizantes artificiais, mas tudo vai depender do tipo de plantio em que essa água será aplicada.
"O estudo da concepção das etapas e qualidade de tratamento já deve estar alinhado com a cultura que irá receber essa água de reúso, não só em relação aos nutrientes, mas também à concentração de sais", analisa.

 


Plano de 20 anos para São Paulo

Como a situação de São Paulo é trazer água de fora, Ivanildo Hespanhol, Professor Doutor Titular da Politécnica da USP e diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso da Água (Cirra) tem um plano de 20 anos para resolver o problema de abastecimento de água na cidade. Ele analisa a situação atual. A captação da água do Rio Paraíba do Sul para o reservatório da represa do Atibainha, do Sistema Cantareira, com adutora de 15 km, orçada em cerca de R$ 1 bilhão, trará 5 m3/s de água para São Paulo. Outros 5 m3/s vêm do Rio São Lourenço, a um custo em torno de R$ 3 bilhões. Somando, vão trazer 10 m3/s de água nova, gerando 8 m3/s de esgoto. "Nós não temos capacidade instalada nem investimento em saneamento para tratar esse esgoto, que cairá nos nossos rios de novo", enfatiza.
De acordo com o planejamento do diretor do Cirra, nos primeiros cinco anos seria feito um reúso potável indireto. Nas cinco estações do Projeto Tietê, Parque Novo Mundo, ABC, Suzano, São Miguel e Barueri, São Paulo tem hoje 16 m3/s tratado já em nível secundário. "A proposta é complementar o tratamento da água dessas estações com sistemas de membranas de ultrafiltração e jogá-la nos reservatórios, onde é diluída, por isso, é reúso potável indireto. A estação que capta daquele reservatório trata e distribui a água potável", explica.
Já nos cinco anos seguintes, seria realizada uma complementação do tratamento dessas estações com sistemas avançados, incluindo osmose reversa e carvão ativado etc., injetando direto na rede de distribuição existente, que se caracteriza como reúso potável direto. "Nós temos hoje tecnologia para tratar água nesse nível e certificar sua qualidade. Temos certeza que vamos distribuir uma água segura", garante.
Resumindo: os cinco primeiros anos de reúso potável indireto e os cinco anos seguintes reúso potável direto. Nos dez anos seguintes, a proposta é de empreender a limpeza dos rios de São Paulo. "Fazer a coleta dos interceptadores dos rios e levar para as estações de tratamento. Se fizéssemos essa melhoria, dos 16 m3/s pode-se chegar a mais de 30 m3/s de capacidade instalada de tratamento. Todo o esgoto que chegasse iria para estas estações e faríamos um tratamento avançado para ir à rede", prevê.
Segundo ele, isso reduziria esse estigma de São Paulo. "O que temos aqui de rio poluído, uma sociedade como São Paulo. Londres limpou o Tâmisa e Paris o Sena no final do século 18. Nós estamos no século 21 com esse esgoto dentro da cidade", diz, indignado. E não é só aqui em São Paulo. O prof. Hespanhol explica que esse esgoto, como não pode ser bombeado para a Billings ainda, desce todo para o Baixo Tietê e entra nas barragens de Barra Bonita, Bariri, Ibitinga e Promissão, que estão todas altamente poluídas, assim como os rios Tamanduateí, Tietê e Pinheiros. "Isso precisaria acabar. Vamos ver se o governo toma essas decisões. Isso é uma proposta genérica, não é um projeto ainda. É preciso estudar cada caso", conclui.


 

Pesquisas
As universidades no Brasil e no exterior estão fazendo pesquisas. Segundo o presidente da Nova Opersan, a crise hídrica colocou o saneamento em pauta nas universidades. "O exemplo mais efetivo é o estudo sobre o reúso direto encomendado pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) para o Cirra da USP. Nesse estudo, a grande questão é decidir sobre o reúso direto, enviar água da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para  a Estação de Tratamento de Água (ETA); e o reúso indireto, descartar o esgoto tratado no rio antes deste ser captado como insumo pela ETA", ressalta.
Okada confirma que, no Brasil, existem alguns polos de estudo de reúso de água. "No Semiárido, por exemplo, existe uma iniciativa de cooperação binacional, formada por Instituições Públicas e Privadas do Brasil e Alemanha, focada no reúso de água em sistemas agrícolas, para recarga de aquíferos e gestão integrada de recursos hídricos", exemplifica.

Indústrias

No Japão, as indústrias só utilizam água de reúso. Para Werneck Filho, no Brasil, diferentemente de outros países desenvolvidos, no caso o Japão, o grande problema que dificulta o reúso é a falta de tratamento de esgoto. "Esse tema passou a ser secundário porque os investimentos atuais estão focados em demandas emergenciais de suprimento de água, o que só adia o problema", aponta. Segundo ele, é muito mais barato adequar um efluente à qualidade que uma indústria necessita a partir de uma ETE do que tratar essa água residuária bruta. Ele diz que vê notícias a respeito do preço do reúso com uma comparação equivocada.
"O custo do reúso é apenas o pós-tratamento de uma ETE, e não o custo total. Parte desse custo é uma questão de se adequar às normas de descarte em rede de coleta ou em corpo hídrico", diferencia.
Conforme o prof. Hespanhol, as indústrias estão aplicando grandes investimentos no exterior e aqui no Brasil também para reduzir de 40% a 80% do consumo de água. "No exterior, as indústrias estão reutilizando a água há muito tempo, bem antes do Brasil, que está começando também, já que a cobrança por reúso da água teve início há dez anos aqui", relata. Lá, segundo ele, o reúso de água é feito na indústria de petróleo, para água de reposição de torre de resfriamento, por processo, para limpeza, descarga sanitária, irrigação de área verde, entre outras. "No Brasil, a indústria paulista, por exemplo, está usando, reduzindo o consumo e deixando de lançar efluentes, o que é muito benéfico", conta. Além disso, ele diz que as indústrias também reduzem o custo da concessão quando elas fazem isso.

 

Contatos:
Huber do Brasil:
www.huberdobrasil.com.br
Ivanildo Hespanhol: Universidade de São Paulo (USP) e Centro Internacional de Referência em Reúso da Água (Cirra)
Nova Opersan: www.opersan.com.br

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