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Confira as novidades no Mercado de Tratamento de Água e Efluentes


Ferramenta modela qualidade da água no rio Tietê
O engenheiro ambiental João Rafael Bergamaschi Tercini, mestre pela Escola Politécnica (Poli) da USP, criou uma abordagem inédita para modelar a qualidade da água no trecho do rio Tietê entre as cidades de Pirapora do Bom Jesus e Salto. O ineditismo está na integração da modelagem de qualidade da água em rio e em reservatório. No trecho em questão existem quatro reservatórios. Por isso, a proposta foi apresentar um modelo que analisasse o problema conjuntamente no rio e no reservatório.
"É muito comum acharmos modelos prontos, mas que só dão conta de reservatórios ou só dão conta dos rios. Tercini criou um modelo integrado", ressalta o orientador do trabalho, Arisvaldo Méllo, do Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões em Engenharia Ambiental e de Recursos Hídricos da Poli.
Tercini modelou a qualidade da água no rio à jusante da região metropolitana de São Paulo, no trecho que recebe toda a carga de esgoto orgânico remanescente. "Escolhemos o trecho entre a barragem de Pirapora e a cidade de Salto, que seria possível monitorar com os recursos que tínhamos disponíveis. Definimos a área de estudo e começamos a monitorar uma vez por mês, durante todo o ano de 2012", explica ele. As variáveis modeladas foram a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e o oxigênio dissolvido na água (OD). As medições foram realizadas em nove diferentes pontos ao longo dos 80 quilômetros (km) entre o reservatório de Pirapora e a cidade de Salto.
Ao planejar o monitoramento, Tercini e seu orientador consultaram as séries históricas de qualidade da água da Cetesb para checar a coerência dos procedimentos. "Seguimos as normas técnicas, tanto na coleta quanto na análise em laboratório. E também aproveitamos os dados da Cetesb para calibrar o modelo", explica Méllo.
O trabalho parte do modelo de Streeter/Phelps, criado em 1925 e aplicado na resolução do problema de poluição do Rio Ohio, nos Estados Unidos. "É um modelo que exige poucos inputs e dá uma boa resposta. Porque quanto mais complicado o modelo, mais informação você precisa para fazê-lo responder. Este é um modelo robusto e fácil de operar", esclarece o autor.

Cenários
De posse das medidas e levando em conta os três principais fatores que impactam a qualidade da água a jusante do reservatório de Pirapora (vazão descarregada, nível do reservatório e carga orgânica proveniente da RMSP) os pesquisadores desenharam doze diferentes cenários possíveis. Além de integrar a modelagem de qualidade da água em rio e reservatório, o modelo tinha como objetivo verificar os possíveis impactos da operação do reservatório de Pirapora na qualidade da água do rio Tietê.
Tercini explica que, do ponto de vista da gestão do Pirapora, já se opera no melhor cenário possível. "Atualmente, do ponto de vista de gerenciamento do reservatório, já estamos no ‘melhor’ cenário possível: com o nível do reservatório cheio, soltando pouca água e com uma carga orgânica normal — sendo este normal para os parâmetros do Tietê, que são altos. Quer dizer: para melhorar, só tratando o esgoto", resume.
A pesquisa concluiu também que os reservatórios não influenciam eventos como mortandade de peixes e situações afins, pois havia a crença de que os reservatórios contribuíssem para esse tipo de acontecimento. "Concluímos que os reservatórios, na verdade, melhoram a qualidade da água, pois funcionam como estações de tratamento de esgoto", diz Méllo.
O autor do trabalho explica que o modelo pode ajudar na gestão do sistema, embora não substitua o monitoramento. "O modelo pode indicar quais são as melhores opções operacionais entre rio e reservatório para que a qualidade da água melhore. Permite simular outros cenários de operação do reservatório de Pirapora ou a qualidade da água afluente do mesmo. E também pode ser adaptado facilmente a outras bacias hidrográficas com características semelhantes ao contexto analisado", explica Tercini.
Fonte: Acadêmica Agência de Comunicação, Assessoria de Imprensa da Poli

 


 

SP assina contrato para projetos inéditos sobre água de reúso
Recursos serão fornecidos à Sabesp pela Finep; projetos terão prazo de 30 meses de execução e avaliação de resultados
O Estado de São Paulo e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) firmaram contrato para o financiamento de projetos inéditos sobre água de reúso e esgoto. "São projetos e pesquisas que vão trazer bons avanços para a área tecnológica e para o saneamento básico de São Paulo, além de ajudar todo o Brasil também", disse o governador Geraldo Alckmin após assinatura do acordo, que ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
Ao todo são quatro trabalhos e todos serão desenvolvidos pela Sabesp. Há projetos sobre o aumento da produção de água de reúso para a Grande SP, o uso da casca de coco para eliminar o mau cheiro do esgoto, superaquecimento para transformar o lodo do esgoto em asfalto e uso da luz solar para secar o lodo de esgoto.
O investimento total é de R$ 60,3 milhões, sendo R$ 48,3 milhões financiados pela agência federal e R$ 12 milhões em recursos próprios da Sabesp. Os projetos terão prazo de 30 meses de execução e avaliação de resultados.
Do Portal do Governo do Estado

 


 

KSB Brasil inicia produção da bomba LSA no país
A KSB Brasil anuncia a nacionalização da bomba para serviços pesados, modelo LSA. A novidade, produzida na fábrica em Várzea Paulista (SP), vai permitir maior competitividade no atendimento ao mercado, principalmente do setor de mineração.
De acordo com Esther Honda, gerente de produto de bombas engenheiradas, "com a fabricação local, conseguiremos atender com nossos produtos nacionais uma gama maior de aplicações de bombas de polpa para mineração, principalmente nas Classes de Serviço 3 e 4".
A KSB já fabrica no Brasil, a linha de bombas de Polpa LCC, capacitada para as Classes de Serviço 01, 02 e 03. "A LSA, por sua vez, é mais robusta e atende polpas com sólidos grandes e em altas concentrações, explica Honda.
Além desse segmento, segundo Jardel Ribeiro, supervisor de vendas da KSB Brasil, a LSA também pode ser utilizada em outras aplicações como em Água & Esgoto, Açúcar & Álcool, Lavagem de Gases, Dragagem, Siderurgia e até em Indústrias Químicas e Alimentícias quando há presença de sólidos. Para a nacionalização desse modelo foi adquirido know how da GIW Minerals®, empresa americana subsidiária da KSB e líder de mercado em bombas para mineração sediada em Grovetown, GA.
A bomba LSA possui o padrão básico de bombas de polpa horizontais, porém seu corpo de carcaça única, mais robusto, revestimento do bocal de sucção substituível com elevada espessura e rotor de quatro Novidadesaletas de alta eficiência, proporciona vida útil prolongada em relação ao desgaste. Sua parte mecânica, traz eixo reforçado para prolongar a vida útil, caixa de selagem com placa de desgaste substituível, redução na vazão de água e anel de alívio de rotor para remoção segura e fácil.
O conjunto de rolamento de cartucho bipartido oferece facilidade de inspeção e manutenção. E para otimizar vida útil e eficiência, diversas opções de material e projeto hidráulico podem ser usadas na mesma parte mecânica da nova bomba nacional.
A bomba LSA traz carcaça, rotor e revestimento do bocal de sucção projetados em ferro fundido branco (Gasite® WD28G e Gasite® WD18G). O pedestal é feito em aço carbono e o suporte de mancal em ferro fundido. O diâmetro de descarga varia entre 50 e 660 mm. Já a vazão vai de 20 a 13.600 m³/h com altura manométrica máxima de 90m (dependendo da classe de serviço).
A pressão de operação pode chegar a 16 bar nos modelos standards. A LSA também oferece pressões limites de até 49 bar, destinadas a linhas de rejeito e outras aplicações que combinam diversas bombas em série.

 


 

Observatório das Águas começa a funcionar
Começou a funcionar no mês de julho, na forma de um comitê informal, o primeiro Observatório das Águas do país. Coordenada pelo WWF-Brasil, a iniciativa tem como objetivos principais fortalecer o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) - responsável por arbitrar conflitos e promover a cobrança pelo uso da água - monitorar a governança em todo o território nacional e garantir que a água seja tema estratégico na agenda social e política brasileira.
Significa verificar questões como: As leis referentes ao setor são efetivas e estão sendo aplicadas corretamente? Os recursos financeiros destinados à gestão das águas estão sendo repassados corretamente entre os órgãos e esferas públicas? A sociedade e os comitês de bacias estão participando ativamente das discussões e das decisões referentes à água? Os comitês de bacias estão conseguindo implementar seus planos e recuperar a qualidade e quantidade das águas?
O Observatório conta com a participação de mais de 40 instituições parceiras do WWF-Brasil.
Para o analista de conservação do WWF-Brasil, Angelo Lima, a melhoria da gestão dos recursos hídricos pode mitigar, por exemplo, os impactos de uma crise de escassez: "A água possui valor estratégico para a sustentabilidade social, econômica e ambiental, portanto sua gestão não pode ser descuidada"
Pedro Jacobi, coordenador do Grupo de Estudos Meio Ambiente e Sociedade do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), diz: "é uma iniciativa que agrega atores diversificados e tem por motivação responder aos desafios contemporâneos da governança da água sob perspectiva interdisciplinar e intersetorial". Para ele, o grande desafio é produzir propostas de ações aplicáveis e efetivas: "A pretensão é de criar uma base informacional e de conhecimento que permita aumentar as capacidades e possibilidades de intervenção adequada nos casos de crises ou desastres, contribuindo para a redução das vulnerabilidades e para a prevenção de riscos e crises de abastecimento de água".
Próximos passos - Os participantes trabalham na construção do primeiro diagnóstico: um relatório que deve ser divulgado até outubro sobre a situação da gestão de recursos hídricos no Brasil, dos comitês de bacia e do Singreh.
Os participantes pretendem que o Observatório seja uma rede, formada pelas diversas instituições integrantes, com natureza jurídica, infraestrutura física própria e equipe técnica permanente, gerenciada por uma coordenação. Para isso, deve ser aprovada a previsão orçamentária e a forma de captação dos recursos para que ele seja criado.
Está nos planos a criação de um portal, no qual serão disponibilizadas todas as informações resultantes do monitoramento, além de estudos, notícias e dados relacionados à gestão das águas.
Além disso, deve ser implementada uma ferramenta importante para fiscalizar a capacidade dos governos de administrar os recursos hídricos do país: "o Índice de Boa Governança da Água", nos moldes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O indicador seria responsável por monitorar uma série de áreas do setor hídrico: a qualidade e efetividade das leis e da regulação; a atuação dos governos; a articulação da Política Nacional de Recursos Hídricos com as políticas estaduais e municipais relacionadas.
O que faz um Observatório das Águas? Produz e dissemina informações sobre a gestão integrada e participativa dos recursos hídricos brasileiros; contribui para que o Singreh possa assegurar água em quantidade e qualidade para a atual e as futuras gerações; assessorar a tomada de decisões pelos gestores e instâncias deliberativas; apoia o debate qualificado sobre recursos hídricos; acompanha a evolução do Sistema, sua implementação e seus resultados e entraves.
O WWF-Brasil e a governança das águas: em 2005, o WWF-Brasil, por meio do programa Água para Vida, lançou a publicação Reflexões e Dicas, que já apontava para a necessidade de buscar indicadores para monitorar o singreh e a instalação dos comitês de bacias hidrográficas.
No ano passado, foi lançada a publicação Governança dos Recursos Hídricos – Proposta de indicadores para acompanhar sua implementação, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o HSBC. O diagnóstico mostrou que passados 18 anos da Política Nacional de Recursos Hídricos, lei 9.443/97, são necessárias mudanças. A publicação propôs então a criação do "Observatório das águas".

 


 

Spidflow, da Veolia Water, remove até 99% de algas no tratamento de água
Para atender o mercado de dessalinização, purificação de água residual, água de uso industrial e potável, a Veolia Water Technologies, líder mundial na prestação de serviços relacionados ao tratamento de água e efluentes líquidos, desenvolveu o Spidflow™, uma tecnologia de flotação de alta taxa de aplicação, apresentando até 99% de eficiência na remoção de algas, além de remover matéria orgânica em águas que apresentam baixa turbidez e baixa concentração de sólidos.
O Spidflow™ foi projetado para ser utilizado no processo de clarificação de águas de superfície com baixa carga de sólidos e água do mar. A solução é capaz de produzir água de processo e água potável com elevada qualidade, opera taxas de clarificação entre 30 e 50 m/hora e atende as mais variadas necessidades de tratamento.
O sistema é compacto, flexível, móvel, fácil de ser configurado e pode ser adaptado a qualquer tipo de aplicação: em grandes, médias e pequenas operações. "O mercado de água de reúso e dessalinização vêm duplicando o seu volume de tratamento, em média, a cada cinco anos. A Veolia está presente nesse mercado com muitas referências e já soma mais de três milhões de m3 por dia em plantas de tratamento, visando reúso de água. Por isso, é um dos principais focos de atuação no mercado brasileiro, nas áreas municipais e industriais", destaca Luiz Abrahão, engenheiro da Veolia.

 


 

Itron expande escolhas de tecnologia de comunicação para medidores inteligentes no Brasil
A Itron Inc. empresa especializada em tecnologia e serviços dedicada ao uso inteligente de energia e água, anunciou no início de julho a assinatura de um acordo com a ELO para integrar sua tecnologia de comunicação adaptativa Itron Riva aos medidores da ELO Sistemas Eletrônicos, trazendo mais opções de tecnologia de comunicação para concessionárias no Brasil.
Itron Riva fornece inteligência de ponta na rede e tecnologia de comunicação adaptativa inovadora que incorpora duas tecnologias de comunicação - rádio frequência (RF) e power line communications (PLC) – trabalhando de maneira harmônica no mesmo dispositivo e em tempo real. A tecnologia seleciona de forma dinâmica o melhor caminho de comunicação com base nas condições de funcionamento da rede, atributos de dados e requisitos de aplicação.
Além disso, a tecnologia Itron Riva oferece uma plataforma de software unificada dentro do dispositivo para novas aplicações de rede inteligente que se beneficiam das comunicações de alto desempenho e do poder da computação distribuída na rede de baixa tensão. Isso possibilita novas e mais efetivas abordagens para a detecção de furto de energia, de conexões de alta impedância e outras condições de rede perigosas, análise de falha, gestão de carga do transformador e da resposta à demanda.
" A Itron tem o orgulho de integrar seus módulos com tecnologia de comunicação adaptativa (ACT) aos medidores da ELO. Ao fazê-lo, proporcionamos às concessionárias uma solução que garante que os dados coletados serão entregues de forma mais eficiente e confiável", explica Emerson Souza, diretor da divisão de eletricidade da Itron, América Latina. "Este acordo é uma verdadeira inovação para a indústria de medição. Ambas as empresas trazem suas especialidades em um produto único, compacto e eficiente, acelerando resultados em relação às aplicações de smart grid."
"A escolha da Itron como parceira para um módulo de comunicação adaptativa integrado à nossa família de medidores vem em função dos sucessos e conhecimentos comprovados no mercado global em empresas de energia", declarou Luis Paulo Elustondo, Presidente da ELO Sistemas Eletrônicos S.A. "Estamos ansiosos para entregar uma distinta medição e solução de comunicações para o Brasil ".



 

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