Editorial

Foi durante a Eco 92 no Rio de Janeiro, que a ONU - Organização das Nações Unidas – instituiu 22 de março, o Dia Mundial da Água. Naquele distante ano de 1992, fora o fenômeno da seca nordestina, era inimaginável pensar que outras regiões do País pudessem


A água nossa de cada dia. Até quando?
Foi durante a Eco 92 no Rio de Janeiro, que a ONU - Organização das Nações Unidas – instituiu 22 de março, o Dia Mundial da Água. Naquele distante ano de 1992, fora o fenômeno da seca nordestina, era inimaginável pensar que outras regiões do País pudessem sofrer de escassez hídrica. O recado havia sido dado, um alerta em nível mundial para uma realidade que parecia distante para grande parte dos brasileiros.
Mas o tempo passou e hoje até mesmo São Paulo vive assombrada pelo fantasma das crises hídricas, racionamento e novamente o baixo índice de chuvas no sistema Cantareira, principal manancial da Grande São Paulo, que voltou a entrar em estado de atenção no mês de janeiro. E muitas outras cidades também convivem com esse mesmo drama. Por isso, devemos sempre trazer na memória a importância desse grandioso recurso natural e não lembrar da sua importância somente nesse dia, sendo notório que o corpo humano é composto em média por 70% de água, o que demonstra que a preocupação tem fundamento. O tempo está passando e as ações realizadas têm se mostrado insuficientes para garantir a disponibilidade desse bem tão precioso. É preciso dar atenção ao fato que o uso racional da água é indispensável. A conscientização permanente de cada indivíduo é mais do que necessária, pois atitudes positivas com o maior patrimônio do planeta irão possibilitar avanços significativos em busca da preservação.
No contexto da sustentabilidade econômica, a água tem papel fundamental para a agricultura, pecuária e também faz com que a produção industrial se desenvolva e traga investimentos para diversos outros segmentos. A previsão de investimentos em saneamento básico sinaliza que estamos despertando, mas há muito ainda a fazer no cuidado com a água, principalmente no tocante ao tratamento. Sem contar que a água é também fonte geradora de energia, fortalecendo e dando sentido à vida social e econômica das pessoas.
O dia 22 de março de 1992 marcou não só a importância "da água nossa de cada dia", mas também possibilitou a ONU divulgar um importante documento, denominado "Declaração Universal dos Direitos da Água". Um comunicado que expõe inúmeras formas de despertar a consciência ecológica da população e governantes para a questão da água. O destaque fica para o artigo 6°, que diz: "A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo".
O fato é que precisamos ter em mente que a água precisa ser respeitada. A gestão eficaz e sua proteção é responsabilidade de cada um de nós. Que em 2018 possamos traçar metas audaciosas na direção exclusiva da preservação e utilização da água. É mandatório que não só o dia 22 de março - e sim todos os dias do ano, nos façam lembrar do compromisso que temos em cuidar da água do planeta, para que possamos almejar um futuro sem escassez em termos globais, a começar das nossas próprias casas.
É com esse pensamento que trazemos nas matérias dessa edição, o retrofitting, upgrade em equipamentos ou sistemas de tratamento; o reúso de água como negócio sustentável; a fitorremediação, que devolve vida ao solo contaminado; desidratação e secagem do lodo proveniente de ETA e ETE; a importância do consumo de água tratada utilizando meios filtrantes para purificação; a qualidade da água como elemento crucial para análise de risco na indústria farmacêutica; e muito mais.

 

Boa leitura!

 

Rogéria Sene Cortez Moura
Editora

 


 

Conselho Editorial:
Adriano de Paula Bonazio; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura, Douglas Moraes; Eric Rothberg; Fábio Campos; Geraldo Reple Sobrinho; Jeffrey John Hanson; João Batista Moura; João Carlos Mucciacito; José Carlos Cunha Petrus; José Luis Tejon Megido; Laíssa Cortez Moura; Lucas Cortez Moura; Luciano Peske Ceron; Marco Antônio Simon; Patrick Galvin; Paul Gaston; Paulo Roberto Antunes; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Santiago Valverde; Tarcia Davoglio; Tarcísio Costa; Valdir Montagnoli.


Colaboraram nesta edição:
Edgard Luiz Cortez (Iteb); Igor Freitas, Benedito Ayres Neto e Marcio Cipriani (Bauminas); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Luciana Beneton (Tecitec); Jéssica da Costa Cruz e Luciano Ferreira (Celta Brasil); David Gonzalez (Ingersoll Rand); (Asstefil); Diego Augusto Camelo, Alessandra de Andrade Lima e Daniel Barreto (Allonda); Ranier R. Rocha (Ecobulk); Emília Andrade e Eduardo Guanaes (Huesker); Marco Vezzani (Vomm); Ralph Gomes (aQuamec Brasil); Ademar Cesar M. Ferreira (H2O Engenharia); Bruno Dinamarco (B&F Dias); João Paulo Gillioli (Mann+Hummel Fluid Brasil); Maria Estela Ribeiro (Phytorestore); Prof. Me. João Carlos Mucciacito (CETESB); Prof. Me. e Dr. Demétrio Elie Baracat (Escola de Engenharia Mauá do Centro Universitário Mauá) e Me. Roberto Dumas Damas.

Publicidade