Editorial

Depois de um início promissor em 2017, as movimentações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na articulação para estruturação de PPPs – parcerias público-privadas – seguem em ritmo mais lento em 2018


O longo caminho do saneamento
Depois de um início promissor em 2017, as movimentações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na articulação para estruturação de PPPs – parcerias público-privadas – seguem em ritmo mais lento em 2018, considerado um ano para estruturação de estudos técnicos e projetos, com prazo estimado de conclusão no terceiro trimestre.
Para que seja realizada a concessão, parceria ou privatização dos serviços conforme o caso, cada projeto deverá passar pela aprovação das respectivas assembleias legislativas estaduais, o que transfere a expectativa por mudanças para 2019, além de reacender a discussão sobre qual o melhor modelo a ser empregado para que no final das contas, o saneamento possa avançar de maneira sustentável, com melhoria da qualidade e abrangência geográfica, sem penalizar os consumidores finais.
O fato é que se faz necessária uma mudança objetiva nos sistemas de gestão. Com raras exceções, o atual modelo estatal provou não ser funcional para gerar o resultado esperado pela sociedade, sendo notório que o avanço do saneamento no País acontece em ritmo muito abaixo do desejado, além de diversas estatais estarem com graves problemas operacionais e financeiros. Por isso, quando o BNDES iniciou os trâmites das PPPs em 2017, 17 estados demonstraram interesse, mas devido a questões que envolvem o cumprimento de requisitos e também a tendência de desestatização, cerca da metade segue no processo. E ainda há o fato da discussão em torno do novo marco regulatório do saneamento, que deve estabelecer as regras efetivas para regular as relações de cooperação e competitividade entre estatais e iniciativa privada, acalorando o debate. Enquanto isso não acontece, a população aguarda sem maiores progressos efetivos, num longo caminho que segue a passos lentos rumo a um futuro ainda incerto.
Nas matérias dessa edição, trazemos o futuro do saneamento na valorização do esgoto; aplicação de processos de bioaumentação na eliminação de gorduras nas caixas de gordura de restaurantes; equipamentos para laboratórios de análises; o crescimento da demanda por reaproveitamento de águas cinzas nos últimos dois anos; uma análise de como os softwares revolucionam a forma de gerenciar estações de tratamento; sistemas de aeração promovem a degradação biológica dos esgotos sanitários e muito mais.

Boa leitura!

 

Rogéria Sene Cortez Moura
Editora

 


 

Conselho Editorial:
Adriano de Paula Bonazio; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura, Douglas Moraes; Eric Rothberg; Fábio Campos; Geraldo Reple Sobrinho; Jeffrey John Hanson; João Batista Moura; João Carlos Mucciacito; José Carlos Cunha Petrus; José Luis Tejon Megido; Laíssa Cortez Moura; Lucas Cortez Moura; Luciano Peske Ceron; Marco Antônio Simon; Patrick Galvin; Paul Gaston; Paulo Roberto Antunes; Ricardo Saad; Robert Scarlett; Santiago Valverde; Tarcia Davoglio; Tarcísio Costa e Valdir Montagnoli.

 

Colaboraram nesta edição:
Igor Freitas, Benedito Ayres Neto e Marcio Cipriani (Bauminas); (Fenasan); Fabio Foganholi (Produquímica); Marcelo Pohlmann (Brasworld); Edgard Luiz Cortez (Iteb); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Francisco Queiroz e Nilson R. Queiroz (Tecitec); Gustavo Rafael Collere Possetti e Glauco Machado Requião (Sanepar); Márcio Santos Souza (Cmbio); Joel Moniva (Merck); Daniel Peig (Dow); Léo de Oliveira (Alfakit); Carlos Eduardo A. Teixeira (Acquanova); Sibylle Muller (AcquaBrasilis); Allan Sarev (Acquasys); (Aquapolo); Eng. Ivanildo Hespanhol (CIRRA); Gustavo Salomão e Augusto Ribeiro Mendes Filho (Elipse); (Instituto Trata Brasil); (Abcon Sindcon); Bruno Dinamarco (B&F Dias); Anna Carolina Rapôso Camelo (Ecosan) e Welinton dos Santos (SRJ).

 

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