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Confira as novidades no Mercado de Tratamento de Água e Efluentes


Cultivando Água Boa será usado como metodologia para recuperação da Bacia do Rio Doce
O programa Cultivando Água Boa (CAB), da Itaipu Binacional e parceiros, deve servir como referência para a recuperação da Bacia do Rio Doce, na região de Mariana (MG), afetada pelo rompimento da barragem da Samarco.
O anúncio foi feito na abertura da 13ª edição do encontro do Cultivando Água Boa, realizado em 17 de março, no Rafain Palace, em Foz do Iguaçu, pelo presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. A medida consta no Diário Oficial de Minas Gerais, de 15 de janeiro deste ano, que prevê recuperação da bacia do Rio Doce e de seus afluentes, ampliação das áreas de vegetação nativa e de áreas degradadas. "Não temos melhor tecnologia social para a recuperação do Rio Doce do que a do CAB", afirmou Andreu.
A medida é um desdobramento de um acordo de cooperação técnica assinado entre o governo de Minas e a Itaipu para implantar o CAB no Estado, com investimento na ordem de R$ 6,5 milhões.
"Hoje é um dia de celebração. Há quase um ano recebíamos o prêmio da ONU-Água e, graças às parcerias e ao apoio que celebramos aqui na região, temos esta conquista, compartilhada com vocês e sendo levada para outros lugares", disse Jorge Samek, diretor-geral brasileiro de Itaipu.

Ampliando parcerias
A cerimônia foi marcada pela expansão do programa de Itaipu na Bacia do Paraná 3, com a assinatura de novos convênios e da replicação do CAB em outras regiões do país e do mundo. Durante a solenidade, também foi formalizada a intenção do governo da Costa Rica em aplicar o CAB no país da América Central.
Durante o evento, foram assinados 11 convênios – dez para recuperação de microbacias e outro para reforma do barracão de Santa Terezinha de Itaipu. As demais cidades beneficiadas são Mercedes, Maripá, Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Mundo Novo, Pato Bragado, Ramilândia, Santa Helena, Matelândia e Vera Cruz do Oeste, todas na área de influência da Itaipu, na Bacia do Paraná 3.
O investimento é de R$ 16 milhões e a contrapartida de Itaipu é de 50%, na ordem de R$ 8 milhões.

Celebrando o Prêmio ONU-Água
Com mais de 3.000 participantes, o 13º Encontro do CAB celebra com a comunidade e parceiros a conquista do Prêmio ONU-Água, recebida pelo programa em março do ano passado. A solenidade de abertura contou com a presença do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e do diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, e de diversas autoridades, como a diretora do Programa da Década da Água das Nações Unidas, Josefina Maestu, idealizadora do Prêmio ONU-Água e representante da Direção Geral da Água da Espanha.
Em sua fala, Josefina também defendeu que o CAB continue sendo levado a outras nações. "[O CAB] é um caso de inovação, de fazer coisas de um jeito diferente e único, que pode servir ao Brasil e ao resto do mundo".
Participaram, ainda, o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, José Marcondes de Carvalho; o teólogo e escritor Leonardo Boff; o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Ricardo Soavinski; o coordenador regional do Programa Hidrológico Internacional da Unesco, Miguel Doria; a representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Maristela Baioni; a coordenadora regional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) da América Latina e Caribe, Jéssica Casaza, entre outros.
A mesa do evento foi composta, ainda, pelos representantes dos indígenas, Daniel Mbraka Miri Lopas; dos quilombolas, Aurora Cornea; e dos pescadores, Gabriela Chichorski, que falou em nome das comunidades.
A cerimônia foi precedida pela apresentação do grupo Maracatu Alvorada, de Foz do Iguaçu, e do uma mística conduzida pelo Kuichy, Edwin Flores Zevallos, especialista em cosmogonia e conhecedor da medicina inca.

 

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ETE em Ribeirão Preto inova ao armazenar lodo em silos verticais
A concessionária Ambient Serviços Ambientais, responsável pelo tratamento de todo o esgoto gerado pela população da cidade de Ribeirão Preto, estimada hoje em 665mil habitantes, retira, em seu processo, cerca de 95% da matéria orgânica em duas plantas de tratamento de esgoto que mantem na cidade.
Para alcançar esse resultado, o efluente passa por algumas etapas, gerando água tratada e dejetos sólidos (também chamados de lodo). Para tratar o lodo gerado no processo, que pode ser altamente poluente, a empresa lançou mão da armazenagem do material em silo vertical com capacidade para 80 m³. Com isso, conta Márcio Dias, coordenador de suprimentos do grupo GS Inima, evita-se que o lodo desidratado seja mantido ao ar livre, o que estimula o aparecimento de insetos e eventualmente, dependendo de onde for armazenado na planta, o aumento do risco de contaminação do lençol freático e também dos colaboradores que fazem o manuseio do material.
Diferente do processo tradicional, quando o dejeto seria transportado até aterros sanitários, algo que demanda uma logística bem afinada, Dias conta que o armazenamento em silo é mais seguro, elimina odores, o risco de contaminação na equipe de operação, e ainda permite que o transporte seja feito de uma forma mais otimizada e econômica.
Um dos aspectos destacados por ele é a praticidade aderida ao processo. Segundo Dias, ao acumular pilhas de lodo, a empresa teria de manter uma retroescavadeira operante para elevar o material até as caçambas dos caminhões diariamente. "Com o silo, o processo é mais dinâmico, já que basta posicionar o veículo na parte de baixo do equipamento para que ele receba o lodo despejado", explica ele.
Projeto de expansão - As ações do plano de expansão, que começaram em 2013 e devem ser finalizadas ainda neste ano, demandaram um investimento de pouco mais de 40 milhões.
A principal ETE da cidade, por exemplo, está recebendo novos tanques, outros equipamentos complementares e mais um silo de armazenagem, também de 80 m³.
Com esse investimento, assegura Dias, a capacidade de tratamento da ETE deve ser elevada em 25%, passando da média de 1,2 m³ por segundo para 1.5 m³ por segundo. "A expansão demandou obras civis, aquisição de equipamentos mecânicos, elétricos e de automação, visando manter a eficiência e a qualidade dos serviços prestados à população pela Ambient", diz.
Geração de energia - Além da armazenagem em silo os gases metano e carbônico gerados pelos resíduos do esgoto também têm utilização sustentável em Ribeirão Preto.
O tratamento de esgoto, feito na Ambient por meio de um processo chamado "Digestão Anaeróbica", pode produzir cerca de 7 mil Nm³ de biogás por dia. Aproveitando-se desse fator, a concessionária optou por inserir uma melhoria operacional em sua planta: em 2011, a companhia adotou o Sistema de Geração de Energia Elétrica por meio do aproveitamento energético do biogás.
Responsáveis pela produção de 15 mil kW/h diários, quantidade consumida internamente pela própria companhia.
A Ambient faz parte do grupo GS Inima, que chegou ao Brasil em meados de 1995 e controla seis empresas de saneamento básico. Atualmente, a companhia mantém concessões e operações em mais cinco cidades brasileiras.

 

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Duas ETEs entram no Banco do PRODES
Em 2015, o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES) selecionou cinco estações de tratamento de esgotos (ETE), das quais três foram contratadas para receber os R$ 20 milhões em recursos da Agência Nacional de Águas (ANA): ETE Itapecerica, em Divinópolis (MG); ETE Nerópolis, em Nerópolis (GO); e ETE Laranjal, em Pires do Rio (GO). Com a publicação da Resolução ANA nº 144/2016, o PRODES incluirá duas estações no Banco de Projetos: a ETE Boa Vista, de Campinas (SP); e a ETE Águas Lindas, de Águas Lindas (GO).
Tanto a ETE Boa Vista quanto a ETE Águas Lindas poderão ser contratadas desde que haja disponibilidade orçamentária e financeira por parte da ANA durante este ano. Conhecido como "programa de compra de esgoto tratado", o PRODES paga pelo esgoto efetivamente tratado, em vez de financiar obras ou equipamentos, desde que as metas de remoção de carga poluidora (previstas em contrato) sejam cumpridas.
Desde seu início, em 2001, o Programa já contratou ou selecionou para contratação 77 empreendimentos que atenderão 9 milhões de brasileiros quando estiverem em pleno funcionamento.
Texto: Raylton Alves - ASCOM/Agência Nacional de Águas




 

Estação de tratamento de efluentes com reúso de água
Com as constantes preocupações ambientais e com a crescente exigência dos órgãos reguladores, atuando com mais rigor, as indústrias brasileiras começaram a implementar estações de tratamento de efluentes para atender as normas reguladoras e para devolver ao meio ambiente o efluente tratado, tão limpo quanto a água que entrou no processo fabril.
Além das preocupações ambientais, muitas indústrias buscam o reúso do efluente, utilizando a água tratada nas ETEs em banheiros, lavagem de pisos e rega de jardim, ou ainda a máxima eficiência com reutilização da água na própria linha produção em circuito fechado, tornando a indústria sustentável em termos de água, diminuição de custos com produtos químicos e com descarte de lodo.
Para atender a esta demanda a Tecitec especializou-se em projetar e executar estações de tratamento de efluentes com tecnologia para aumentar a eficiência e diminuir os custos operacionais e de manutenção além de atender as exigências dos órgãos de controle ambiental.
A Tecitec desenvolveu ainda estações que permitem a reutilização de até 100% da água tratada, e que podem empregar processo biológico de lodo ativado com aeração prolongada por ar difuso, processo físico-químico em regime descontínuo (batelada) e processo físico-químico em regime contínuo.
No caso do processo físico-químico, o efluente durante o tratamento passa por peneiras hidrostáticas, separadores de água e óleo, tanques de lodo, reatores, flotatores, filtros de polimento, decantadores lamelar, filtros prensa, filtros de areia, carvão e/ou zeólita,
No estágio preliminar são utilizados as peneiras hidrostáticas, o separadores de água e óleo e flotadores, quando estes fazem parte do tratamento do efluente. As peneiras são empregadas para a remoção contínua de sólidos grosseiros em processos industriais e tratamento de efluentes. Os separadores de água e óleo separam óleos não solúveis em água e garantem um teor máximo de óleos e graxas na saída de 15ppm. Os filtros de polimento são usados no polimento final e/ou clarificação de efluentes tratados. Os decantadores lamelares são usados na decantação contínua de lodos residuais gerados nos tratamentos físico-químicos. Os filtros prensa são utilizados para a desidratação do lodo. O equipamento permite o desague de lodo com até 80%  de concentração de sólidos na torta  reduzindo  significativamente o volume de resíduo a ser descartado.
Nilson Queiroz, diretor da Tecitec alerta, "Antes da definição do projeto é imprescindível realizar, em laboratório, todos os testes de tratabilidade do efluente para garantir o fornecimento da estação de tratamento dimensionada de acordo com os parâmetros legais e dentro das reais necessidades do cliente em termos de tipo de efluente, vazão e espaço disponível, local de instalação, legislação de descarte e parâmetros específicos para reúso."

 

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GE e Acquapura transformam água salgada em potável para regiões de seca
A falta d’água em regiões do agreste e do sertão nordestino exige das prefeituras locais investimentos em soluções flexíveis e inovadoras que possam garantir acesso ao recurso natural. Foi focada nessa necessidade que a divisão de Water & Process Technologies da GE em parceria com a Acquapura, empresa focada na oferta de sistemas de tratamento de água, desenvolveram um dessalinizador, equipamento que retira o sal da água coletada do mar ou de poços artesianos e a disponibiliza em forma de água potável – ou seja, própria para consumo humano.
Atualmente a solução é utilizada em Riacho das Almas (PE), onde 5 mil litros d’água são tratados diariamente para auxiliar no suprimento dos habitantes do município. Em média, a quantidade é suficiente para abastecer cada morador com 20 litros d’água por dia, o que equivale a quase 20% do total de água que uma pessoa precisa para manter suas atividades básicas: 110 litros diários, segundo recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU). A solução instalada no município pernambucano é alimentada com a energia captada em painéis fotovoltaicos instalados na superfície do dessalinizador.
Segundo José Alberto Martins, diretor da Acquapura, a demanda por esse tipo de solução tem se estendido para outras regiões do Brasil, como o Sudeste que vem enfrentando períodos de estiagem associado às mudanças no regime pluviométrico. "Nosso foco principal ainda é o Nordeste, mas são cada vez mais recorrentes consultas de entidades privadas e da iniciativa pública em projetos no Sudeste e em outras regiões que começam a sentir os impactos da seca", comenta.
Fora do Nordeste, GE e Acquapura mantêm projetos em usinas sucroalcooleiras e com concessionárias de rodovias no estado de São Paulo. Conversas com prefeituras locais também estão em andamento a fim de realizar projetos similares ao de Riacho das Almas. Uma das oportunidades vislumbradas, por exemplo, é a dessalinização da água do mar como alternativa para complementar o abastecimento de regiões costeiras.
"Essa é uma alternativa utilizada com sucesso em países litorâneos e que pode ser facilmente replicada no Brasil para atender populações pequenas ou demandas pontuais", analisa Mauro Cruz, diretor geral da divisão de Water & Process Technologies da GE. "Porém, outras soluções estão disponíveis no portfólio da GE para atender projetos maiores", ressalva o executivo.

Mil vezes dessalinização
Hoje, Acquapura dispõe de mais de mil unidades do dessalinizador em operação no Brasil, que contam com tecnologias da GE. Em menor proporção também há unidades operando em países costeiros como Portugal e Angola, onde a solução é utilizada para retirar o sal da água do mar. Cada unidade do equipamento trata, em média, 150 mil litros de água diariamente, ou o suficiente para atender uma população de aproximadamente 30 mil pessoas. Porém, a capacidade pode ser expandida ou reduzida de acordo com a necessidade do cliente. Usualmente, o equipamento está pronto para operar seis meses após a contração do projeto.
O Dessalinizador é equipado com membranas de osmose reversa (OR) série AG fornecidas pela GE. A tecnologia é utilizada para retirar bactérias, sólidos dissolvidos e/ou em suspensão, vírus e coloides e sais presentes na água. Como diferencial, a tecnologia equaciona a maior passagem de fluxo de água pelas suas membranas com menores níveis de pressão (inferior a 200 psi ou 1.379 Kpa), o que auxilia na redução de custos associados ao consumo energético. A solução é recomendada para o tratamento de águas com altos níveis de concentração de sal (variando entre 1.000 e 10.000 mg/l) ou quando é necessária uma rejeição muito alta de sal de íons monovalentes.

 

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