Número de projetos com foco na biodiversidade na Amazônia é crescente

A iniciativa é a materialização das conversas para promover a sinergia entre os vários atores e ações relacionadas com bioeconomia no estado.


Iniciativa tem foco em pequenos negócios, democratizando o conceito de bioeconomia, visando a preparação do estado para a COP 30

Quando o assunto é inovação, a Amazônia entra com um diferencial único – sua biodiversidade. Já foram catalogadas mais de 40 mil espécies vegetais na floresta, o que a torna um dos locais mais ricos do planeta em oportunidades de negócios sustentáveis com base na bioeconomia. Para fomentar a integração desse ecossistema, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae/PA) lança, no dia 13 de junho, a Rede de Inovação do Baixo Amazonas, na região de Santarém – uma das mais turísticas do estado.

A iniciativa é a materialização das conversas para promover a sinergia entre os vários atores e ações relacionadas com bioeconomia no estado. Desde o anúncio de que a COP 30 vai acontecer em Belém, em 2025, o número de projetos com foco na biodiversidade da região é crescente. Por isso, o Sebrae/PA realizou um mapeamento para identificar as instituições envolvidas — desde negócios locais e comunidades até instituições acadêmicas e órgãos governamentais — e incentivou o diálogo entre seus representantes. Eles assinarão, durante o lançamento da rede, um Pacto pela Inovação, que formaliza seu comprometimento com ações perenes para o desenvolvimento da área.

O objetivo é consolidar um ambiente favorável para os pequenos negócios que trabalham com bioeconomia no Pará. “Queremos prepará-los para aproveitar as oportunidades que surgirão com a realização da conferência do clima no estado e também a ganhar escala a partir dela”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno. “A rede é um passo para democratizar as oportunidades geradas pela bioeconomia, estabelecendo uma plataforma colaborativa fundamental para que o avanço da inovação na área se dê com a integração e a participação dos pequenos negócios”, completa.

Treze produtos primários da bioeconomia na Amazônia Legal contribuem com R$ 12 bilhões ao ano para o PIB da região. O cálculo considera toda a cadeia, incluindo seus derivados dos setores secundário e terciário. O dado é de um estudo do WRI Brasil que mostra que o potencial da bioeconomia na Amazônia Legal é muito maior. Mesmo estimativas conservadoras indicam que ela pode chegar a R$ 38,6 bilhões, ou 2,8% do PIB regional, em 2050, empregando 947 mil trabalhadores.

 

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