Como as empresas fazem a sua parte em prol do meio ambiente?

Quarto maior player brasileiro no segmento refeições coletivas, Grupo Risotolândia cria ações ambientais para sensibilizar colaboradores e a sociedade


Independentemente dos resultados e acordos estabelecidos na COP28, conferência do clima da ONU, encerrada em dezembro/23, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sobretudo com foco na "transição em direção ao fim dos combustíveis fósseis", as ações e aprendizados são sinais para governos, a sociedade e empresas.

Entre tantos itens da cesta de ações, mais do que nunca emergenciais, uma delas está atrelada às consequências da gestão inadequada de resíduos sólidos que, igualmente, envolve a todos.

Ao não adotar práticas eficientes de sustentabilidade, as corporações perdem oportunidades de diminuir custos operacionais e perdas desnecessárias. Além disso, a falta de uma abordagem adequada para lidar com os resíduos pode resultar em danos à reputação da empresa, colocar em risco a satisfação do cliente e oportunidades de negócio.

Em um contexto macro, as pautas discutidas nas COPs (Conferência das Partes) ao longo dos anos – tal como na última edição nos Emirados Árabes Unidos - têm envolvido governos, empresas e a sociedade e, não menos importante, provoca um efeito “micro”, mas que tem avançado silenciosamente como parte importante na colaboração para os termos globais.

Estima-se que mais de 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos sejam produzidos anualmente pelas atividades humanas no mundo. Desse total, cerca de 14% correspondem aos resíduos gerados pelas empresas de food service. Parte desse lixo é orgânico, mas embalagens plásticas e descartáveis, que poderiam ser recicladas, também entram na contabilidade.

Com o aumento das práticas que trabalham a conscientização sobre a sustentabilidade ambiental e a crescente demanda dos consumidores por ações empresariais efetivas e responsáveis, organizações têm adotado estratégias eficazes de gestão de resíduos para permanecerem competitivas no mercado e reduzirem os impactos ambientais.

O Grupo Risotolândia, empresa 100% nacional, com matriz na cidade de Araucária (PR), que há mais de 70 anos trabalha com refeições coletivas para diversos segmentos, tem adotado iniciativas que vão desde a reciclagem de lixo, descarte de resíduos eletrônicos, práticas de redução do volume de resíduos enviados para aterros sanitários e apoio a instituições sociais, por meio de ações práticas, educativas, de conscientização e sustentáveis.

Quarto maior player brasileiro no segmento refeições coletivas, o Grupo Risotolândia desenvolve ações ambientais e de enfrentamento das mudanças climáticas para sensibilizar seus colaboradores e a sociedade em seu entorno, visando o fortalecimento da cultura e desenvolvimento socioambiental.

O Grupo, atualmente com mais de 5.200 colaboradores, criou diversos núcleos gestores, coordenados por profissionais para a gestão de resíduos, gestão do sistema de tratamento de efluentes da unidade Matriz, gestão da limpeza de caixa de gordura, gestão do controle de pragas, além de equipes especializadas no diagnóstico ambiental das unidades e para treinamentos ambientais.

Transformação de resíduos orgânicos em combustível

No desenvolvimento de tecnologias que visam a transição energética, o Grupo Risotolândia tem transformado resíduos orgânicos em biocombustível. O resíduo orgânico vai para alimentação animal e os dejetos são destinados para um biodigestor que faz a transformação em energia elétrica. Para os resíduos eletrônicos, que poderiam ser descartados de forma inadequada e contaminar o meio ambiente, promove e incentiva a economia circular, por meio da doação à Acridas, uma organização especializada na reciclagem e reuso de componentes eletrônicos.

Outro programa instituído pela Risotolândia promove uma prática conjunta com seus colaboradores por meio da arrecadação de tampinhas plásticas que são trocadas por fraldas e ração para animais abandonados. E ainda a doação de alimentos para o Mesa Brasil Sesc, uma rede nacional de bancos de alimentos que combate a fome e o desperdício alimentar. A parceria ajuda a reduzir o impacto negativo da produção de alimentos e direcionar os excedentes para instituições que atendem pessoas em vulnerabilidade social.

As ações aplicadas na Risotolândia partem da conscientização, com a realização de fóruns sobre questões ambientais, treinamentos mensais com as áreas operacionais e comunicados internos para todos os colaboradores.

Nem sempre uma indústria consegue reduzir a quantidade de resíduos gerados se não tiver uma gestão adequada. É preciso estudar como empregar a melhor tecnologia possível para o tratamento, a transformação e destinação final e, para isso, o processo deve acontecer dentro de uma produção organizada, com a coleta seletiva implementada e efetiva para o uso de tecnologias limpas e adequadas para cada tipo de resíduo”, explica Carlos Humberto de Souza, Diretor Presidente do Grupo Risotolândia.

De modo geral, a gestão de resíduos sólidos em empresas do segmento de alimentação desempenha papel crucial na redução do impacto ambiental e na mitigação das mudanças climáticas. Ainda que o impacto seja considerado módico (micro) em relação a governos e grandes grupos globais, a proposta do Grupo Risotolândia é fazer a sua parte, com mudanças simples na rotina da indústria quanto ao uso de água, energia, gás e tecnologias limpas para destinação de resíduos.

Em 2022, o Grupo Risotolândia gerou 2.090 toneladas de resíduos, sendo 745 toneladas em aterro sanitário, 724 toneladas na suinocultura, 506 toneladas na reciclagem e 106 toneladas no tratamento de efluentes. Com as tecnologias empregadas aos resíduos, a empresa destinou 35% para combustível, 24% para reciclagem e 41% para aterro de efluentes. Para 2023, o Grupo estabeleceu como meta a redução (total) de 20% do uso de aterro sanitário e de embalagens descartáveis para a distribuição de alimentos. No entanto, em novembro de 2023, a redução atingida já havia sido de 53% do uso de aterro sanitário.

 

“Ainda temos um longo caminho pela frente, como a destinação cada vez mais sustentável e grandes projetos que devem entrar em prática nos próximos anos, sendo esse um dos focos principais da nossa empresa”, complementa o CEO do Grupo.

A Risotolândia busca reduzir ainda mais o uso da tecnologia de aterro sanitário, aumentar o número de unidades com projetos de coleta seletiva e envio dos recicláveis para associações de catadores, contribuindo além da esfera ambiental, para melhorias sociais das comunidades envolvidas. “Atualmente trabalhamos com a Associação de Catadores Corbélia e, além de doação dos resíduos para o aumento da renda per capita por família, também doamos mensalmente EPIs e alimentos para os associados que, na sua maioria, são mulheres e chefes de famílias”, finaliza Souza. 

Transição Energética: Pegada Ambiental nas Estradas

 Os cuidados com o meio ambiente e o combate às mudanças climáticas está além da matriz e das demais empresas do Grupo, presente nas regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Sudeste (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul): vai para as estradas.

Para percorrer cerca de 200 mil km por mês, atender os mais de 300 municípios e entregar mais de 550 mil refeições produzidas todos os dias, o Grupo investiu em caminhões 100% elétricos, que fazem parte da frota da Campodoro Transporte e Logística, marca da empresa Risotolândia Serviços Inteligentes de Alimentação, responsável pelo transporte e logística dos alimentos produzidos pela empresa. A mudança tem representado mais 80% de redução no custo de combustível e 97% a menos de emissão de CO2.

“Um dos nossos maiores públicos consumidores é justamente o da educação pública. Diariamente atendemos mais de 120 rotas passando por unidades educacionais de Curitiba, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, para entregar alimentação escolar a milhares de alunos. A nossa logística é, definitivamente, uma das etapas mais importantes do nosso serviço e, por isso, demos um grande passo ao adquirir dois caminhões baú 100% elétricos”, comenta Edilson Borges, gerente de facilities do Grupo Risotolândia.

Os novos veículos têm capacidade de até 3.5 toneladas de carga seca e autonomia de 250 km ao dia. A recarga completa na tomada elétrica leva entre 8 até 12 horas. O resultado é ambiental e sustentável: enquanto um caminhão a diesel emite 30 toneladas de CO2 ao ano, os novos caminhões 100% elétrico da frota do Grupo emitem zero.

“As práticas ESG (governança ambiental, social e corporativa) são importantes aliadas nas operações logísticas e por isso apostamos neste importante investimento que, muito além das questões de sustentabilidade, vem quebrar paradigmas ao atender o mercado público com veículos totalmente elétricos”, diz Borges ao ressaltar a importância do investimento realizado pelo Grupo - mais de 1 milhão de reais na compra dos dois veículos.

Borges acrescenta ainda que, além do custo-benefício para a organização e como uma importante aliada nas operações logísticas, neutralidade de carbono, economia e qualidade de vida dos motoristas - por ser um veículo isento de ruídos - a iniciativa é pedagógica: “parte dos negócios do Grupo é dedicada a entrega de alimentação à escolas públicas. Ou seja, ainda que indiretamente, também é um exemplo às crianças, que são o nosso futuro. Esperamos que outras empresas e governos também adotem frotas eletrificadas”.

Vale lembrar que, para reduzir ainda mais a emissão de CO2, o Grupo Risotolândia também mudou seus centros de distribuição para regiões estratégicas do pais, garantindo redução de CO2 dos fornecedores e da frota interna de entregas.

 Pontuale Comunicação - Caroline Michel <caroline@pontualecomunicacao.com.br>

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