A problemática do acúmulo de lixo plástico se estende no âmbito global

Caso o cenário não se altere, até 2050, poderá haver mais plásticos do que peixes no oceano


A problemática do acúmulo de lixo plástico se estende no âmbito global. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a humanidade produz mais de 430 milhões de toneladas de plástico por ano. Em busca de remediar este cenário, desde dezembro de 2022, 175 países negociam um tratado global como forma de mitigar os efeitos da poluição plástica.

O tratado será o primeiro a ser realizado em escala internacional. Xexéu Tripoli, vereador do município de São Paulo e apoiador de causas socioambientais, comenta o avanço do acordo no âmbito social: "O tratado representa um marco histórico para a luta ambiental. É uma forma de estabelecer medidas cruciais e obrigatórias para a proteção da terra na qual habitamos e evitar as futuras crises climáticas que a onda de lixo plástico pode causar, tanto no oceano quanto no próprio continente. É um passo fundamental para a garantia de um futuro sustentável para as próximas gerações”.

Segundo pesquisa feita pela Ipsos com mais de 24 mil pessoas em 32 países, a pedido da WWF International e da Plastic Free Foundation, 85% dos brasileiros acreditam que o tratado global deva proibir sacolas de compras, talheres, copos e pratos plásticos de uso único. 

Antecedendo o tratado, em 2019, o vereador viabilizou a assinatura do município de São Paulo, na época, tendo como prefeito Bruno Covas, ao Compromisso Global da Nova Economia do Plástico - até então o maior plano de ações para reverter a crise do consumo de plástico no planeta, liderado pela ONU Meio Ambiente e pela Fundação Ellen MacArthur. O acordo tem como medidas estimular a eliminação de embalagens desnecessárias e realizar compras sustentáveis. 

No mesmo ano, a Lei do Canudo (17.123/2019), proposta pelo vereador, foi aprovada pela Câmara, proibindo o fornecimento de canudos confeccionados em material plástico nos locais que especifica. O político também é autor da Lei  n° 17.261/2020, que proíbe o fornecimento de produtos de plástico de uso único, como copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões. A Lei aguarda regulamentação do executivo desde 2021.

Em caso da não contenção da produção de plástico, até 2040 é estimado que o material dobre no ingresso econômico e, consequentemente, triplique o volume de lixo destinado aos oceanos e quadruplique o  de plástico no mar. O vereador complementa sobre os altos riscos encontrados pelo contínuo consumo desse material: “Os números alarmantes evidenciam a urgência de ações concretas para enfrentar a poluição por plásticos. O tratado global é um passo crucial nessa direção, e é gratificante ver a conscientização crescente sobre a necessidade de medidas mais rigorosas para combater esse problema”.

Giovanna Montagner <giovanna@pressfc.com.br>

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