Saneago apresenta o melhor índice de perdas de água do Brasil

O segundo lugar ficou para a empresa alagoana Casal, com 32,2%. Já no ranking das capitais brasileiras, Goiânia também obteve destaque


O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) divulgou, no último dia 17, o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos 2020, elaborado com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). O documento apresenta o panorama do setor no País e traz a Saneago na primeira posição, com o melhor índice no item “Perdas de água na distribuição”.

No ano de referência, a média nacional de perdas foi de 40,1%. Enquanto isso, entre as prestadoras de abrangência regional, a Saneago (que atende em 226 dos 246 municípios goianos) marcou apenas 26,9%, sendo a única com índice abaixo de 30%. O segundo lugar ficou para a empresa alagoana Casal, com 32,2%. Já no ranking das capitais brasileiras, Goiânia também obteve destaque como a melhor colocada, apresentando índice de 18,7%.

De acordo com o estudo, as perdas de água na distribuição, no Brasil, vêm apresentando crescimento contínuo desde 2015. A Saneago, no sentido contrário, tem atuado intensamente para reduzir esses números. O diretor de Produção da Companhia, Mauro Lessa, explica que houve um investimento pesado em termos de ações de redução de perdas. Redes de distribuição foram reestruturadas e distritos de medição e controle foram criados, aplicando as melhores técnicas e tecnologias disponíveis.

Investiu-se também em redução de pressão, troca de ramais, retirada de vazamentos visíveis e não visíveis, bem como substituição de parte do parque de hidrômetros velocimétricos por volumétricos. “Consequentemente, o volume que antes era perdido transformou-se em novas ligações, ampliando o índice de atendimento, além de dar regularidade ao abastecimento no período de estiagem e reduzir os custos operacionais”, pontuou o diretor, ao ressaltar que o trabalho permitiu, ainda, diminuir a captação de água bruta nos mananciais, contribuindo com o meio ambiente.

Na análise de Mauro Lessa, o fato de ser referência nacional nesse quesito torna a Saneago responsável por avançar cada vez mais nos próximos anos. O objetivo, segundo ele, é continuar aumentando os investimentos e intensificar a presença das ações de combate às perdas no planejamento da Empresa. “Com isso, almejamos reduzir ainda mais o índice, em 2022, em toda a Saneago”, finalizou.

Vale lembrar que as perdas na distribuição correspondem ao volume de água disponibilizado, mas não contabilizado como volume utilizado pelos consumidores. A questão é provocada, entre outros motivos, por vazamentos, pressões altas nas redes, problemas na operação dos sistemas, ligações clandestinas, irregularidades na medição de água, submedição dos hidrômetros e ausência de programas de monitoramento de perdas.

Os dados detalhados do diagnóstico estão disponíveis no Portal Série Histórica, que pode ser localizado a partir da página inicial do site do Snis.

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