Vinte lixões foram desativados no Brasil entre março e junho

Desde 2019, 645 foram fechados. Dados constam de Atlas sobre a destinação final do lixo


Em março último, havia 2.632 lixões em atividade no Brasil. Em junho, o número foi reduzido para 2.612. Portanto, vinte foram fechados no período. Luiz Gonzaga, presidente da Abetre, informa que os avanços ocorreram nas seguintes cidades: Anastácio, Bodoquena, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Itaquiraí, Ivinhema, Jaraguari, Nova Andradina, Paranaíba e Selvíria, no Mato Grosso do Sul; e Água Boa, Cláudia, Feliz Natal, Figueirópolis, D'Oeste, Itanhangá, Itaúna, Marcelândia, Sinop e Tabaporã, no Mato Grosso.

"O Programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente, de 2019, juntamente com ações desenvolvidas a partir da promulgação do novo Marco Legal do Saneamento, em 2020, foram os responsáveis pela melhoria da situação", explica Gonzaga, revelando: "Quando fizemos os primeiros estudos em 2019, existiam 3.257 lixões no Brasil. Até agora, 645 fecharam as portas e deixaram de receber resíduos. Porém, sua estrutura física persiste, causando degradação ambiental. Por isso, as áreas precisam ser tratadas, recuperadas e descontaminadas".

Persistem no País, 2.612 lixões em operação. À letra da lei, na avaliação da Abetre e nos parâmetros técnicos, não se justifica o argumento de que parte dessas unidades caracteriza-se como aterro controlado. "Isso é mentira. Aterro controlado é lixão, pois não capta e não trata lixiviados. Pode ser que alguns estejam ligeiramente cobertos, mas são irregulares, como a vergonha nacional da destinação de resíduos sólidos chamada Goiânia", afirma Gonzaga.

O Atlas da Destinação Final de Resíduos é produzido e atualizado pela Abetre com base em pesquisas em numerosas fontes, como prefeituras, órgãos estaduais e municipais de meio ambiente e Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), instituído em junho de 2019 pelo Governo Federal e construído com apoio da Abetre.
 

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