Painel: Viabilidade Econômica para Implantação do Reúso nas Companhias de Saneamento

Apresentado por economista da Cedae, Karina Alencar, no 31º Congresso da Associação Brasileira de Engenheiros Sanitaristas (Abes), em Curitiba


Painel Viabilidade Econômica para Implantação do Reuso nas Companhias de Saneamento”, apresentado por economista da Cedae, Karina Alencar, no 31º Congresso da Associação Brasileira de Engenheiros Sanitaristas (Abes), em Curitiba, mostrou que é bom negócio para as cidades e também para o caixa das empresas investir em projetos sustentáveis. Diretora do Comitê Guandu e segunda secretária da Abes-Rio, Karina destacou a capacidade de as companhias criarem novos negócios para o desenvolvimento dos estados com empresas e indústrias por meio do saneamento, gerando soluções para o aumento da produtividade com o consumo de água.

Karina Alencar defendeu a diversificação de negócios no novo modelo de gestão do saneamento:

– É gratificante poder apresentar soluções para os pontos de inflexão de viabilidade econômica do reuso, como modelo de negócio nas companhias de saneamento, revitalizar a economia e criar condições para o crescimento sustentável – pontuou Karina, durante sua apresentação no segundo dia do congresso.

Este é um caminho seguido por companhias brasileiras em diversos estados, como São Paulo, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Piauí, que no momento investem em estudos de projetos de autoprodução de energia. A Cedae, por exemplo, focada em práticas empresariais ESG (tradução do “Environmental, Social and Governance“ que em português significa  ambiental, social e governança), publicou chamamento público para contratar estudo técnico com a finalidade de ampliar a eficiência energética em suas principais unidades. A companhia espera economizar até 40% com a implementação a partir da transmissão dos serviços para as novas concessionárias, quando passará a focar atividade na captação e tratamento de água.

O engenheiro civil e sanitarista André Alcantara apresentou painel sobre a experiência da Cedae com reuso. Ele é coautor do estudo “Viabilidade do reuso de efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Alegria em usinas de concreto no Caju”. A unidade já otimiza a destinação do material, evitando seu descarte em totalidade. A Companhia projetou associação a empresas de concreto e, ao mesmo tempo, a programa socioambiental.

– O projeto tem como norte principalmente a sustentabilidade, já que a água regenerada pode ser usada no processo de amassamento do concreto e ainda gerar receita. Desde 2012, a Cedae aproveita o lodo oriundo do tratamento como adubo para o plantio das mudas do Programa Replantando Vida – destaca.

Consumidores (empresas que comprariam a água de reuso) passariam a ter demanda atendida em menor tempo, e a companhia geraria lucro com a venda de substrato ainda não totalmente aproveitado. O investimento inicial foi calculado em R$ 600 mil – incluindo expansão da adutora e adição de bombas e reservatórios – com retorno financeiro previsto para quatro meses.

 

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