Novo marco legal do saneamento básico e a proposta de privatização da Corsan foram temas da reunião da Sergs

O gestor participou, nesta quinta-feira (15), de encontro virtual do Conselho Deliberativo e da Diretoria da instituição


Os impactos do novo marco legal do saneamento básico e a proposta de privatização da Corsan foram abordados pelo diretor-presidente da Companhia, Roberto Barbuti, em reunião da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs). O gestor participou, nesta quinta-feira (15), de encontro virtual do Conselho Deliberativo e da Diretoria da instituição.

Na ocasião, ao ressaltar a relação próxima entre o saneamento e a engenharia, Barbuti informou que a Corsan precisa investir cerca de R$ 10 bilhões para cumprir as metas do novo marco, conforme estimativa da área de engenharia da empresa. “A Companhia tem investido uma média anual de R$ 300 milhões e, no ano passado, chegou a um recorde de R$ 417 milhões. Porém é necessário que esse montante seja superior a R$ 1 bilhão para se atingir a universalização no prazo legal”, afirmou, classificando como “preocupante” o índice atual de 17% de coleta e tratamento no conjunto de municípios atendidos pela empresa.

Conforme o dirigente, “a mudança na legislação é fruto de uma movimentação da sociedade. O prazo de 2033 não deve ser estendido porque até lá há tempo suficiente para universalizar os serviços e porque a população quer que o déficit seja solucionado com rapidez”. Sublinhou que, entre outros fatores, o novo marco do saneamento prioriza o rigor no atingimento das metas e a necessidade de comprovação econômico-financeira para cumpri-las.

O presidente salientou que o modelo de desestatização proposto pelo governo do Estado para a Corsan “obteve sucesso em outros países, especialmente na Europa, e traz uma inovação para o setor de saneamento no Brasil. O Estado vai ter poder de influenciar nos rumos da empresa, mas não mais como controlador. O objetivo é uma Companhia mais eficiente e que atenda a lei. Se não, corre-se o risco de a Corsan perder municípios e importância com o passar do tempo”. Barbuti explicou que, segundo o novo marco, é possível uma concessionária deixar de ser estatal e manter a prestação de serviço no município. Após uma explanação inicial, o presidente respondeu perguntas do público, que contou com a presença de ex-dirigentes da Companhia.

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