Estação de Tratamento de Esgoto Insular é ampliada com tecnologia avançada de sustentação de estruturas

Processo utilizado é chamado de Estaca Raiz e traz maior segurança e resistência do solo na área pois realiza uma perfuração em rotação inclinada


Apesar da cortina de grandes árvores, quem passa pela Avenida Gustavo Richard, em Florianópolis, percebe o ritmo de obras da de Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Insular devido à altura dos guindastes usados nos trabalhos de execução das fundações no terreno.

Ainda em sua fase inicial, a obra movimenta grandes máquinas para a execução do processo conhecido como Estaca Raíz, tecnologia usada para dar sustentação a grandes estruturas sobre terrenos movediços.

Para aumentar a segurança e resistência do solo na área, a Estaca Raiz faz a perfuração em rotação inclinada, permeando o solo em forma entrelaçada, como se fossem raízes de uma grande árvore instaladas, no caso, até a profundidade de 40 metros.

A tecnologia está sendo usada pelo Consórcio Itajuí-Construtami para erguer no local um novo tanque de aeração, principal unidade da nova Estação.

Localizada no Aterro da Baía Sul, próximo aos contornos de acesso das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, a ETE Insular é responsável pelo tratamento da maior parte do esgoto da cidade, atendendo a região central e bacias da Agronômica, Trindade, Carvoeira, Pantanal, Saco dos Limões, Costeira do Pirajubaé e parte do Córrego Grande.

Quando estiver totalmente ampliada, em 2024, a capacidade da unidade passará dos atuais 296 litros por segundo para 612 L/s, beneficiando os bairros José Mendes e Morro da Lagoa e permitindo colocar em operação toda a rede de coleta já instalada na Bacia do Itacorubi (Parque São Jorge, Jardim Anchieta, Córrego Grande e Pantanal).

Além da construção do terceiro tanque, a obra prevê a modernização do tratamento, com a substituição do modo de lodos ativados por aeração prolongada pelo processo MBBR (Moving Bed Reactors). Dessa forma, a ETE Insular passará a operar em Sistema Terciário, considerado o mais completo, pois além de remover a matéria orgânica do esgoto retém nitrogênio e fósforo.

Financiado pela Agência Internacional de Cooperação do Japão (Jica), o investimento de R$ 144,8 milhões vai beneficiar cerca de 225 mil moradores de Florianópolis.

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