Indústria Têxtil é o segundo setor da economia que mais consome água

E produz cerca de 20% das águas residuais do mundo


Só no Brasil, de acordo com o Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil), há, aproximadamente, 27 mil indústrias do segmento. Ou seja, se não houver um descarte correto dos efluentes dessas indústrias aos recursos hídricos, são imensuráveis os impactos ambientais que a prática pode provocar.

"Um grande volume de água é usado no processo de confecção e beneficiamento do tecido, com uma quantidade enorme de diferentes contaminantes, como corantes. Se todo esse volume for descartado diretamente, sem receber um tratamento adequado, esse efluente pode causar danos irreparáveis à água, ao solo e ao meio ambiente como um todo", diz Leo Cesar Melo, CEO da Allonda, empresa de engenharia com atuação em soluções sustentáveis.

Melo lembra que o investimento da indústria têxtil por uma produção mais limpa, além de garantir a preservação dos recursos naturais, é também um fator fundamental para a própria sobrevivência da empresa. "Os consumidores estão cada vez mais atentos a questões relacionadas à sustentabilidade. E para se tornar competitiva em um mercado tão disputado, as empresas não podem ignorar esse fato", complementa.

Ele explica que há modernas e diferentes soluções para o tratamento de efluentes industriais, que para a indústria têxtil podem ser aplicadas de forma customizada. "Há variáveis que devem ser analisadas caso a caso. É preciso considerar o tamanho da produção e até mesmo o tipo de tecido que é produzido, já que os processos entre eles são distintos, gerando resíduos que merecem tratamento diferenciado também", conclui o CEO da Allonda.

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