Nova inspeção da CASAN comprova ausência de floração de algas da lâmina de água na Lagoa do Peri

Especialistas estenderam o trabalho de campo e verificaram que em nenhum trecho do manancial havia a existência de floração de algas


Uma nova e mais aprofundada inspeção, que se prolongou por aproximadamente três horas na manhã desta segunda-feira na Lagoa do Peri, comprovou a ausência de floração de algas da lâmina de água do manancial.

Durante o trabalho de campo, que foi acompanhado em parte por profissionais da Floram, o biólogo Rudnei Hinkel e o químico Felipe Rodrigues dos Santos, da CASAN, percorreram a orla observando a água da lagoa e sedimento arenoso da praia próximo às margens.

Foi vistoriado quase toda a extensão da praia a leste da orla, onde se encontra a captação de água da CASAN e a sede da Unidade de Conservação do Parque da Lagoa do Peri.

A vistoria se prolongou nos trechos norte e oeste da orla, avaliando o manancial nas prainhas que se encontram às margens da Trilha do Saquinho.

“Em nenhum dos trechos vistoriados foi identificada a floração de algas”, informa Hinkel, que já havia realizado inspeções anteriores.

“As florações de algas são visualizadas como uma mancha verde sobre a água, quase como uma lâmina que é identificada com relativa facilidade. Em nenhum momento observamos pontos da Lagoa com essa característica”, complementa o biólogo.

Em raros pontos foram visualizadas pequenas quantidades de espuma branca flutuante e sedimento esverdeado na areia, sendo realizadas coletas de materiais para avaliações laboratoriais. Com uma sonda, durante a vistoria foram também medidos parâmetros como ph da água, temperatura e oxigênio dissolvido, não sendo detectadas anormalidades. 

As avaliações serão documentadas em novo relatório, que será compartilhado com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e com o Conselho Municipal de Saneamento (Comsab).

CAPTAÇÃO REDUZIDA EM 50%

Para preservar a Lagoa fortemente afetada pela falta de chuvas no Sul da Ilha de Santa Catarina, desde março a CASAN vem reduzindo a captação de água no manancial. A implantação de redes, adutoras e boosters (motobombas) e o uso de poços do Aquífero do Campeche já reduziram a captação que era de 200 litros/segundo pela metade.

Uma série de obras em andamento, com reforços dos Sistemas Integrado e Costa Norte, devem reduzir até o final do Verão a captação para 50 l/s, o equivalente a 25% da outorga. A lâmina da água da Lagoa subiu para 180cm, depois de ter chegado próximo a 1,50m em agosto.

Na aba ‘Lagoa do Peri’ na capa do site www.casan.com.br, a Superintendência Regional Metropolitana da Companhia mantém um conjunto de dados sobre o manancial e sobre as obras em andamento para preservá-lo.

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