Com um histórico de sucesso herdado de instituições centenárias e a essência de inovação de uma empresa líder de mercado, a Solenis confirma a importância estratégica do Brasil para os setores de celulose e papel, açúcar e álcool e mineração, realizando um investimento milionário no país.
Nos últimos três anos, a multinacional americana investiu R$ 170 milhões no Brasil.
O investimento incluiu a instalação de dois novos reatores na fábrica de Paulínia, a aquisição da Quimatec Produtos Químicos, em Araraquara, e diversas iniciativas de melhorias de processos. Entretanto, o projeto mais inovador desse pacote é a criação do polo de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa na América Latina, que foi inaugurado no último dia 4 de maio.
Localizado na cidade de Paulínia, em São Paulo, o Centro de Tecnologia possui aproximadamente 1.000 metros quadrados de área construída e estrutura para gerenciar as necessidades de aplicações dos clientes da região e o desenvolvimento de novos produtos.
De acordo com o vice-presidente da Solenis na América Latina, José Armando Piñón Aguirre, a inauguração do Centro de Tecnologia reforça os planos em longo prazo da empresa no Brasil. "Investir em pesquisa é pensar no amanhã. É um momento muito afirmativo para a economia do país", afirma.

Centro de Tecnologia
A inauguração do novo polo tecnológico amplia a capacidade da empresa de estabelecer parcerias estratégicas com o fornecimento de especialidades químicas para o tratamento de águas industriais e aditivos para processos nos segmentos de celulose e papel, açúcar e álcool e mineração. "Juntamente com outros investimentos realizados recentemente na planta de Paulínia, o Centro de Pesquisa é um passo importante para entregarmos a inovação que os nossos clientes precisam, já que passamos a disponibilizar equipamentos de última geração e ainda mais especialistas para atender a todos os segmentos em que atuamos", declara Aguirre.
Com as novas instalações, o objetivo da Solenis é que novas soluções e produtos possam ser desenvolvidas localmente do começo ao fim. Em breve, o Centro de Tecnologia de Paulínia será o Centro de Excelência Global da Solenis no desenvolvimento de especialidades químicas para o mercado de celulose. "O Brasil já é um dos maiores produtores de celulose do mundo e é um setor em franca expansão", explica Aguirre. De acordo com o executivo, ter este Centro de Tecnologia e o Centro de Excelência garantem que a Solenis esteja pronta para fornecer inovação contínua e um excelente serviço para um mercado em rápida mudança.

A equipe da revista TAE esteve na inauguração do Centro de Tecnologia de Paulínia e traz todos os detalhes deste projeto: desde o investimento em equipamentos de última geração à importância estratégica do polo de pesquisa.
O novo polo tecnológico é o sétimo centro de tecnologia da companhia no mundo. Os outros seis estão localizados em Wilmington (Estados Unidos), Krefeld (Alemanha), Barendrecht (Holanda), Shanghai (China), Drammen (Noruega) e Terrassa (Espanha). Ele foi criado para desenvolver produtos específicos para a demanda local, prover um suporte técnico de qualidade e se tornar um centro de excelência na área de celulose. O polo de tecnologia de Paulínia irá atender todos os segmentos que a Solenis atua na região: desde a parte de tratamento de águas industriais, até os setores de papel e celulose, mineração, entre outros.
Para atender todos esses segmentos, a multinacional americana investiu em uma extensa lista de equipamentos da mais alta tecnologia e que hoje estão instalados nos cinco laboratórios que compõem o Centro de Tecnologia.

Laboratórios
O destaque é o novo laboratório-piloto, onde está instalada uma torre de resfriamento e o OnGuard™, inovador sistema de monitoramento e controle da performance do programa químico. Neste espaço é possível simular as condições reais de operação de uma torre de resfriamento, utilizando amostras de água proveniente dos clientes. Davi Richetti, responsável pela área de vendas da Solenis no Rio de Janeiro e no Nordeste, explica que a torre de resfriamento piloto tem um papel relevante, pois consegue avaliar a eficácia de um programa de tratamento antes de ele ser aplicado nos clientes. "Com a torre de resfriamento, a gente consegue, a partir de uma matriz da água do próprio cliente, simular previamente as condições de tratamento de água ou até mesmo construir em laboratório uma água de acordo com as características que o cliente tenha no site dele", revela.
O Centro de Tecnologia também conta com o laboratório de serviços analíticos, que será focado na análise de amostras de águas, celulose e papel cedidos pelos clientes. Atualmente, são recebidas mais de 700 amostras e cerca de 6 mil análises são realizadas por mês para fornecer respostas técnicas e recomendações para a resolução de problemas. A grande maioria dessa demanda é oriunda do segmento de tratamento de água.

Para realizar essas análises, o laboratório de serviços analíticos utiliza diversas técnicas. Nas amostras de água, por exemplo, são utilizadas metodologias como análise de ânions por Cromatografia de Íons (IC), análise de metais por Plasma (ICP), colorimetria, titulação, entre outras. As análises de depósito são feitas na grande maioria pelo diagnóstico de metais. Já os orgânicos são analisados por infravermelho.
Com o intuito de otimizar ainda mais os laudos, o laboratório de serviços analíticos está implantando o sistema LIMS, que irá automatizar grande parte dos processos. "Esse sistema irá gerenciar o laboratório. Ele irá cuidar desde a entrada da amostra,rotular, definir quais análises serão feitas para aquela amostra. Os dados serão gerados automaticamente e os laudos serão mais completos e ágeis", explica Claudio Simões de Andrade, químico sênior do laboratório.
O Fast Track é um laboratório que realiza trabalhos intermediários entre o analítico, que cuida de projetos de curto prazo, e o de pesquisa, responsável por projetos de longo prazo. "Neste laboratório são realizados projetos com prazo máximo de três meses. Temos recursos para desenvolver novos produtos, fazer localização de produtos (trazer uma fórmula já existente de outras plantas SOLENIS) e nacionalizar as matérias-primas para garantir um melhor custo" do produto final, conta Susete Breviglieri, coordenadora do laboratório Fast Track e Aplicações.

O Centro de Tecnologia também conta com um espaço dedicado ao estudo de estabilidade de formulações, que conta com o moderno aparelho LUMSizer da LUM. "Quando se fala em estabilidade de sistema vem duas perguntas à mente: esse sistema é estável ou não? E se for, até quando ele é estável? Para isso adquirimos recentemente o equipamento LUMSizer, que é basicamente uma centrifuga que rotaciona as amostras a uma velocidade que corresponde até 6.000 gs ou seja 6.000 vezes a aceleração da gravidade na Terra. Com isso acelera-se possíveis fenômenos de instabilidade", explica Jonathan Bergamaschi, cientista sênior da Solenis.
Para o cliente a vantagem dessa tecnologia é a certeza de que sempre terá o mesmo produto estável, independente da região geográfica em que ele esteja. "Eu consigo garantir que dentro do prazo de validade, o produto vai estar estável conforme foi idealizado", enfatiza Bergamaschi.
No Centro de Tecnologia também haverá laboratórios dedicados a análises físicas de papel e análises microbiológicas, que possibilitarão o uso de novas técnicas analíticas e o incremento da qualidade do suporte técnico prestado pela Solenis.

Estratégia
A meta da Solenis para 2017 é ter 25% das vendas provenientes de novos produtos. E, a empresa, está bem próxima de atingir esse objetivo. Globalmente falando, hoje, cerca de 24% das vendas da multinacional americana já são oriundas de novos produtos e, de acordo com Edmir Carone Júnior, gerente de Tecnologia e Desenvolvimento da Solenis para América Latina e responsável pelo Centro de Tecnologia, a região possui potencial para aumentar ainda mais esse índice. "Atualmente na América Latina, mais de 38% dos nossos produtos foram desenvolvidos nos últimos cinco anos. O que esse Centro de Tecnologia irá trazer é a capacidade de desenvolver estes produtos de forma mais rápida do que se estivesse usando as facilidades de um laboratório em outra região, como o da América do Norte", explica.

A expectativa é que a maior parte dos projetos do polo tecnológico de Paulínia seja desenvolvida no período de 1 a 2 anos e tenha aplicação imediata na região. Além disso, os projetos serão mais adequados às demandas específicas que existem na região, como por exemplo, ao tipo de fibra de celulose, e para a área de açúcar e álcool. A Solenis possui sete centros tecnológicos espalhados pelo mundo e todos esses polos operam em rede. "Este centro, por exemplo, está aqui especificamente para atender as necessidades da região, mas ele não funciona isoladamente. A equipe do polo tem contato com pessoas de todo o mundo. Temos conhecimentos diversificados em cada um dos laboratórios e, com isso, podemos trabalhar com diferentes produtos", conta Aguirre.
"Nós focamos nossa área de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) em áreas importantes para nossa empresa e em três grandes pilares. Ajudamos nossos clientes a melhorar a eficiência de seus recursos, por isso, se um cliente de papel e celulose precisar passar de fibra virgem para fibra reciclada, por razões de custo ou de sustentabilidade, nossa tecnologia poderá ajudá-lo a fazer isso. Para citar um caso de sucesso na América Latina, um cliente do segmento de mineração, extração de ouro, tinha que parar a produção a cada três meses durante duas semanas para limpeza, gerando perda de produtividade e faturamento, mas com nossas soluções este cliente está operando o sistema a onze meses sem interrupções para limpeza. Portanto, esse é o tipo de coisa que ajudamos nossos clientes a fazer - economizar energia, economizar água e melhorar a lucratividade", comenta Timothy Wood, Senior Vice President, Chief Technology Officer.

Cerca de 1/3 do investimento da Solenis é destinado ao que a empresa chama de laboratórios de aplicação do cliente, que funciona como um suporte analítico. "Nós damos o suporte direto e entregamos soluções para os nossos clientes. Quando eles têm um problema, eles nos enviam amostras e nós trabalhamos para resolvê-lo", garante Edmir.
A empresa também investe na inovação. Atualmente, 2/3 dos gastos da empresa são direcionados para o desenvolvimento de novos produtos. "Os grandes objetivos do Centro Tecnológico são: prover suporte de qualidade, desenvolver novos produtos para a região e se tornar um centro de excelência em celulose", afirma Edmir.
Apesar da crise econômica e política que se alastra pelo Brasil, a Solenis acredita no potencial de crescimento do setor. Aguirre destaca que o mercado de celulose exportou 70% de sua produção e cresceu acima de 8%. Já o setor de papel se manteve estável. "Nossa participação no mercado é muito relevante, o que requer tecnologia e gente que entenda da produção", diz Aguirre.

Solenis Especialidades Químicas
Site.: www.solenis.com
Tel.: (11) 3089-9225