Compostos por tubos, conexões e acessórios como válvulas e bombas, os sistemas de tubulações são equipamentos importantes para o tratamento de efluentes e atuam na circulação de fluidos.
Comumente chamados de tubos ou condutos, as tubulações têm como principal finalidade constituir uma rede ou instalação correlata para conduzir os fluidos de um local para outro, ou seja, servem para canalizações que asseguram a circulação de um fluido ou de um produto pulverulento em uma instalação. Estes equipamentos por sua vez tem a função de conduzir fluidos a um determinado local. O sistema de tubulação pode ser aplicado em diversos segmentos como irrigação, indústrias em geral, saneamento, ETE, ETA, PCH´s, dentre outros", explica a gerente de marketing da Vetro, Rosângela Moraes.
Basicamente, um sistema de tubulação é composto por tubos, válvulas ventosas, válvulas antecipadora de onda e válvulas de alívio. Os tubos podem ser fabricados em diversos materiais e são utilizados para o transporte do fluido, que pode ser líquido, misto ou gasoso. O composto de polietileno PE 80 ou PE 100 está entre os materiais utilizados nos sistemas de tubulações. "O PE 100 é um sucedâneo do PE 80, embora ainda convivam no mercado. O PE 80 é mais aplicado a ramais prediais de água, onde é desejável que o tubo seja algo mais flexível. O PE 100 é 25% mais resistente que o PE 80, permitindo que os tubos sejam de parede mais fina, ficando mais econômicos, mais leves e de mais fácil manuseio, com maior diâmetro interno, resultando em mais vazão", afirma Roberto Gadotti, diretor presidente da FGS.
As válvulas ventosas têm a função de permitir a entrada e a saída do ar de dentro da tubulação, evitando rupturas. Já as válvulas antecipadoras de onda são instaladas para atenuar o golpe de aríete, ou seja, as variações de pressão decorrentes de variações da vazão. A válvula de alívio, por sua vez, é um dispositivo de segurança que tem por objetivo desviar a pressão de dentro da rede, quando o sistema encontra um problema de aumento de pressão na tubulação.
As tubulações são fabricadas por processos de extrusão utilizando equipamentos de última geração. Essas tubulações podem ser produzidas em polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno (PP), e fluoreto de polivinilideno (PVDF), sendo fabricadas conforme especificações e normas nacionais e internacionais (ABNT, ISO, DIN).
Os materiais PE (polietileno) e PP (polipropileno) são os mais recomendados para os sistemas de tubulações, devido a sua alta resistência química, a grande área de aplicação em termos de temperatura, bem como a fácil instalação são somente algumas vantagens fundamentais destes materiais. Os sistemas de tubulações produzidos com esse tipo de produto também contam com vantagens como maior variedade de diâmetros e classes de pressão, alta resistência química e à abrasão, alta resistência a impactos, baixo efeito de incrustação, maior vida útil, maior leveza e flexibilidade, facilidade para manuseio e instalação, atoxidade, entre outras. "Os sistemas de tubulação em polietileno têm como característica o baixíssimo índice de manutenção, seja pelas suas características físicas como flexibilidade, seja pelo sistema de união soldado. Países com áreas sujeitas a terremotos tem adotado o sistema de tubulação em polietileno como solução de suas redes de distribuição de gás combustível e água exatamente por estas propriedades. As Tubulações de PE apresentam apenas necessidade de manutenção corretiva, devido a falhas de materiais por má fabricação ou por acidentes causados por terceiros, como máquinas de escavação", comenta Roberto.

Em aplicações para sistemas prediais as tubulações podem ser produzidas em materiais metálicos ou plásticos. "Basicamente não há restrições de aplicações entre os materiais metálicos ou plásticos. Normalmente são os profissionais da construção civil, projetista e o construtor, que irão definir entre um material ou outro levando em consideração os custos de aquisição, implantação, operação, manutenção e impacto socioambiental. Os materiais metálicos possuem maior resistência mecânica quanto à pressão hidrostática, porém, apresenta as desvantagens de sofrerem corrosão e dificuldades de instalação e manutenção", afirma Cid Pires de Gusmão, especialista de capacitação de mercado II da Tigre.
Apesar do baixo índice de manutenção, é importante estar atento ao projeto hidráulico, à qualidade dos produtos e às orientações do manual de instalação do fabricante para evitar problemas como o entupimento do sistema de tubulação. "É importante ressaltar que para o bom funcionamento da rede o usuário deverá seguir o manual de instrução do fabricante, pois cada equipamento demanda cuidados específicos que variam entre os materiais, no caso da fibra de vidro a manutenção correta permite ao material uma vida útil estimada de 50 anos. É muito importante que se siga as recomendações do manual para uma boa conservação e utilização dos equipamentos que compõem a tubulação. A manutenção pode evitar o entupimento do equipamento que compõe a rede e a limpeza da tubulação após seu uso evita o acumulo de resíduos sólidos na parede dos tubos", orienta Rosângela.
A manutenção dos sistemas de tubulações prediais deve prever a manutenção preventiva e a manutenção corretiva. "É de extrema importância a realização da manutenção preventiva para evitar diversos problemas como: contaminação da água potável, desgastes prematuros de registros e válvulas, entupimento do sistema de esgoto e de águas pluviais, etc.", alerta Cid.

Mercado
O mercado de sistemas de tubulações é um mercado promissor, principalmente pela vasta aplicabilidade do produto. "Sistemas de tubulações são produtos que podem ser utilizados em diversos setores, resultando em benefícios para o empresário em termos de economia e para população do ponto de vista da saúde pública", destaca Rosângela.
Além disso, a crise hídrica e o aumento da preocupação com a natureza têm contribuído para o desenvolvimento desse mercado. "A carência de recursos naturais como a água e a preocupação cada vez maior com o meio ambiente que demanda sistemas de tubulação estanque, sem perdas nem vazamentos contaminantes, tem contribuído com o avanço do Sistema de Tubulação em Polietileno nos mercados de transporte de fluido tais como Adutoras e Redes de Distribuição de Água, Condutos de esgoto e Efluentes Pressurizados, Transporte de Lamas e Particulados, Redes de Distribuição Urbana de Gás Natural, irrigação entre outros", afirma Roberto.
Devido à importância do produto para diversos segmentos, os fabricantes de tubos e sistemas de tubulações buscam constantemente soluções inteligentes e inovadoras através de novas tecnologias para que possam ofertar produtos com a melhor relação custo benefício. "As tubulações em PEAD, resistentes à abrasão, em combinação com alta flexibilidade e maior vida útil, são o melhor em tecnologia e agilidade para o mercado. São aplicadas nos segmentos Água, Esgoto, Gás, Mineração, Indústria, Redes de Incêndio, Telecomunicação e outros. Os sistemas de tubulações em PEAD são normalmente constituídos por tubos, conexões soldáveis ou mecânicas, válvulas, dispositivos de proteção e caixas de acesso, diferenciando-se dos demais sistemas no qual é necessário a utilização de componentes de outros materiais implicando em sistemas adaptados", indica Roberto.

Apesar do investimento em novas tecnologias, o setor carece da difusão de técnicas inovadoras. "Entre os principais desafios do Sistema de Tubulação Polietileno está a difusão da técnica de projeto e instalação, uma vez que o mercado já esta dotado de fornecedores aptos a atender qualquer tipo de demanda. Outro desafio é mudar a cultura de compra pelo menor preço de aquisição, sem levar em conta os demais custos implicados tais como: o custo e velocidade de instalação, a vida útil do sistema com baixíssimo índice de manutenção", analisa Roberto.
Por ser um mercado que atende diversos segmentos, a produção de sistemas de tubulações deve atender a normas oriundas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), entre outros órgãos. Por isso, para viabilizar projetos que envolvam sistemas de tubulações, a recomendação é adquirir produtos de um fabricante com boas procedências e realizar a montagem de acordo com o manual de instalação do fabricante.
O mercado está repleto de fabricantes confiáveis e que seguem as exigências dos órgãos reguladores. A Vetro, por exemplo, está no mercado desde a década de 80, fabricando tubos e conexões de PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro) e RPVC (Tubo de PRFV com liner de PVC), também conhecidos como tubos com liner termofixo e termoplástico.

Os tubos Vetro são produzidos através do processo de Filamento Continuo (Filament Winding) e são constituídos de resina poliéster, fibras de vidro, cargas minerais e aditivos, que conferem ao produto elevada resistência química e mecânica, podendo ser aplicadas em condições extremas de pressão, corrosão e abrasão. "Os tubos de PRFV e RPVC Vetro possuem uma vasta aplicabilidade, como para vinhaça, água, ácidos, alcalinos, esgoto, fluidos de alta temperatura, águas residuárias, dentre outros. Assim atendemos diversos mercados, como: Sucroenergético, Irrigação, Citros, Saneamento Básico, ETE, ETA, Indústrias em geral e PCH´s", explica Rosângela.
A Vetro produz tubos e conexões com diâmetro de 150 a 1.200 mm, classe de pressão de até 32 kgf/cm² e rigidez de 2.500, 3.750, 5.000 e 10.000 N/m². "Estamos em busca constante de melhorias e o resultado é nosso mais novo desenvolvimento o Tubo E-PRFV. A nova tecnologia empregada na fabricação do produto resultou no baixo custo de venda se comparado a produtos similares, além disso, manteve as características de um tubo de fibra convencional, como: alta resistência mecânica, fácil instalação e vida útil estimada de 50 anos", afirma Rosângela.
A FGS é outra empresa de boa procedência do segmento e se destaca pelas suas soluções em PEAD. "Os sistemas de tubulação e acessórios da FGS Brasil cobrem uma ampla variedade de atividades e aplicações para os mais variados mercados. É a companhia mais versátil e completa do mercado em termos de soluções tubulares em PEAD. Além da variedade de materiais, (tubos, conexões, transições, Poços de Visitas, materiais para SASC e outros) os componentes dos tubos permitem a construção de tubulações com uma vasta gama de dimensões", ressalta Roberto.
A conexão dos tubos é realizada por meio de processos de soldagem de termofusão, eletrofusão e injeção. Os acessórios facilitam a montagem e as máquinas de soldagem completam a extensa variedade de produtos da FGS. "Os materiais PE (polietileno) e PP (polipropileno) são os mais recomendados, devido a sua alta resistência química, a grande área de aplicação em termos de temperatura, bem como a fácil instalação são somente algumas vantagens fundamentais destes materiais", garante Roberto.
A Tigre é uma multinacional brasileira, líder nos diversos mercados em que atua, e sinônimo de pioneirismo e inovação. "Nossa marca oferece produtos que atendem os mercados predial, de infraestrutura, de irrigação e industrial", afirma Cid.

A Kanaflex é mais uma opção de empresa confiável do segmento. A companhia produz dutos e tubos de polietileno. "Os Dutos são para a Proteção de cabos subterrâneos de Energia ou Telecomunicação, e tem a denominação de Duto por força de norma (ABNT NBR 13897, 13898 e 15715). Os Tubos são para aplicações em Drenagem Subterrânea, Drenagem Pluvial, Condução de Esgoto por Gravidade, Condução de Água ou Esgoto sob Pressão, e Distribuição de Gás Natural", explica o gerente de marketing da Kanaflex, Eduardo Bertella.

Para cada tipo de aplicação, a Kanaflex possui produtos específicos. Para drenagens subcutâneas, que realizam o encaminhamento do líquido infiltrado no subsolo para um outro local através de conduto livre, se destaca o Kananet. "Dentro de um sistema drenante se destaca o tubo dreno. O Kananet é um tubo dreno fabricado em PEAD (Polietileno de Alta Densidade), de seção circular, corrugado, com raio de curvatura pequeno, destinado a coletar e escoar o excesso de líquido infiltrado no solo com a finalidade de proteger obras de engenharia, propiciar melhores condições de uso de uma área com lençol freático alto ou alagadiço, e evitar o contato de líquidos indesejáveis às áreas a serem protegidas. Um dos fatores determinantes da performance de um tubo dreno é a área aberta por metro linear, responsável pela vazão de influxo da tubulação. Também ter elevada resistência a produtos químicos, à compressão diametral e ao impacto. Normalmente os tubos drenos são aplicados em pistas dos aeroportos, aterros, barragens, diques, campos e pistas esportivas, dispersão de efluentes de esgotos, drenagem agrícola, ferrovias, obras de contenção, parques, jardins, pátios, estacionamentos, rodovias, subsolos, valas de absorção etc.", diz Eduardo.
Já para soluções voltadas para drenagens pluviais, o KNTS se mostra como uma excelente opção. "O KNTS é um tubo corrugado de dupla parede, sendo a parede interna lisa e a externa corrugada, fabricado em PEAD (polietileno de alta densidade) por processo de extrusão. Desenvolvido para resistir aos esforços mecânicos e ao ataque dos agentes químicos encontrados nos líquidos captados ou do entorno (subsolo). Uma grande vantagem desta tubulação comparada à tubulação tradicional de concreto é o peso, e o Coeficiente de Manning igual a 0,010", explica Eduardo.
Para as redes coletoras das companhias de saneamento, a indicação de Eduardo é o KNTS Super. " KNTS Super é um tubo corrugado de dupla parede, sendo a parede interna lisa e a externa corrugada, fabricado em PEAD (polietileno de alta densidade) por processo de extrusão. Desenvolvido para resistir aos esforços mecânicos e ao ataque dos agentes químicos encontrados nos líquidos captados ou do entorno (subsolo)", afirma.

Contato das empresas:
FGS: www.fgsbrasil.com.br
Kanaflex: www.kanaflex.com.br
Tigre: www.tigre.com.br
Vetro: www.vetro.com.br