O Diagnóstico Inicial E O Impacto Junto À Ineficiência Da Remediação

O estudo de caso apresentado relata uma aplicação de remediação de solo in-situ através de processos químicos oxidativos e redutores avançados, com foco principal em reduzir os teores dos contaminantes a níveis que não ofereçam riscos à saúde humana


O estudo de caso apresentado relata uma aplicação de remediação de solo in-situ através de processos químicos oxidativos e redutores avançados, com foco principal em reduzir os teores dos contaminantes a níveis que não ofereçam riscos à saúde humana, sobretudo de caráter tóxico e carcinogênico, desde que na área investigada não houvesse a presença de fonte ativa de contaminação.
Em 2013 a empresa Oxi Ambiental, especializada em Remediação Ambiental, atuando diretamente com tecnologia própria e inovadora no tratamento de solo e água subterrânea, foi contratada para dar continuidade ao processo de remediação ambiental em uma indústria química, aplicando tecnologia in-situ. A empresa passava por um processo de remediação utilizando técnicas físicas e mecânicas de bombeamento e tratamento (Pump and Treat) a cerca de 7 anos sem sucesso e sem aparente explicação dos resultados obtidos.
Cabe lembrar que as empresas de remediação são contratadas muitas vezes sem ter realizado a etapa anterior – partindo de estudos de investigação confirmatória e detalhada elaborados por outra empresa. Esse foi o nosso caso.
O trabalho de remediação ambiental é a etapa conclusiva de uma série, que se inicia com:
1. Investigação confirmatória, que confirma a presença de contaminantes no solo/água;
2. Investigação detalhada, que caracteriza o meio físico onde se insere a Área Contaminada sob Investigação (ACI), determina as concentrações das substâncias químicas de interesse nos diversos meios avaliados, define tridimensionalmente os limites das plumas de contaminação, quantifica as massas das substâncias químicas de interesse, considerando as diferentes fases em que se encontram, caracteriza o transporte das substâncias químicas de interesse nas diferentes unidades hidroestratigráficas e sua evolução no tempo e caracteriza os cenários de exposição necessários à realização da etapa de Avaliação de Risco.
Uma das primeiras iniciativas da Oxi Ambiental ao assumir integralmente o processo de remediação foi a apresentação e detalhamento do Relatório de Avaliação de Risco à Saúde Humana, cujo os resultados mostraram um cenário bastante crítico para os contaminantes avaliados, sendo que, em resumo, os compostos organoclorados TetracIoroeteno e cis-1,2-DicIoroeteno encontraram-se cerca de 500 (quinhentas) vezes superior ao limite de intervenção estabelecido pela CETESB, assim como outros cinco contaminantes estavam com concentrações significativamente acima do limite máximo permitido. Todas as substâncias presentes no site se enquadraram em um grupo químico que apresentam semelhantes características físico-químicas e toxicológicas, sendo classificados no grupo de contaminantes organocIorados.
Em 2014 iniciou a aplicação de reagentes químicos, e nos anos subsequentes, os resultados comprovaram a efetividade da tecnologia na descontaminação da área, com a diminuição significativa das plumas de contaminação e dos riscos à saúde humana, constatando a degradação contínua e sistemática dos contaminantes alvos. A remediação aparentava ter sucesso. As medidas químicas de intervenção aplicadas resultaram na eliminação do risco à saúde humana para os contaminantes avaliados na área interna e externa do terreno do empreendimento, com exceção a um ponto interno da fábrica, onde ocorreram operações industriais envolvendo a destilação de solventes clorados, logo, a incoerência das informações levaram a Oxi a duas conclusões:

1ª: Diagnóstico Impreciso e Incompleto:
Análises realizadas demonstraram mudanças significativas no cenário ambiental contratado. Isso era um indício claro que a área ainda possuía fonte ativa de contaminação não identificada no relatório recebido – na qual a remediação foi baseada. Isso poderia ocorrer por dois motivos: (i) a produção continuava em operação e ainda contaminando a área industrial, e/ou (ii) havia bolsões de contaminação não identificados no relatório detalhado. Como a produção havia sido paralisada há anos, restava a segunda alternativa.
Baseado na experiência e conhecimento técnico da equipe, foram indicadas as áreas identificadas como potenciais fontes primárias (ativas) de contaminação.
As campanhas de injeção foram planejadas nas intermediações vizinhas às áreas de "hot spots" identificadas na fase dissolvida, localizado à jusante das fontes de contaminação, ao lado externo da área da empresa, que foi a área identificada como a de maior risco à saúde. Priorizamos áreas próximas ao reator de solvente, área de manutenção, armazenamento, expedição.
A figura 1 mostra o croqui (planta baixa) da área do estabelecimento, sendo que são destacadas as áreas atualizadas (em escala real), incluindo as antigas áreas das principais edificações e atividades ao ar Iivre, abrangendo a localização dos poços de monitoramento (PM), poços muItiníveis (PMN) e poços de injeção (PI) ativos existentes no local, posicionamento das fontes potenciais de contaminação e instalações históricas. Nenhuma obra de escavação ou terraplanagem ou construção civil têm sido realizadas no terreno. Com base nisso, identificamos duas áreas de ocorrência de bolsão de contaminantes que não haviam sido identificados no diagnóstico preliminar à remediação (área roxa da figura 1).

 

O Diagnóstico Inicial E O Impacto Junto À Ineficiência Da Remediação



2ª: Método Inadequado:
O relatório da investigação detalhada apontou contaminações ambientais causadas por soIventes cIorados. Mencionava ainda o referido relatório que baseado na permeabilidade específica do aquífero, velocidade da água do solo e fatores de percIoroetiIeno (PCE) retardados publicados, os solventes clorados identificados na água e solo foram desprendidos há mais de 15 anos, no entanto, bolsões de contaminação no solo não foram identificados. A mesma empresa que executou a investigação detalhada, presumiu que o método com maior custo-eficiência para a remediação seria o de "Pump and Treat" e MPE (Extração MuIti-Fásica), e aplicou este tratamento por vários anos. Nesses métodos, a água do subsolo foi bombeada para a superfície, tratada e, uma vez desintoxicada, reintroduzida no ambiente. Sem entrar no mérito da eficácia do método em questão, o fato é que tal método tem baixa efetividade para tratamento desses contaminantes no solo – fazendo-se necessário uso de reagentes. Não deve surpreender a ineficácia da remediação nos 7 anos anteriores a entrada da Oxi Ambiental no projeto, pois como os contaminantes encontravam-se em ambos, água e solo, os esforços realizados apenas na água não foram suficientes. A figura 2 ilustra: O reagente e a remediação química: os reagentes são introduzidos no solo onde as reações de oxirredução junto aos contaminantes ocorrem, resultando em um solo não nocivo para o meio ambiente.

 

O Diagnóstico Inicial E O Impacto Junto À Ineficiência Da Remediação


Resultados
Ao final do processo de remediação ficou constatado que os procedimentos e a remediação desenvolvida pela Oxi Ambiental cumpriu com as exigências ambientais vigentes, obedecendo ao propósito e às normas contratuais firmadas, a remediação confirmou a eficiência e eficácia da tecnologia química in-situ de remediação implementada no local avaliado. Os serviços executados pela Oxi Ambiental atingiram taxas de degradação elevadas, superiores a 95%, resultando na remediação de todo o terreno e entorno, com exceção da área onde foi identificada a presença de fonte ativa de contaminação, onde foi identificada a presença de bolsões de contaminação encapsulados e dispostos de maneira inadequada no solo. Este fato, anulou os esforços e investimentos empregados no trabalho de remediação dentro dos parâmetros da investigação detalhada recebida.
Portanto, fica evidenciado a importância do diagnóstico ambiental completo e preciso, que seja representativo da área total investigada, explícito no relatório detalhado. Capacitação técnica e experiência são de suma importância em todas as etapas do gerenciamento de áreas contaminadas, em destaque a de diagnóstico ambiental que determinará os esforços a serem aplicados nas etapas de avaliação do risco à saúde humana e na remediação (etapa mais onerosa ao contratante), evitando assim, o desperdício de tempo e de recursos. Além de seguir as normas técnicas, que padronizam tudo que é essencial para esse segmento.

Como selecionar uma consultoria em remediação ambiental
Diante desse caso real, a Oxi Ambiental determina e resume os aspectos determinantes na escolha da consultoria para remediação ambiental, como:
Qualificação técnica para o entendimento e diagnóstico adequado dos meios contaminados para prevenir, controlar e corrigir problemas ambientais de maneira eficaz, exata e assertiva;
Experiência comprovada na reabilitação de áreas afetadas por diferentes grupos de contaminantes químicos, como metais pesados, PCB, organoclorados, entre outros;
Ter pleno, detalhado e imparcial ("não direcionado") entendimento que permita a identificação e eliminação da causa real do problema, definindo assim, a melhor forma de intervenção ("técnica"), o tempo adequado para o tratamento, a dosagem ("remédio") e o acompanhamento dos resultados;
Garantia de performance na completa reabilitação da área com base na tecnologia proposta e nos riscos inerentes à saúde humana.
Experiência na tratativa e relacionamento com os órgãos ambientais;
Gestão sistemática de dados do processo, incluindo planejamento de campo, análises químicas, modelagens analíticas, entre outros. Esta abordagem traz vantagens ao cliente e à empresa, pois garante rastreabilidade, acuidade analítica, qualidade geral e eficiência operacional.

 

Oxi Ambiental
Tel:. (11) 2768-9055
www.oxiambiental.com.br

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