Estações Compactas De Tratamento De Água E Esgotos São Opções Para Locais Que Geram Demandas Menores

Residências, chácaras, condomínios e hotéis são alguns exemplos de locais que podem fazer o tratamento de água e esgoto por meio de uma estação compacta


O tratamento de água e de efluentes é essencial para a sobrevivência humana. Saber como reutilizar a água e colocar em prática o tratamento de um esgoto pode ser um desafio para locais que não comportam uma estação de tratamento comum. Por isso, com as atuais demandas, as empresas têm lançado estações compactas de tratamento de água e efluente.

Estações compactas de tratamento de água
De acordo com Danilo Souza, responsável pelo departamento comercial do Grupo Alphenz divisão de saneamento e tanques de armazenamento em polipropileno, as estações de tratamento de água podem oferecer um resultado de água potável – apta para o consumo humano – ou não potável – água destinada à lavagem de pátios, irrigação, banho e etc. Essas estações são indicadas para locais como: empreendimentos residenciais, chácaras, condomínios, hotéis, sistemas empresariais, shoppings, resorts, aeroportos, escolas, comércios e indústrias.
Cada estação de tratamento compacta de água possui uma especificação, no entanto, no caso do equipamento da Alphenz, todo o processo é feito automaticamente e não existe a necessidade de um operador em tempo integral. Sobre o funcionamento do equipamento, Souza afirma que ele é programado de acordo com o intuito da operação, água potável ou não potável. "O sistema é composto, conforme o nível de tratamento necessário, por câmara de floculação, decantador, filtros de areia e câmara de contato e desinfecção. As dosagens de reagentes ocorrem de forma automática, por meio de bombas dosadoras acopladas ao sistema e painel de controle", explica.

 

Estações Compactas De Tratamento De Água E Esgotos São Opções Para Locais Que Geram Demandas Menores

 


Estações compactas de tratamento de esgoto
Essas estações, assim como as estações compactas de água, são ideais para locais que geram demandas menores – residências, chácaras, pousadas, hotéis, resorts, condomínios, conjuntos habitacionais, construtoras, shoppings, usinas, aeroportos, hospitais, prédios de escritórios, escolas, comércios e indústrias.
Essas estações são ideais para o tratamento de esgotos sanitários, explica Giovani Toledo, gerente de mercado da unidade de negócios Mizumo. "As estações têm como finalidade fazer o tratamento de esgoto gerado pelo ser humano, relativo à higiene pessoal, proveniente de pias, lavatórios, bacias sanitárias, mictórios, ralos, entre outros, proporcionando benefícios por devolverem ao meio ambiente um efluente tratado com alta eficiência, evitando a poluição, e trazendo ainda, como opção, o seu reúso", afirma Toledo.
Normalmente, essas estações são capazes de atender locais que possuem a partir de dez pessoas. Para implantar uma estação compactada de tratamento de esgoto, a empresa fornecedora, fará um projeto que atenda às necessidades do cliente. Segundo o gerente de mercado da Mizumo, existem alguns pré-requisitos de projeto que são essenciais para uma estação eficiente, são eles:
• Caracterização da origem do esgoto gerado e sua vazão diária;
• Definição do destino final do efluente tratado;
• Identificação de pico de vazão horária;
• Área de implantação e local de acesso;
• Perfil hidráulico da rede de esgoto para definição da cota do sistema ou da necessidade de implantação de sistemas elevatórios;
As estações compactas de tratamento de esgotos têm, basicamente, quatro processos: etapa anaeróbia, aeróbia, decantador e desinfecção.
Na etapa anaeróbica, segundo Giovani Toledo, ocorre o desenvolvimento de microrganismos (MOs) anaeróbios. "Esses MOs são responsáveis pela digestão de até 60% de todo material orgânico existente no esgoto a ser tratado. No tanque anaeróbio concentra-se a maior parte de sólidos presentes no esgoto, pois ele recebe todo o efluente proveniente da rede coletora no qual o sistema foi conectado. O tanque possui uma câmara pré-dimensionada que oferece um tempo de detenção suficiente para que determinados tipos de microrganismos possam efetuar o consumo da matéria orgânica", explica Toledo.

 

Estações Compactas De Tratamento De Água E Esgotos São Opções Para Locais Que Geram Demandas Menores


Após passar pela etapa anaeróbia, o esgoto é bombeado para um local onde passa por sopradores e difusores de ar, deste processo o efluente sai aerado. "A etapa de aeração é considerada um refinamento do tratamento anaeróbio e pode atingir até 80% de remoção de carga orgânica", diz o gerente de negócios da Mizumo. No seu interior, são alojadas peças de polipropileno (conhecidas como meio suporte), que atuam como um filtro biológico com grande área de contato, ou conjunto de placas de poliestireno termoformadas, que assumem a forma de uma "colmeia" e servem de suporte para a formação das colônias de MOs aeróbios, possibilitando que os microrganismos, característicos desse meio, possam consumir o material orgânico existente no esgoto com maior eficiência. Nesta etapa, ocorre o desenvolvimento de microrganismos (MOs) aeróbios. A principal característica desse tipo de MO é que eles necessitam, obrigatoriamente, de uma determinada quantidade de oxigênio para sobrevivência – que é enviado por meio de um soprador elétrico. Esses microrganismos vão complementar o consumo do material orgânico existente no esgoto a ser tratado – a eficiência de remoção é elevada a uma faixa de 90 a 96%, associando-se o tratamento feito nas duas etapas iniciais. Ainda na etapa aeróbia, todo o material orgânico, que é responsável pela cor e odor do esgoto, é removido."
Na etapa de decantador, que é realizada logo após ao aerado, todas as partículas sólidas são separadas das líquidas. "Essa etapa do sistema é onde é feita a separação das partículas sólidas, em suspensão no líquido, proveniente da agitação de ar na etapa aeróbia. A própria geometria do decantador possibilita a sedimentação dessas partículas tornando eficiente a remoção das mesmas. O decantador também possui um dispositivo denominado calha vertedoura, próprio para captação do efluente de saída", descreve Toledo.
A última etapa do processo de tratamento de esgoto é a desinfecção. Neste procedimento, os coliformes fecais e outros microrganismos patogênicos, são eliminados da água. "Falando tecnicamente, a desinfecção é provida de uma calha onde é colocado o tubo clorador. Dentro desses tubos são colocadas as pastilhas de hipoclorito de cálcio ou outros agentes esterilizantes. Após o contato com as pastilhas, o líquido é armazenado por aproximadamente 15 minutos para posterior descarte. A desinfecção também pode ser feita por meio da exposição do esgoto tratado à radiação ultravioleta (opcional). Em seguida, a água já tratada pode ser reaproveitada ou devolvida ao meio ambiente", explica o gerente.
De acordo com Toledo, no caso das estações compactas de tratamento de esgoto da Mizumo, o sistema não necessita de um operador para o funcionamento. Caso haja alguma anormalidade no funcionamento do equipamento, ele avisa por meio de alarmes.

 

Estações Compactas De Tratamento De Água E Esgotos São Opções Para Locais Que Geram Demandas Menores

 

Manutenção e conservação do equipamento
Para que o equipamento se mantenha trabalhando com qualidade é necessário seguir as regras de manutenção do fabricante, somente deste modo, ele dará a assistência necessária em caso de alguma anormalidade com o equipamento. No caso da estação compacta de tratamento de esgoto fabricada pela Mizumo, a principal exigência de manutenção é quanto à limpeza periódica do equipamento, afirma Giovani Toledo. "Limpezas periódicas no equipamento também são necessárias para preservar o correto funcionamento da estação compacta de tratamento Mizumo, principalmente na caixa de gordura, gradeamento, decantadores, divisores de fluxo e reatores anaeróbios e aeróbios. A limpeza do gradeamento e das caixas de gordura evita entupimentos e impede que os gases gerados no esgoto retornem e causem mau cheiro. A manutenção deve ser feita de uma a três vezes ao ano, conforme o estipulado no manual de instruções que acompanha o produto. A verificação dos sólidos deve ser feita periodicamente e a remoção dos resíduos acumulados deve ocorrer quando o volume atingir cerca de 50% do espaço total do tanque."
O gerente de negócios da Mizumo ressalta a preocupação com o manuseio, armazenamento e destino correto dos dejetos provenientes da limpeza. "Os resíduos retirados durante a limpeza das grades e caixas de gordura devem ser devidamente armazenados em tambores ou outros recipientes, que garantam a total vedação e impeçam vazamentos, até completar uma quantidade suficiente para sua correta destinação. Posteriormente, conforme a legislação vigente em cada cidade, os mesmos devem ser encaminhados para uma empresa especializada na coleta e destinação final de resíduos - autorizada a atuar por meio de aterro industrial, incineração. As instruções para a realização desse trabalho são passadas pela Mizumo no ato de entrega e início de operação da ETE", afirma.
"Todo o trabalho de limpeza e remoção do lodo acumulado na ETE deve ser feito por empresas especializadas, que trabalhem de acordo com as normas de proteção ambiental e que sejam devidamente cadastradas no órgão fiscalizador de cada Estado. Os caminhões limpa-fossa, por exemplo, além de atenderem as normas de proteção ambiental, devem possuir licença da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e, conforme a legislação de cada município, uma licença da Prefeitura local", alerta. "Além disso, é necessário obter um documento da companhia responsável pela água e esgoto ou saneamento básico (tais como Sabesp, DAE’s, SAE’s, etc.), que registre o local de origem do resíduo (lodo) e a sua destinação (receptora)".

 

Contato das empresas:
Grupo Alphenz:
www.grupoalphenz.com.br
Mizumo: www.mizumo.com.br

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