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Confira as novidades no Mercado de Tratamento de Água e Efluentes


Medo da crise hídrica e "acordo do clima" favorecem investimentos em energia limpa
Fundos de private equity já estão de olho em empresas brasileiras de fontes renováveis de energia
Com o colapso na captação de água e riscos no abastecimento e geração de energia elétrica, associado à crescente pressão contra as emissões de gases poluentes provocados pelo uso de combustíveis como petróleo e gás, a necessidade do país voltar os olhos para as energias alternativas, como a solar e a eólica, é cada vez mais premente.
As empresas que compõem a cadeia de energia eólica e solar já sentiram o bom momento para expandir seus negócios e até os fundos de investimento se voltam para a expectativa de lucratividade do setor nos próximos anos.
"Parece que até agora padecemos de um imobilismo no planejamento energético. Ficamos acomodados, contando basicamente com as hidrelétricas. Mas o problema do baixo nível dos reservatórios de água mostra a urgência de se investir em fontes de energias alternativas, como a eólica e a solar. Por isso, empresas e investidores já estão de olho nesse futuro promissor", destaca Rodrigo Bertozzi, CEO da B2L Investimentos S/A, especializada na mediação de negócios entre fundos e empresas.
O interesse em energias eólica e solar vem aumentando e deve ser ainda maior a partir de agora em diante do acordo firmado recentemente entre os países – inclusive o Brasil – na Conferência do Clima (COP 20), no Peru, para reduzir as emissões de poluentes que causam o efeito estufa e o aumento das temperaturas no mundo.
"O acordo firmado em Lima e que deverá ser detalhado ainda este ano na COP 21, em Paris, sem dúvida vai ajudar no crescimento do uso de energia limpa no Brasil, o que vai beneficiar investimentos no setor, como já começamos a observar. Há boas perspectivas, diante da demanda crescente. Além disso, projetos de energia renovável têm um processo de implantação mais rápido, com a obtenção de licenças ambientais mais simples do que as térmicas e hidrelétricas", informa a advogada Danielle Limiro, sócia da B2L, especialista em energia.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap), mais de 21% dos gestores estão com foco no setor de energia limpa; e o interesse já chegou também entre os fundos de venture capital.
"Investir em energia eólica e solar é cada vez mais promissor e, além disso, tem forte apelo social. É importante lembrar ainda que o avanço da tecnologia já possibilita ao setor a geração de uma energia limpa com muita eficiência", afirma Limiro.
Hoje a energia gerada pelas hidrelétricas ainda corresponde a 80% da matriz energética brasileira, mas o Brasil já investe em fontes alternativas. A energia eólica é a que mais cresce atualmente, especialmente em estados do Nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), em seis anos a capacidade instalada deve aumentar quase 300%. O setor eólico deve passar dos atuais 3% da matriz energética brasileira para 8% em 2018.
O mercado de energia solar também já ganha visibilidade. O que mais se tem ouvido entre investidores, geradoras de energia e fabricantes de equipamentos é que "chegou a hora" da energia solar no Brasil. Em agosto passado, entrou em operação, em Tubarão (SC), a maior usina solar construída até agora no país, com capacidade para abastecer
2,5 mil residências. E o primeiro leilão de energia solar organizado em 2014 pelo Governo contratou 31 novos projetos, que devem gerar energia suficiente para abastecer mais de
900 mil residências.
Diante desse quadro, os casos de empresas de sucesso que estão surgindo no setor faz crescer a demanda por fundos com esse perfil, com especial atenção à cadeia de fornecimento de equipamentos de energia eólica.
"A indústria de private equity deve ter presença cada vez maior como fonte de investimento de capital para fomentar o crescimento das empresas de energias alternativas", conclui o CEO da B2L.

 


 

Clariant vende suas operações de Water Treatment na América Latina para a Ecolab
A Clariant, uma das líderes mundiais em especialidades químicas, assinou acordo para vender seu negócio de Water Treatment na Argentina, no Brasil e na Colômbia à Ecolab Inc. A transação está sujeita a determinadas condições precedentes, além de aprovações regulatórias.
O negócio de Water Treatment da Clariant na América Latina oferece produtos químicos e serviços para um grande leque de indústrias, como a têxtil, de alimentos e bebidas, produtos químicos, papel e celulose, cuidados pessoais e produtos para o lar, entre outras.
A venda para a Ecolab não inclui as atividades de Water Treatment da Clariant relacionadas à indústria de petróleo e gás na região latino-americana. Esse segmento foi integrado às operações de Oil & Mining da Clariant, na área de negócios Natural Resources. A Clariant oferece, há mais de 30 anos, produtos e serviços para o setor de petróleo e gás na América Latina, com plantas de produção e laboratórios para desenvolver soluções que atendam às demandas presentes e futuras dos clientes.
"A venda do negócio de Water Treatment na América Latina é resultado da nossa gestão ativa de portfólio, baseada na estratégia de crescimento rentável da Clariant", afirmou Michael Pronin, Presidente da Clariant América Latina. "Nossa empresa continuará oferecendo soluções de tratamento de águas para o segmento de petróleo e gás, como parte do nosso pacote de serviços para essa importante indústria na região."
Saiba mais: www.clariant.com

 


 

ETE de Campos Novos Paulista segue em ritmo acelerado
A estação garantirá a remoção de 7 toneladas/mês de carga orgânica proveniente do esgoto doméstico da cidade
O DAEE já executou 50% da construção da Estação de Tratamento de Esgoto no município de Campos Novos Paulista, Quando finalizada a obra terá capacidade para tratar 100% dos esgotos sanitários produzidos pela população de 5 mil habitantes (projeção para 2030).
O Governo do Estado está investindo R$ 5,1 milhões nas obras, que fazem parte do programa Água Limpa. A ETE funcionará por lagoas de estabilização de esgoto, sendo duas Anaeróbias (que trabalham com bactérias que não necessitam de oxigênio) e duas Facultativas (com bactérias que consomem oxigênio). Além disso, está incluso a construção de tanque para cloração dos efluentes da água tratada; 2,4 metros de coletor tronco; uma estação elevatória de esgoto; 1,5 metros de linha de recalque e 270 metros e emissário de efluente tratado.
Em operação a ETE permitirá a remoção de 7 toneladas/mês de carga orgânica proveniente do esgoto doméstico que é atualmente lançado "in natura" no Rio Novo, auxiliando assim, na revitalização da Bacia Hidrográfica do Paranapanema.

 

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Água de poços e outras fontes alternativas precisam ser monitoradas regularmente
A qualidade deve ser controlada por todos, condomínios e outros usuários, conforme exigência do Ministério da Saúde
É comum a ideia de que a água de poço está isenta de contaminação. Na maioria das vezes, isso baseia-se apenas na percepção estética. Toda fonte alternativa – água para uso próprio que não a do sistema de abastecimento público – deve passar por monitoramento permanente da qualidade da água, conforme estabelece a Portaria 2.914 de 2011, do Ministério da Saúde.
Estudos e análises apontam que na água subterrânea podem ser encontradas substâncias naturais como arsênio, selênio, nitratos ou sulfatos, que limitam ou impedem o seu uso por causarem danos à saúde. Em Londrina, por exemplo, em 2005, havia 200 fontes alternativas sendo utilizadas para abastecimento. A projeção era de que em 2015 mais de 500 estivessem em operação.
"Como trabalhamos com tratamento de água, sabemos os riscos das fontes alternativas. A qualidade da água subterrânea deve ser controlada antes, durante e após a sua utilização. É o que a Sanepar faz. As análises realizadas, exigidas pelo Ministério da Saúde, garantem a qualidade da água distribuída. Alertamos, contudo, que esse procedimento deve ser tomado também por condomínios e todos os outros usuários de fontes alternativas", ressalta a química Mirian Raquel Bassetti, responsável pelo Laboratório de Análises de Conformidades da Sanepar na Região de Londrina.
Ela explica que, na perfuração de um poço, o maquinário pode arrastar elementos químicos das rochas para a água, assim como a bomba de sucção pode carrear para a água essas substâncias.
Nos poços individuais, também existe a obrigatoriedade de realizar testes periódicos da qualidade da água e devem ser mantidos para consulta pública os registros sobre as características da água distribuída. O administrador do condomínio é o responsável civil e criminal pelo consumo de água alternativa. "À primeira vista, consumir água proveniente de fontes alternativas como poços e bicas pode parecer atraente. Mas existe o risco de contágio por doenças de veiculação hídrica", diz a bióloga e técnica em saneamento Rosimere de Castro.

Controle de qualidade
A Sanepar envia relatórios mensais das análises da água para as secretarias municipais de Saúde e semestrais para a Secretaria Estadual de Saúde. As secretarias municipais são responsáveis por incluir os dados dos relatórios que recebe da Sanepar no Sistema de Informação da Qualidade da água, do Ministério da Saúde. Nas contas de água que chegam às casas dos clientes, consta um resumo dessas análises. Os resultados também estão disponíveis no site da Sanepar.
Para assegurar essa confiabilidade da água distribuída em 44,2 mil quilômetros de rede em todo o Estado, a Sanepar mantém uma estrutura de análise laboratorial que segue rigorosamente os parâmetros de qualidade determinados pela Portaria 2.914, do Ministério da Saúde.
O controle da qualidade da água começa na captação. Cada Estação de Tratamento de Água conta com um laboratório que analisa a qualidade da água no ponto de captação (a chamada água bruta) e em todas as fases do tratamento até a etapa final, quando a água é chamada de produzida e está pronta para o consumo humano. De hora em hora, são analisados aspectos como cor, turbidez, pH, cloro e flúor, na água bruta e na tratada. A alcalinidade é analisada a cada quatro horas. Esses dados servem para apontar necessidades de correção no processo de tratamento.
Depois que a água entra na rede de distribuição, a Sanepar faz o monitoramento em diversos pontos para analisar a qualidade da água distribuída. A população pode acompanhar a qualidade da água da sua cidade, pela conta de água, que recebe mensalmente, ou acessando link: www.site.sanepar.com.br/conteudo/leia-o-relatorio-anual-de-sua-localidade. O cliente também pode fazer o cadastro para receber o relatório por e-mail.

 


 

Paraty recebe sua 1ª estação de tratamento de água
Unidade entrará em operação no primeiro semestre de 2015
A cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, recebeu a sua primeira estação de tratamento de água (ETA). A estrutura, composta por módulos, ficará localizada no bairro Pedra Branca, e a previsão é de que comece a operar nos próximos meses. A unidade tem capacidade de produção de água tratada de 5 milhões de litros por dia, e abastecerá 80% da área urbana do município.
A meta era que a ETA fosse implantada em até dois anos, mas visando ao conforto da população e atento ao turismo local – principal negócio do município –, o Governo Municipal solicitou à concessionária Águas de Paraty a redução do prazo. "Entendemos a necessidade, por isso foi feito um trabalho para a antecipação desta meta", afirmou o superintendente da empresa, Renine de Oliveira.
Com a chegada da nova unidade, as próximas ações previstas pela Águas de Paraty são a alocação da estrutura no bairro de Pedra Branca, a construção de adutoras e o processo de interligação das redes. A estação utilizará o sistema de tratamento de ciclo completo, ou seja, capaz de realizar os processos de coagulação, floculação, decantação, filtração, correção de pH, desinfecção (cloração) e fluoretação.
"A chegada da estação de tratamento é o início de um novo ciclo para o município. Estamos nos dedicando, e este é apenas o primeiro passo para que a população tenha acesso a serviços de qualidade", finalizou Renine.

Sobre o projeto:
A estação instalada faz parte do acordo assinado em fevereiro de 2014 para operação do saneamento básico da cidade. Com investimentos previstos de R$ 85 milhões, nos primeiros quatro anos, e de R$ 145 milhões em 30 anos. A concessão é uma Parceria Público Privada (PPP), que contará com recursos próprios da concessionária, além de contraprestações públicas do município, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM) e da Eletronuclear.
Saiba mais: www.grupoaguasdobrasil.com.br


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