Atualmente temos diversos tipos de bombas submersas para o tratamento de água e efluentes. Esse equipamento serve para permitir o acesso à água através de poços semiartesianos, que são aqueles poços que necessitam da tecnologia desenvolvida pelo homem para bombear a água até a superfície. Contudo, ela já se tornou apenas parte de uma infinidade de aplicações possíveis com uma bomba submersa.
Esta tecnologia é chamada de sistema "booster". Uma palavra que vem da língua inglesa, e significa impulsionador ou intensificador. Esta expressão foi escolhida justamente por sua literalidade com as novas aplicações de bombas submersas, porque além de trabalhar na captação da água, ela também passa a ser usada no rebombeamento. Em geral estas bombas são produzidas em ferro fundido, inox ou bronze dependendo da qualidade da água a ser bombeada.
"A característica principal deste tipo de equipamento é que tanto a bomba quanto o motor fica submerso em água, ou seja, todo conjunto de motor e bomba trabalha submerso. É uma bomba centrifuga que através do giro dos impulsores (rotores) dando pressão a água até que ela chegue a ponto de descarga. Para cada condição operacional do sistema é dimensionada uma bomba específica", explica Carlos Trimer, gerente das Bombas Leão.
A escolha do melhor sistema de bombeamento de um poço artesiano depende da análise de vários fatores, onde se incluem: o diâmetro e a profundidade do poço, a profundidade do nível de água e seu rebaixamento, a capacidade e duração do bombeamento, a qualidade da água, os custos iniciais e de manutenção, e a potência requerida. A preservação da qualidade da água e a vida útil de um poço estão diretamente relacionadas, a escolha da bomba adequada.
A bomba submersa é um equipamento que transforma energia elétrica em energia mecânica, a fim de transferir a água de um ponto ao outro. E o deslocamento da água não necessariamente precisa ser em um poço. Pode ser utilizado em outras aplicações, como estação elevatória, dentro ou fora dos reservatórios e também na pressurização da rede de abastecimento. Cada caso é um caso, mas estes equipamentos podem ser utilizados principalmente em reservatórios ou redes de abastecimento, que utiliza um sistema de malha fechada.
Carlos explica ainda que em geral as bombas são produzidas em ferro fundido, inox ou bronze dependendo da qualidade da água a ser bombeada. Houve uma quebra de paradigmas. Antes, entendia-se que uma bomba submersa só poderia ser usada na posição vertical, mas os equipamentos podem trabalhar na vertical, horizontal ou inclinado. Eles podem funcionar individualizados ou conjugados em série ou paralelo.
Com a utilização do sistema "booster" é possível obter diversos benefícios. Dentre eles podemos destacar a diminuição no nível de ruído, a eliminação da construção de uma casa de bombas, o menor consumo de energia, em mais de 80% dos casos, e a facilidade na manutenção. Com esse sistema a diminuição no nível de ruído e de vibração é incrível. A bomba submersa trabalha imersa na água, em uma tubulação fixada ao chão, sendo assim todos esses benefícios mostram que a utilização de bombas submersa em novas aplicações é vantajosa para o cliente.
A bomba submersa é o tipo ideal e de maior rendimento para poços de qualquer profundidade. O conjunto moto-bomba é instalado dentro do poço, submerso em alguns metros abaixo do nível dinâmico, funciona silenciosamente e requer pouquíssima manutenção quando bem especificado e corretamente instalado. "As bombas submersas tem como vantagem um melhor rendimento e conseqüente menor consumo de energia comparada aos compressores e bombas de eixo prolongada", completa Carlos.
Para esse tipo de serviço podemos encontrar a bomba injetora que é uma bomba centrífuga horizontal convencional com um dispositivo instalado nas tubulações de sucção e de retorno, submerso no poço. Apresenta baixo rendimento e consequente maior custo operacional devido utilizar motores elétricos de maior potência do que uma bomba submersa de igual vazão e pressão. E por fim a bomba centrífuga tem grande limitação devido ao fato de que sua utilização somente é possível em poços onde o nível dinâmico (inferior) não ultrapasse a profundidade de aproximadamente 8 metros, no máximo.

As bombas submersas são para bombeamento de águas limpas de poços tubulares profundos captações ou boosters e as bombas submersíveis em geral são utilizadas para bombeamento de águas sujas e ou esgotos.
No caso das bombas submersíveis, sua aplicação é indicada em Estações Elevatórias de Esgoto ou Efluentes, especialmente em locais onde não seja possível a utilização de bomba horizontal do tipo re-autoescorvante, devido o espaço superior não poder ser ocupado ou quando a altura de sucção for elevada, isto é, baixo NPSH disponível. Bombas submersíveis são também indicadas para instalações provisórias como drenagens de valas, garagens, subsolos, piscinas, cisternas e tanques.
São bombas que fazem a movimentação do fluido estando imersas no líquido em questão. Geralmente são utilizados em locais que possuem restrição de espaço. Sua fácil instalação e remoção tornam esse tipo de equipamento bastante portátil, sendo muitas vezes alugado por empresas para a realização de trabalhos esporádicos como drenagem de valas, alagamentos, esgotos, etc.
Diferentemente dos demais modelos, as bombas submersíveis geralmente são fabricadas com rotores semi-abertos, que possibilitam o bombeamento de água com detritos. Esse diferencial é importante porque geralmente não é possível ter certeza do material que será encontrado junto ao local a ser bombeado. As mais utilizadas são para bombeamento de águas sujas na construção civil, mineração entre outras e no tratamento de esgotos.
Dentre os modelos de bombas submersíveis, encontramos bombas Multiestágio, Monoestágio ou verticais. Com uma construção robusta, mancais nas duas extremidades do eixo e altura manométricas em 1800 RPM, a bomba multiestágio tem corpos de estágios verticalmente seccionados, vedados entre si por meio de anéis unidos às carcaças de sucção e recalque através de tirantes. É especialmente adequada para o acionamento com motores diesel ou motores elétricos em 4 pólos.
Seu eixo é vedado por meio de gaxetas na execução standard, e opcionalmente por selo mecânico. É dotado de buchas protetoras na região do engaxamento e possui luvas distanciadoras. O Rotor é fechado, radial e de fluxo único, possui equilíbrio de empuxo axial através de furos de alívio no lado dianteiro e traseiro.
Os anéis de desgaste são montados nos lados dianteiro e traseiro do Rotor, alojados nos corpos de sucção, recalque, estágios e difusores. Seus Mancais são lubrificados a graxa e situados nas duas extremidades da bomba, com rolamentos de rolo cilíndrico no lado do acionamento e de esfera de duplo contato angular no lado do recalque.
São bombas dotadas de dois ou mais rotores internos, localizados um deles no corpo e os demais em seu devido estágio, sendo que, cada estágio comporta um único rotor. Para saber o número de rotores e estágios desse modelo, precisamos contar quantos estágios a bomba possui. Uma bomba com quatro estágios possui em sua composição, cinco rotores, um no corpo e mais quatro nos estágios.
Esse modelo além de atingir uma grande vazão, também consegue alcançar altos índices de altura manométrica. Seus bocais de sucção e recalque podem ser produzidos para conexões em rosca (BSP) ou flange.
As Bombas Monoestágio ou verticais são dotadas de apenas um rotor interno, onde a principal função é valorizar a vazão que essas bombas podem atingir. São os modelos mais comuns de bombas comercializadas. Dentre os modelos que se destacam nessa série estão as bombas de combate a incêndio e abastecimento predial. Seus bocais de sucção e recalque podem ser produzidos para conexões em rosca (BSP) ou flange (acompanham contra-flange).

Encontramos também no mercado as bombas helicoidais auto escorvante. Normalmente em ferro fundido e aço inoxidável são materiais resistentes à ação da erosão e químicos. É instalada acima do espelho líquido, ou a possibilidade de instalação semi-submersível. "Em relação à bomba submersa a vantagem é que o acionamento, o motor elétrico fica acima do nível do extravasor no caso de instalação em elevatórias de esgoto, ou seja, acima da lamina de fluido", explica Petra Lütke, supervisora de marketing da Netzsch do Brasil.
Para levar o esgoto bruto das estações elevatórias até a próxima estação ou até a estação de tratamento de efluente utiliza-se a bomba Nemo. Petra explica ainda que devido sua posição horizontal a bomba Nemo pode bombear o esgoto para longa distâncias e altas vazões com uma execução seca. O baixo número de horas de manutenção requerido, facilidade de medições de pressão e vazão, sobre tudo o alto rendimento energético são as principais características destas aplicações.
As Bombas Auto Escorvantes são bombas que fazem automaticamente o processo de retirada de água da bomba (escorva). Seu funcionamento se dá através de um escorvante interno, que através do vácuo, retira o ar do sistema gerando pressão na entrada da bomba, garantindo assim uma maior durabilidade e tempo de funcionamento.
Esse tipo de bomba elimina a necessidade da válvula de pé na tubulação, mantendo em seu corpo um compartimento que mesmo após o uso permanece cheio de água. Quando retomado o funcionamento da bomba, o rotor impulsiona o líquido retido neste compartimento, fazendo assim a aspiração do líquido pela tubulação. São divididas em modelos de alta e baixa rotação, que são determinados de acordo com a distância e velocidade com a qual o líquido deverá ser bombeado.
As bombas centrífugas são aquelas que se utilizam de uma fonte de energia, seja ela produzida por um motor elétrico ou de combustão, transmitindo ao líquido, através da força centrífuga, parte dessa energia em pressão e/ou velocidade. Durante sua atividade, o líquido bombeado entra pela parte frontal do equipamento, ganha velocidade ao passar pelo seu rotor, que em alguns casos podem ser mais de um, e sai radialmente em relação ao eixo.
As bombas injetoras são bombas centrífugas geralmente utilizadas em poços e cisternas. Apresentam eixo horizontal e um dispositivo chamado de injetor. Esse dispositivo, instalado nas tubulações de retorno e sucção submersas no poço, aplica uma força de pressão na tubulação, ocorrendo o efeito de sucção, ou seja, puxa a água de seu local de origem até a bomba, vencendo a força de pressão que age contra a bomba (NPSH).
Para garantir a segurança e a durabilidade, este modelo é dotado de um protetor térmico que evita o aquecimento da bomba durante o funcionamento. São subdividas em Monoestágio e Multiestágio que afetam diretamente no rendimento do produto no que diz respeito à pressão, vazão, altura manométrica e consumo de energia.
Uma novidade no mercado e grande destaque da empresa Grundfos é o Rotor S-tube para bombas submersíveis. Recém-lançado no mercado internacional, o produto assegura um bombeamento eficiente e com grande passagem de sólidos, além de equipar as bombas submersíveis das linhas S e SL.
Domingos Alves, gerente nacional de vendas da Grundfos explica que o equipamento é fechado e de canal único. O rotor S-tube é indicado para o bombeamento de efluentes e resíduos, sendo que graças ao novo design de rotor e da voluta, a operação é feita suavemente desde a sucção ao recalque, sem obstruções de sólidos em suspensão.
"Dentre os diferenciais, o rotor S-tube apresenta um dos melhores índices de eficiência hidráulica do mercado alcançando até 84%, sem comprometer a passagem livre de sólidos com diâmetros de até 160 mm. Isto significa maior capacidade de bombeamento sem bloqueios", explica.
Domingos Alves, ressalta ainda que, no bombeamento de águas residuais o novo rotor S-tube proporciona aumento da eficiência, redução de gastos com perdas no processo, diminuição do consumo de energia elétrica, bem como dos níveis de ruído e da vibração, além da ausência de entupimentos. "São atributos que evitam a necessidade de intervenções na bomba", acrescenta o executivo. Com projeto simples e robusto, o resultando é uma vida útil do produto com menores custos de manutenção.
As novidades do setor estão deixando o comércio cada vez mais competitivo e crescente. Diversas empresas estão aumentando, criando novas linhas e equipamentos de bombeamento para atender a procura e evolução do mercado.