Estações Compactas De Tratamento De Efluentes Ganham Espaço No Mercado

Escassez hídrica e exigências dos órgãos ambientais impulsionam o crescimento do setor


Se para alguns setores da indústria as crises econômica e hídrica representam um grande risco, para o mercado das estações compactas de tratamento de efluentes elas apresentam uma importante oportunidade. Isso porque, com a escassez da água e o aumento das exigências dos órgãos ambientais tem crescido a procura pelo recurso, principalmente por indústrias, condomínios residenciais, shoppings, entre outros.
Além disso, o Brasil vivencia um momento no qual os investimentos na área de saneamento ainda são insuficientes para atender a toda população - desde as soluções mais básicas até, em etapa posterior, alternativas mais sustentáveis, como o reúso de água tratada. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2015, produzidos pelo Ministério das Cidades e compilados pela consultoria GO Associados, somente 50,3% da população têm acesso à coleta de esgoto; e apenas 42,7% possui esgoto tratado. Portanto, se houvesse ampliação do saneamento, seriam reduzidos os custos com saúde pública, os gastos com tratamento de água e esgoto, os índices de poluição ambiental e ainda elevaria a produtividade dos trabalhadores. "Há um grande potencial neste setor para empresas que oferecem soluções confiáveis e adequadas a cada projeto. A Mizumo atende tanto a iniciativa pública como privada - beneficiando grandes ou pequenas comunidades, rurais ou urbanas", afirma Hélcio da Silveira, diretor da unidade de negócios Mizumo.
Devido à ausência de rede de esgoto e as exigências cada vez maiores dos órgãos ambientais, as estações compactas de tratamento de água, efluente sanitário e industrial, vem ocupando uma posição importante nesse mercado. "As estações compactas de tratamento de água e efluentes são sistemas de simples operação, ocupam pouco espaço, possuem custo reduzido e prazo curto de fabricação e instalação. Hoje esses sistemas vêm sendo implantados em condomínios residenciais, prédios comerciais, hotéis, shopping, canteiros de obra, conjuntos habitacionais e etc.", explica o engenheiro Cesar Quintino, gerente comercial da ETA Engenharia. "O mercado é bem promissor tendo em vista que as redes públicas não tem como chegar a todos os pontos que precisam de tratamento e a própria limitação de atendimento das concessionários em locais distantes dos centros urbanos", complementa a engenheira Sibylle Muller, sócia gerente da Acquabrasilis.

 

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Os baixos custos de investimento e a possibilidade de aumentar a capacidade da estação de tratamento conforme a demanda são outros aspectos que têm impulsionado o crescimento do setor e as perspectivas para esse ano são ainda melhores. "A demanda vem superando as expectativas. Em 2017, esperamos manter a média de crescimento de faturamento registrada nos últimos anos, uma vez que novos contratos estão em andamento e outros devem se concretizar em breve", comemora Hélcio.

Compactas x convencionais
Assim como as estações de tratamento de água e efluentes convencionais, as estações compactas são equipamentos adequados para produzir água de qualidade para a população. O grande diferencial entre as estações compactas e as comuns está na capacidade dos sistemas. "Tratando-se de sistemas bem menores, podem ser facilmente adequados em condomínios residenciais, industrias, e outros. A água desse equipamento poderá ser utilizada também para higienizar-se, consumir, pois é potável", comenta o engenheiro Fernando Miranda, gerente técnico da ETA Engenharia.

 

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Além de poder se adequar facilmente as necessidades do empreendimento, as estações compactas ainda contam com diversas vantagens em relação às convencionais como: menor investimento em redes; menor tempo de implantação, fato esse que, em muitos empreendimentos, é fundamental; transferência da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) sem a perda do investimento - por exemplo, ETEs para canteiro de obras; e, por fim, o aumento da ETE de acordo com a demanda real de crescimento. "Nos projetos de estações maiores é contemplada a população de final de plano, que, na maioria das vezes, é uma projeção que pode ou não se concretizar. Com isso, todo investimento é feito no início do projeto, ou seja, na execução da obra; já em estações compactas o investimento pode ser feito de acordo com o crescimento real da demanda, ou seja, conforme a demanda aumenta são adquiridos novos módulos da estação", explica Hélcio.
É importante ressaltar que tanto as estações compactas quanto as tradicionais exigem manutenção, sendo que o grau de manutenção dependerá da concepção das mesmas. "Portanto, podemos ter estações compactas com um baixo grau de manutenção quando comparada a uma tradicional, ou uma ETE compacta com um alto grau de manutenção quando comparada a uma tradicional. Com isso, não é possível afirmar que uma estação compacta exige mais manutenção que a tradicional e sim que a concepção do projeto de uma ETE tradicional ou compacta é quem vai determinar o nível de manutenção das mesmas", indica o diretor da Unidade de Negócios Mizumo.

 

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Estações compactas
O mercado está preparado para atender os projetos de estações compactas de tratamento de águas e efluentes. As empresas disponibilizam diferentes especificações de equipamentos, que são definidos em função da capacidade de atendimento. A maior parte dos sistemas compactos comercializados atualmente são sistemas combinados (Anaeróbio+Aeróbio). "Basicamente, a tecnologia dos sistemas da Mizumo é composta por um pré-tratamento, que tem como função reter materiais indesejáveis ao tratamento de esgoto, sendo composto por gradeamento, caixa de areia (quando necessário) e caixa de gordura. A Mizumo possui sistemas verticais e horizontais que tratam o efluente por meio de etapas anaeróbias e aeróbias - responsáveis pela retirada de matéria orgânica e outros poluentes como, por exemplo, nitrogênio amoniacal e sólidos. A fase final do processo é a desinfecção, que tem o intuito de eliminar microrganismos patógenos que são causadores de várias doenças", conta Hélcio.
Existem também sistemas com membranas, este tipo de sistema dispensa a fase anaeróbia e de filtração. "Nele, existe somente um compartimento com bactérias aeróbicas (reator biológico aeróbico) e um skid de membranas. O skid de membranas fica imóvel e faz a separação física da parte sólida e da líquida. A parte sólida (lodo) é depositada em um tanque séptico. O sistema com esse tipo de tecnologia tem desvantagens em relação aos custos operacionais, pois requer maior consumo de energia. No entanto, para reúso de água, esta é a melhor opção", explica César.
Atualmente, o mercado conta com inúmeros materiais dos quais as estações compactas de tratamento de água e efluentes podem ser fabricadas, dentre eles o próprio concreto (aduelas de concreto pré-fabricadas), aço (aço inox, aço galvanizado vitrificado, etc.), plástico (polipropileno, polietileno, etc.) e o plástico reforçado com fibra de vidro. "Os materiais mais comuns utilizados na fabricação de ETEs compactas são o plástico e o plástico reforçado com fibra de vidro. Esses dois materiais, além de produzirem tanques (reatores) totalmente estanques, permitem a confecção de uma gama grande de modelos (formas) de fabricação, formas que muitas vezes não podem ser produzidas utilizando o aço ou concreto", diz Hélcio.

 


Vantagens e desvantagens

Confira as vantagens e desvantagens das estações compactas de tratamento de água de efluente:
Vantagens
- Sistemas de simples operação;
- Ocupam pouco espaço;
- Custo reduzido;
- Prazos curtos de fabricação e instalação;
- Sistemas modulares (podendo aumentar a capacidade incluindo-se módulos).
Desvantagens
- Capacidades menores;
- Não absorve oscilações de carga e vazões acima do projetado.

 

 

Legislação
Todas as estações de tratamento, sejam elas convencionais ou compactas, têm que produzir um efluente que atenda a legislação do local de sua instalação, seja ela uma resolução federal do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente ou legislações estaduais e municipais, e em alguns casos legislações específicas.
Basicamente, os projetos para as estações compactas de tratamento de água e efluentes sanitários são de acordo com a NBR 12216, que se refere a projetos de estação de tratamento de água para abastecimento público e a NBR 12209, destinada aos projetos de Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário.

 

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Mercado
Há décadas no mercado, as empresas do segmento estão preparadas para atender as atuais demandas do setor, oferecendo expertise e as melhores soluções para os projetos de estações compactas de tratamento de água e efluentes.
A ETA Engenharia atua há 48 anos projetando e executando sistemas completos destinados ao tratamento de água, efluentes e reúso de água. Com o objetivo de oferecer sempre o melhor ao mercado, a ETA Engenharia investe constantemente em pesquisas e novas tecnologias para atender às necessidades de cada cliente através de projetos customizados, contribuindo para a preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e seguindo sempre todas as normas necessárias tanto nacionais como internacionais. "Nossos processos e produtos de alta qualidade oferecem o melhor custo x beneficio, manutenção reduzida, um suporte pós-venda, além do menor custo operacional e da garantia que varia de 18 a 24 meses. Segurança, ética, responsabilidade social, confiança e desejo de avançar em conjunto, estes foram os valores que ETA Engenharia de Tratamentos de Águas, colocou como fundamentais no negócio que começou em 1972. A ETA conta com uma linha de produtos que atendem uma larga faixa de capacidade, que vão de 5 m³/h a 1300 m³/h", ressalta César.
Entre os equipamentos disponibilizados pela ETA Engenharia estão: Estação Compacta Modulada a gravidade, ETE Compacta com sistema combinado (Anaeróbio/Aeróbio), Estação Compacta Modular pressurizada, ETE Compacta Bioreator (MBBR), Sistema de Ultrafiltração, ETEC – Estação de Tratamento de Efluentes Compacta, ETE Lodos Ativados Convencional, entre outros.

 

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Para integrar as especificidades do empreendimento com as expectativas atuais e futuras dos clientes, a Mizumo mantém uma estrutura de engenharia inteligente e diferenciada e implantou o Sistema Integrado Mizumo (S.I.M.), no qual os clientes contam com a completa gestão do projeto da ETE, abrangendo toda a complexidade que o envolve - da concepção e dimensionamento à execução da solução dedicada e exclusiva, inclusive com a possibilidade de reúso do efluente tratado. "Para seus projetos, a Mizumo possui um portfólio de soluções padronizadas, que são customizadas conforme a necessidade do cliente, com diferentes configurações, dimensões e capacidades de tratamento. Nele, estão incluídas as ETEs Mizumo MF, Mizumo Business, Mizumo Plus, Mizumo Tower, Mizumo Customer e, quando há necessidade, são especificados equipamentos periféricos para complemento do sistema, tais como Gradeamento, Sistema de desinfecção (Cloro), Caixa de Gordura, entre outros. A empresa dispõe ainda da Área de Serviços, um setor totalmente dedicado em efetuar a manutenção e adequações de suas soluções, para garantir o bom funcionamento, a eficiência e a maior durabilidade dos sistemas instalados, bem como o atendimento às exigências legais dos órgãos ambientais", garante Hélcio.

 

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O sistema compacto da Mizumo tem custos menores de implantação e menor quantidade de manutenções. "Porém, é importante ressaltar que, o interessado em comprar um sistema de tratamento de esgoto não deve se basear somente no preço. A Mizumo, como empresa referência em soluções para tratamento de esgoto sanitário, busca ofertar a melhor relação custo-benefício do mercado e se propõe a fazer um trabalho de consultor para o cliente, pois percebe que, muitas vezes, ele não conhece a solução a ser implantada. Dessa forma, sua atuação vai além de vender um produto: a equipe de atendimento é preparada para certificar-se de pontos extremamente importantes para a boa especificação da ETE para o cliente", destaca Hélcio.

 

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A Acquabrasilis é outra empresa do segmento que conta com soluções compactas para o tratamento de águas e efluentes. A empresa disponibiliza ETEs (estações de tratamento de efluentes domésticos), ETACs (estações de tratamento de águas cinzas) e ETAs (estações de tratamento de água) compactas, dimensionadas conforme vazões e a qualidade de entrada da água disponível e da qualidade requerida para a água na saída, para consumo. "A Acquabrasilis oferece um sistema de tratamento de efluentes com biorotores, com tecnologia baseada na formação do biofilme, com atuação dos microrganismos existentes no próprio esgoto. Seu diferencial é atender a vazões variáveis, mantendo um alto desempenho de tratamento, seja para esgotos sanitários, seja para águas cinzas, com muito baixo consumo de energia elétrica. Podem ser fornecidas em tanques prontos de fibra de vidro ou serem inseridas em tanques de concreto armado", ressalta Sibylle.

 

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Contato das empresas:
Acquabrasilis: www.acquabrasilis.com.br
ETA Engenharia: www.etaeng.com.br
Mizumo: www.mizumo.com.br

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