Pegada Hídrica: Marca Do Consumo De Água Do Brasileiro É De 154 Litros Por Dia

Cada brasileiro consome, em média, 154 litros de água por dia, segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, 34 litros a mais que os 110 necessários, de acordo com a Organização Mundial da Saúde


Pegada Hídrica: Marca Do Consumo De Água Do Brasileiro É De 154 Litros Por Dia

 

Cada brasileiro consome, em média, 154 litros de água por dia, segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, 34 litros a mais que os 110 necessários, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
O dado foi obtido com a média de consumo visto diretamente na conta de água dos brasileiros. Mas se for levado em consideração o consumo indireto, o número é bem maior. Para ter uma ideia, se uma pessoa consome 250 gramas de carne bovina, "ajudou" a gastar indiretamente cerca de 4 mil litros de água. Este cálculo simples foi resultado de uma série de estudos e pesquisas batizada de "Pegada Hídrica" pela organização internacional Water Footprint, idealizadora do projeto. Quem explica é o analista do programa de Ciências e Iniciativa de Águas da ONG WWF, Bernardo Caldas Oliveira, em reportagem divulgada pela EBC em parceria com a Agência Nacional de Águas no 8º Fórum Mundial da Água, ocorrido no mês de março.
"É uma metodologia desenvolvida por diversas instituições e ela dá um pulo para uma avaliação do nosso consumo indireto, ou seja, a quantidade de água que precisamos pra ter nosso telefone, nosso computador. Ela é uma ferramenta que traz informações sobre nossa demanda, nossa pegada por água."
Os números da pegada hídrica do Brasil impressionam. Temos a sétima economia do mundo, mas a pegada hídrica de cada um de nós passa de 2 milhões de litros de água por ano. Na China, a maior economia do planeta, a pegada hídrica é praticamente a metade: cada pessoa responde por pouco mais de 1 milhão de litros de água por ano.
A organização internacional Water Footprint, que, em tradução livre, significa Pegada Hídrica da Água, calcula que uma xícara de café consome 132 litros de água, desde a produção, até a decomposição na natureza. Uma camisa de algodão representa 2.500 litros de água, e um quilo de azeitonas, mais de três mil litros. Uma calça jeans consome quase 11 mil litros de água, e um carro, mais de 400 mil litros.
Isso não significa que precisamos abrir mão desses produtos, mesmo porque não seria viável. Mas o professor da Universidade de Brasília, Henrique Leite Chaves, aponta que o consumo consciente é o caminho para reduzir a nossa pegada hídrica.
"Um consumo consciente desses produtos pode vir a reduzir o consumo de água, por exemplo, naquele município, naquela bacia, naquele país."
Priscila Freire Rocha é especialista em meio ambiente na Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. De acordo com o monitoramento feito nos últimos 13 anos, a pesquisadora afirma que alguns setores conseguiram reduzir consideravelmente o consumo de água, a partir de técnicas que reaproveitam os recursos hídricos. Ela destaca a indústria de transformação, que usa matérias-primas naturais para produzir utensílios usados no dia a dia.
"A indústria de transformação tem demonstrado fortemente esse trabalho no reúso interno e mesmo no melhor tratamento da água para ter efluente zero. Ele capta a água, capta já uma quantidade menor. Ela utiliza a água da chuva, utiliza o resíduo líquido gerado na indústria, de forma que nem efluente ela gera."
Priscila Rocha acrescenta que desperdiçar água é uma prática do passado.
"O acesso às melhores tecnologias tem sido um norteador e um fator primordial para que a gente consiga ter um processo mais eficiente. Além disso, a consideração da água como algo estratégico, isso fez diferença ao longo dos anos. É o futuro."
A preocupação da sociedade e do setor produtivo em reduzir a pegada hídrica não é à toa. De acordo com a organização não governamental (ONG) Water Footprint, todos os anos, quatro em cada dez pessoas no mundo passam pelo menos um mês sem água.

Mais sobre a "Pegada Hídrica"
A pegada hídrica é definida como o volume de água total usada durante a produção e consumo de bens e serviços, bem como o consumo direto e indireto no processo de produção. O uso de água ocorre, em sua maioria, na produção agrícola, destacando também um número significativo de volume de água consumida e poluída, derivada dos setores industriais e domésticos. Portanto, determinar a Pegada Hídrica é tornar possível a quantificação do consumo de água total ao longo de sua cadeia produtiva.
No início de 1990, o conceito de Pegada Ecológica foi introduzido por William Rees e Matthis Wackemagel como uma medida da apropriação humana das áreas biologicamente produtivas. Cerca de doze anos depois, foi lançado em Delf, na Holanda, um conceito similar denominado de Pegada Hídrica (PH) para medir a apropriação humana da água doce no globo na reunião de peritos sobre comércio internacional de água virtual. Embora ambos os conceitos tenham raízes e métodos de medição diferentes, em alguns aspectos os dois conceitos têm em comum o fato de traduzirem o uso de recursos naturais pela humanidade.
"O interesse na pegada de água está enraizado no reconhecimento de que os impactos humanos nos sistemas de água doce podem, em última instância, estar ligados ao consumo humano e que questões como a escassez de água e a poluição podem ser melhor compreendidas e abordadas considerando as cadeias de produção e de abastecimento como um todo", afirma no site da organização, o professor Arjen Y. Hoekstra, criador do conceito de pegada de água. E continua.
"Os problemas de água são muitas vezes intimamente ligados à estrutura da economia global. Muitos países têm significativamente externalizado a sua pegada de água, importando bens de uso intensivo de água de outros lugares. Isso pressiona os recursos hídricos nas regiões exportadoras, onde muitas vezes não existem mecanismos de governança e conservação de águas sábias. Não só os governos, mas também os consumidores, as empresas e as comunidades da sociedade civil podem desempenhar um papel na busca de uma melhor gestão dos recursos hídricos".

 

 

Fatos e números
A produção de um quilo de carne bovina exige 15 mil litros de água (93% verde, azul 4%, 3% cinza da pegada hídrica). Há uma variação enorme em torno dessa média global. A pegada para um corte de carne depende de fatores, tais como o tipo de sistema de produção e da composição e origem da alimentação do gado.
A Pegada Hídrica de um hambúrguer de soja de 150 gramas produzido na Holanda é cerca de 160 litros. Um hambúrguer de carne do mesmo país necessita cerca de 1000 litros.
A Pegada Hídrica do consumo chinês é cerca de 1070 metros cúbicos per capita, por ano. O Brasil, com uma pegada de 2027 metros cúbicos per capita, por ano, tem cerca de 9% da sua Pegada Hídrica total fora das fronteiras do país.
Portugal, com uma pegada de 2505 metros cúbicos per capita, por ano, tem cerca de 60% da sua Pegada Hídrica total fora das fronteiras do país.
A Pegada Hídrica dos cidadãos dos EUA é 2840 metros cúbicos per capita, por ano. Cerca de 20% dessa Pegada Hídrica é externa. A pegada maior de água externa do consumo nos EUA encontra-se na bacia do rio Yangtze, na China.
A Pegada Hídrica global no período 1996-2005 foi de 9087 Gm³/ano (74% verde, azul 11%, e cinza 15%). A produção agrícola contribui 92% para esta pegada total.
Escassez de água afeta mais de 2,7 bilhões de pessoas para pelo menos um mês a cada ano.

 

 

 

Tipos de Pegada Hídrica
Em suas pesquisas, a organização dividiu a Pegada Hídrica em três tipos: verde, azul e cinza.
A pegada de água verde é a água da precipitação que é armazenada na zona da raiz do solo e evaporada, transpirada ou incorporada pelas plantas. É particularmente relevante para produtos agrícolas, hortícolas e florestais. Para reduzir a pegada hídrica verde é possível aumentar a produtividade das culturas por meio do aperfeiçoamento das práticas agrícolas.
A pegada de água azul é a água proveniente de recursos de superfície ou de águas subterrâneas e é evaporada, incorporada em um produto ou retirada de um corpo de água e devolvida a outra, ou retornada em um momento diferente. A agricultura de irrigação, a indústria e o uso doméstico de água podem ter uma pegada de água azul. Nas unidades de produção animal esse consumo pode se dar pela irrigação, nos serviços de limpeza e no consumo direto do animal.
A pegada de água cinza é a quantidade de água fresca necessária para assimilar os poluentes para atender aos padrões específicos de qualidade da água. Esta pegada considera a poluição de fonte pontual descarregada para um recurso de água doce diretamente através de um tubo ou indiretamente através de escoamento ou lixiviação do solo, superfícies impermeáveis ??ou outras fontes cinza. A correta utilização de insumos como fertilizantes e agroquímicos reduzirá a pegada hídrica cinza.
A organização ainda criou o conceito de água virtual. Segundo ela, os estudos começaram a crescer devido aos estados quantitativos publicados por vários pesquisadores (Hoekstra & Hung, 2005; Hoekstra, 2011). Para Hoekstra & Chapagin (2008), a definição mais precisa sobre água virtual consiste na mensuração da água contida num produto, ou seja, numa mercadoria, bem ou serviço, em relação ao volume de água doce utilizada nas diversas fases de sua cadeia produtiva. O termo água virtual refere-se ao fato de que a maioria da água utilizada na produção de um produto não está contida nele, sendo insignificante comparado ao conteúdo virtual da água. Logo, o comercio virtual de água ocorre quando vários produtos são comercializados a partir de um lugar para outro.
Além de cada cidadão poder fazer escolhas mais conscientes, baseadas na Pegada Hídrica dos produtos, o setor agrícola, a pecuária, empresas e governos também podem utilizar o recurso para diminuir o uso da água em seus processos. Um exemplo foi divulgado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) recentemente, que mostra a possibilidade de diminuir a pegada hídrica da produção de leite mudando a dieta dos bovinos. Segundo o estudo, em um rebanho médio de 100 vacas leiteiras, economia pode chegar a 91.500 litros de água nos dez meses da lactação.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores avaliaram, durante um ano, dois grupos de vacas em lactação com dietas contendo teores de proteína diferentes. O Grupo 1 recebeu concentrado com 20% de proteína bruta no período da lactação, enquanto o Grupo 2 teve o teor proteico do concentrado ajustado de acordo com as exigências nutricionais e a produção de leite.
O objetivo foi conhecer o impacto da intervenção nutricional no valor da pegada hídrica do leite e na ingestão de água pelos animais. A variação no concentrado oferecido ao Grupo 2 possibilitou a redução dos consumos das águas verde - calculada a partir da evapotranspiração das culturas vegetais, azul - refere-se ao consumo de fontes superficiais e subterrâneas e cinza - volume de água necessário para assimilar a carga de poluentes que atingem os corpos d’água de forma pontual ou difusa e da pegada hídrica do leite. No total, o consumo diário de água foi de três litros a menos por animal.
Segundo o pesquisador Julio Palhares, da Embrapa Pecuária Sudeste, pensando em um rebanho médio de gado leiteiro de 100 vacas, considerando que o período de lactação é em torno de dez meses (305 dias), a economia seria de 91.500 litros de água.
Para a zootecnista Táisla Novelli, também responsável pela pesquisa, essa redução de consumo deve ser vista não só do ponto de vista econômico, mas ambiental. "A água não consumida fica disponível para outras atividades", acrescenta. De acordo com ela, essa nutrição mais precisa é uma ferramenta extra para o produtor ter a mão, que pode ser convertida em maior produção e benefícios ambientais.
A pesquisa: para determinação do consumo de água no sistema de produção foram selecionados dois grupos experimentais, cada um contendo sete vacas em lactação. O experimento foi realizado durante 12 meses no Sistema de Produção de Leite (SPL) da Embrapa Pecuária Sudeste, com 14 vacas das raças holandesas e jersolanda.
As dietas fornecidas a cada grupo continham os mesmos ingredientes, mas com percentuais proteicos diferentes na composição do concentrado, elaborado com milho, farelo de soja, bicarbonato de sódio e sal mineral.
As vacas se alimentavam de gramíneas tropicais (Tanzânia), silagem de milho e o concentrado contendo níveis de proteína bruta diferenciados. O Grupo 1 recebeu uma dieta contendo 20% de proteína bruta por toda a lactação. O ajuste proteico do concentrado do Grupo 2 ocorreu de acordo com as exigências nutricionais e a produção de leite média no mesmo período.
As avaliações para conhecer o consumo da água verde, azul e cinza e a pegada hídrica do leite foram baseadas no método apresentado no Manual de Avaliação da Pegada Hídrica, proposto pelo professor holandês Arjen Hoekstra. Segundo Novelli, tal metodologia mostrou-se adequada para explicitar a eficiência hídrica do leite, estabelecendo indicadores de uso direto e indireto da água. "A pegada hídrica nada mais é do que o volume de água consumido para produzir o produto", explica.
Para Palhares, conhecer o valor da pegada pode colaborar para evitar o desperdício e melhorar a gestão da água nas propriedades e nas cadeias de produção. Além disso, contribui para validar e recomendar práticas e tecnologias mais eficientes no uso da água, como o ajuste nutricional, por exemplo.
Resultados - As sete vacas do Grupo 2, que tiveram a dieta manipulada de acordo com a necessidade, mostraram melhor eficiência no uso da água. A pegada hídrica do leite do Grupo 2 foi menor, 453 litros por quilo de leite, enquanto a do Grupo 1 foi de 504 litros por quilo de leite.
Entre as três águas, a verde, utilizada na produção de alimentos para os animais, foi a que apresentou maior consumo nos dois grupos. Isso confirma a importância da eficiência hídrica na agricultura. A pegada hídrica verde do Grupo 1 foi de 434 litros por quilo de leite e do Grupo 2, 386. Por animal, 62 litros por quilo de leite do Grupo 1, e 55, do Grupo 2. Considerando essa diferença para o rebanho de 14 vacas em lactação da pesquisa, a intervenção nutricional representaria uma economia de 29.890 litros de água verde por lactação.
No caso da água azul, a irrigação das pastagens representou o maior consumo. Técnicas mais eficientes e que proporcionem menor perda por evaporação podem contribuir na redução da pegada hídrica azul. O correto manejo nutricional também é uma opção para diminuir a utilização dessas fontes. A redução do teor de proteína na dieta, além de possibilitar melhor conversão alimentar dos nutrientes, diminui a ingestão direta de água pelas vacas, de acordo com os dados da pesquisa.
O consumo de nitrogênio em excesso na dieta aumenta a ingestão de água devido a uma resposta fisiológica do animal para diluir e eliminar esse excedente. Além disso, há o risco ambiental. O nitrogênio contido nas fezes e urina apresenta potencial de volatilização e consequente impacto na qualidade do ar, podendo ainda contaminar as águas superficiais e subterrâneas e o solo. "A nutrição de precisão é uma ferramenta que temos à disposição para reduzir o uso de recursos naturais e insumos pela produção animal", acredita Táisla Novelli.
Outro resultado importante da pesquisa está relacionado à produção de leite. A produtividade do Grupo 2 não foi afetada, mesmo quando houve redução do teor de proteína. "Isso significa que o Grupo 2 produziu maior quantidade de leite, com menos litros de água e com menor quantidade de concentrado. O resultado é a redução do valor da pegada hídrica, essencial para uma produção animal mais sustentável, e dos custos com aquisição de concentrado", explica Palhares.
Em relação à água cinza, o Grupo 2 igualmente apresentou melhor resposta. Os animais geraram menor carga de poluente, consequentemente foi necessário menor quantidade de água para alcançar os parâmetros ambientais recomendados, ou seja, menor consumo de água cinza.

Padrão Global de Pegada Hídrica
Fundada em uma década de pesquisa e aplicação, o Global Water Peppprint Assessment Standard estabelece a metodologia internacionalmente aceita para a realização de uma avaliação da pegada da água. O padrão foi aplicado e testado em todo o mundo em vários setores e fornece um conjunto de métodos para a avaliação da pegada da água. No livro, é possível entender como as pegadas de água podem ser calculadas para processos e produtos individuais, bem como para consumidores, nações e empresas, além de conter exemplos detalhados de como calcular as pegadas de água verde, azul e cinza. Ainda descreve como avaliar a sustentabilidade da pegada de água agregada dentro de uma bacia hidrográfica ou a pegada de água de um produto específico.
Segundo seus idealizadores, a metodologia permite calcular a pegada de água verde, azul e cinza para entender a alocação geográfica e temporal de recursos hídricos para indústria, agricultura e abastecimento doméstico de água, realizar uma avaliação da sustentabilidade da pegada de água, que inclui critérios para a compreensão da sustentabilidade ambiental, eficiência de recursos e equidade social do uso da água, tanto para o consumo como para a poluição e ainda como usar os resultados da avaliação da contabilidade e da sustentabilidade da pegada da água para identificar e priorizar as ações mais estratégicas a serem tomadas em escalas locais, regionais, nacionais e globais, individual e coletivamente.
O Padrão Global de Avaliação da Pegada de Água pode ser encontrado no Manual de Avaliação da Pegada da Água: Definindo o Padrão Global, publicado em 2011. (Disponível em inglês).

Olho no passado, passo ao futuro
Uma primeira versão do Global Water Peppprint Assessment Standard foi concluída em 2009 com base em extensas pesquisas e aplicações práticas. Após consultas com profissionais e pesquisadores e revisados ??pelo Comitê de Revisão Científica, a versão atual do padrão foi publicada em 2011. À época, em colaboração com a Water Footprint Network, vários parceiros iniciaram projetos-piloto que visaram explorar as implicações práticas de usar Water Footprint Assessment na formulação de uma estratégia de água corporativa ou política da água em uma configuração geográfica específica. Com base nos comentários recebidos - novas publicações científicas, experiências de projetos práticos de pegada de água e relatórios de grupos de trabalho - a Water Footprint Network preparou um rascunho do padrão revisado. O Comitê de revisão científica por pares revisou o rascunho e formulou recomendações específicas. O padrão atual baseia-se na incorporação dessas recomendações.
Segundo os pesquisadores da organização, a pesquisa nesta área está se desenvolvendo rapidamente em todo o mundo e uma base alargada de aplicações da Avaliação da Pegada da Água está sendo iniciada em todos os setores da economia, em muitos países do mundo.
O grupo, em constante pesquisa, pretende desenvolver ainda mais a metodologia de avaliação da pegada de água, de modo que sirva melhor as diversas finalidades que os diferentes setores da sociedade exigem, ao mesmo tempo, buscando consistência, consistência e rigor científico.

Para saber mais
Jacobi, P.R. e Empinotti, V. (2013) Pegada hídrica: inovação, co-responsabilização e os desafios de sua aplicação, Anna Blume Editora, São Paulo, Brasil.
Hoekstra, A.Y., Chapagain, A.K., Aldaya, M.M. e Mekonnen, M.M. (2011) Manual de Avaliação da Pegada Hídrica Globalização da Água, Earthscan, Londres, Reino Unido.

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