Novas Tecnologias Marcam A 30ª Edição Da Fenasan

Novas Tecnologias Marcam A 30ª Edição Da Fenasan


A Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente - Fenasan - de 2019 ocorreu nos dias 17, 18 e 19 de setembro no Pavilhão Branco da Expo Center Norte, em São Paulo. Promovido pela Associação dos Engenheiros da Sabesp (AESabesp), a feira é acompanhada pelo 30º Congresso Técnico AESabesp. Entre visitantes e congressistas, a Fenasan recebe em cada edição cerca de 22.000 pessoas, com público formado por executivos, técnicos, empresários, pesquisadores e outros.
Em comemoração aos 30 anos do Encontro Técnico/Fenasan, a AESabesp entregou placas comemorativas às mais de 200 empresas presentes na edição, como homenagem pela parceria de todos estes anos.
A equipe da Revista TAE esteve presente acompanhando as novidades e inovações para o segmento de tratamento de água e efluentes.

Suez
Outra empresa a trazer inovações para a Fenasan foi a Suez. De origem francesa, está no Brasil há mais de 80 anos. A construção da estação de tratamento de água de Brasília, por exemplo, foi um dos grandes marcos da Suez. Este ano, a grande novidade é o Water Network Services (WNS), um sistema completo que monitora diversas etapas de distribuição de água de modo a evitar perdas globalmente.
"O WNS é um programa inovador que a Suez está trazendo para o Brasil que envolve várias tecnologias para o combate de perdas, tanto para parte de perdas físicas quanto a parte de perdas aparentes. Envolve tecnologias desde o diagnóstico, para entender como é o sistema de abastecimento de água, a modelagem hidráulica e outros. Dentro da modelagem, vemos a gestão de pressão e setorização e, a partir disto, criamos um plano de ação futuro" – explica Michel Mathez, coordenador de novas tecnologias da Suez.
Para alcançar estes resultados, diversas tecnologias são aplicadas ao longo do WNS.
O sistema ePulse, por exemplo, verifica como está a degradação da tubulação por dentro. Ele analisa o diâmetro da tubulação e gera um pulso que possibilita perceber se a tubulação está maior ou menor.
Em seguida, para estudar estas tubulações ao longo de uma rede de abastecimento, o Inflowmatix, que é um sistema que verifica os transientes, faz análises sobre as tubulações.
Os transientes são golpes de aríete e, quando se tem uma bomba que liga e desliga, a tubulação estressa muito. Então, este sistema analisa e informa se há possibilidade de uma ruptura futura ou não. Isso possibilita a criação de um plano de troca preventivo, que é mais barato e gera menos transtornos do que uma troca corretiva.
Além destes dois sistemas, existe também o iDroloc, que é um sistema de gás traçador que serve para encontrar vazamentos. "Nós injetamos uma mistura eficiente de hélio na tubulação e este elemento, por ser muito mais volátil do que os gases normais, tem tendência de sair para a atmosfera. E, quando ele sai, nós passamos um detector que entende que ali há uma saída de gás. Dessa forma, temos a certeza que encontramos um vazamento, que pode ser não visível ou até um vazamento de junção de tubulações, que são inerentes e muito difíceis de encontrar" – completa Mathez.
Para encerrar a parte de perdas físicas, a Suez utiliza o sistema Netscan, que faz um planejamento de renovação de ativos. Este sistema utiliza o banco de dados que a empresa tem sobre as redes de abastecimento, analisa-as e cria um plano de renovação otimizado. Este processo leva em conta a questão financeira para poder deixar da maneira mais otimizada para o futuro e para ter o melhor abastecimento para a região.
Já em relação às perdas aparentes ou perdas comerciais, a Suez inicia o processo através de um recadastro das bases comerciais, que normalmente não são muito atualizadas. A partir do recadastro, o WNS começa a criar análises, tanto do banco de dados como deste novo cadastro. O sistema AquaPred é o responsável por estas análises dos dados que são irregularidades: sub-medição, fraudes e problemas cadastrais. Para analisar o banco de dados e o equipamento, o sistema Sican+ (SicanPlus) é utilizado. Ele verifica o medidor e também faz uma análise de perfil de consumo, verificando qual é o melhor medidor a ser utilizado e qual a melhor aplicação para aquela região e consumidor. Isso traz uma assertividade maior para o uso deste sistema.
O sistema Aquadvanced, por outro lado, reúne todas estas tecnologias, pois é o sistema de gerenciamento, que integra todas essas informações, de maneira eficiente e eficaz, completando o programa WNS.
• Aplicações no mercado
A Suez fornece equipamentos para o setor público e para o industrial. No caso do programa WNS, é possível aplicar tanto em uma região ou bairro pequenos como em uma cidade inteira. Existe esta flexibilidade, que permite a sua aplicação para o micro e para o macro.
O sistema de gerenciamento da Suez funciona com um mapa da área atendida por ele. "Nós utilizamos a base de dados do local, quando já existe. Caso contrário, nós criamos informação para alimentar o programa WNS. Às vezes, como nós sabemos, as informações disponíveis não são fiáveis, então é preciso criar as informações para obter um resultado mais eficiente" – completa o coordenador de novas tecnologias.
A vantagem do programa WNS é que ele funciona em qualquer tipo de cidade e em todo tipo de rede. A Suez está buscando conversar com as estatais e com municípios para apresentar esta solução. Outro detalhe importante é que o WNS não compara regiões diferentes para analisar os avanços. Eles analisam momentos diferentes de um mesmo local para ver qual foi a melhora e o que ainda é preciso alterar. Isso torna o programa mais eficiente.
Os sistemas de contrato para aplicação do programa WNS estão sendo pensados como contratos de performance, em que a Suez só recebe depois que o cliente tiver tido resultado. Mathilda Saada, gerente de comunicação da Suez, comenta que estão implementando este sistema no Brasil há pouco tempo e que estão fazendo alguns pilotos na Sabesp.

 

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FluidFeeder
Em um estande comunitário da ABIMAQ, Associação Brasileira de Máquinas, a FluidFeeder apresentou uma nova tecnologia para tratamento de água e efluentes. "Nós temos uma parceria com uma empresa da Espanha, chamada ITC, que está nos fornecendo tecnologia de bombas dosadoras para dosagem de produtos químicos. O lançamento é uma bomba com a qual você pode se comunicar via Nuvem. Ela possui um aplicativo em que você consegue ligar, operar e desligar a bomba, além de controlar a sua vazão. Quase tudo pode ser feito pelo wifi ou pela Nuvem" – explica Francisco Oliver, diretor comercial da FluidFeeder.
Esta bomba espanhola da ITC está limitada a uma vazão de 1200 litros. Contudo, se for um produto como flúor, por exemplo, em uma vazão menor, ela também se aplica muito bem.
Desde o ano passado, a FluidFeeder também está desenvolvendo uma parte analítica em parceria com uma empresa americana que está fornecendo diversos equipamentos para sensoriamento de gases de todos os tipos. Também há uma linha analítica para líquidos, que faz várias medições na água para verificar variáveis como cloro residual, pH, oxigênio dissolvido e turbidez. Esta análise é fundamental para saber como fazer o tratamento adequado de água.
• Manutenção
As bombas da ITC de modelos mais antigos, mas na mesma concepção, já demonstram a sua resistência. Oliver conta que já venderam um lote de 132 bombas destas há seis anos na COMPESA (Companhia Pernambucana de Saneamento) e que a manutenção foi mínima. Por exemplo, apenas três bombas necessitaram de manutenção até agora.
O diretor comercial da FluidFeeder também explica que o custo operacional, a eficiência e a economia energética são vantagens importantes desta nova bomba. O mercado original dela é a agricultura, que é mais agressivo, fazendo com que fosse necessário ela ser robusta e resistente. Por todas estas características, a bomba está ganhando espaço no saneamento.
Em termos de manutenção, a FluidFeeder oferece diversos tipos de contrato. Alguns clientes possuem contratos de manutenção preventiva, corretiva ou preditiva. Também podem ser contratados para fazer manutenção de equipamentos de terceiros.
O contrato mais importante no momento é com a CESAN (Companhia Espírito Santense de Saneamento), em que há dois técnicos locais que foram treinados pela FluidFeeder, possuem equipamentos de trabalho e uma viatura da empresa para poderem fazer a manutenção de 38 unidades em todo o estado de Espírito Santo.

 

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Atlas Copco
Há mais de 64 anos no Brasil, a Atlas Copco possui tecnologias diversas em suas linhas de produtos para aplicações em alta, média e baixa pressão aplicadas a área de tratamento de água e efluentes. Durante a Fenasan, estiveram expostos sopradores trilobular, soprador de parafuso com motor de ímã permanente e soprador centrífugo (turbo) com motor de ima permanente e mancal magnético.
"Nós temos todas as tecnologias, portanto podemos entregar a melhor solução aos nossos clientes focando em eficiência energética, confiabilidade e poucas intervenções de manutenção. Com isso, conseguimos determinar qual solução se enquadra melhor no processo do cliente, sempre observando a relação custo-benefício, levamos em conta o seu perfil de consumo, bem como a profundidade do taque e o volume de ar necessário" – afirma Mário Tenani, gerente da linha de negócios Oil Free Air da Atlas Copco Brasil.
A máquina nova apresentada este ano foi o soprador parafuso ZS4, criada para atender à solicitação de nossos clientes com relação aos altos custos de aeração no tratamento de efluentes e custos de instalação, onde o sistema de aeração tem forte influência. Pensando nisso, a Atlas Copco desenvolveu o soprador ZS4 nas versões velocidade fixa e variável que, perante a tecnologia tradicional, consegue reduzir ainda mais os custos com aeração, podendo chegar em até 45% de eficiência. Este equipamento foi desenvolvido como um upgrade da tecnologia parafuso já bem consolidada no mercado, que é o soprador ZS fabricado no Brasil e além de sua eficiência, possui o conceito PLUG&PLAY o que gera alta economia na instalação. Outro destaque do equipamento é o seu tamanho e possibilidade de instalação lado a lado, economizando também na construção da sala de sopradores.
As manutenções devem ser feitas a cada dezesseis mil horas. "Claro que todo equipamento pode ter uma intervenção básica com quatro ou oito mil horas para vistoria e checagem, mas a manutenção mais pesada da máquina, que é trocar o óleo, por exemplo, é feita a cada dezesseis mil horas (cerca de dois anos). Esta manutenção não é cara, porque a máquina utiliza pouco óleo e este não tem contato com o ar, portanto não existe a necessidade de reposição" – esclarece Tenani.
O seguinte passo tecnológico para os próximos anos, segundo Tenani, é o soprador turbo com mancal magnético. "Nosso foco principal continua sendo o parafuso devido ao equilibro técnico-econômico devido a fabricação nacional.
Então, hoje temos um produto nacional com prazo de entrega rápido, investimento baixo e retorno garantido. E para a próxima feira, esperamos um fortalecimento do mercado nacional e com isso a introdução de novas tecnologias, como por exemplo os sopradores turbo de mancal magnético" – completa o gerente de negócios.
• Abrangência nacional
A Atlas Copco tem uma grande cobertura de pós vendas em todo território nacional com mão de especializada em todos os estados do Brasil. Por terem uma estrutura descentralizada, a empresa possui técnicos em diversas cidades do país, o que otimiza o tempo de resposta e consequentemente os custo de atendimento.
• Perspectiva de mercado
A Atlas Copco está investindo na iniciativa privada e em concessões. Devido à cobertura de pós-venda e a alta eficiência das máquinas, a empresa é bem vista por estes mercados, pois é um como cliente industrial que se preocupa com o seu ativo.
Já a iniciativa pública está reprimida. "O que eu vejo, pelos olhos da Atlas Copco, é que o mercado está estável este ano, pois a demanda ainda não existe. Devido às necessidades do nosso país, nós esperávamos que o mercado dobrasse até 2021, mas esta já não é mais minha percepção. Não tem investimento público, então nós estamos vislumbrando a iniciativa privada e as concessões" – explica o gerente de negócios.
A Atlas Copco possui uma linha de produtos que é vendida para vários segmentos, o que ajuda a manter a empresa saudável. Segundo Tenani, os nichos mais ativos no mercado atualmente são a mineração, óleo & gás. Isso deve-se ao fato de a Petrobrás estar se reorganizando e o segmento da mineração também, pois estão passando por mudanças em termos de processo devido às tragédias que ocorreram, como Mariana e Brumadinho" .

 

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KSB
Fabricante de bombas centrífugas para o mercado de saneamento, a KSB participa da Fenasan desde a primeira edição. A empresa apresentou na feira deste ano os equipamentos tradicionais que já oferecem para a Sabesp e para saneamento, que engloba de pequenas a grandes bombas.
"São trinta anos que nós estamos juntos com a Sabesp, então procuramos trazer nossa tradição e essa parceria para a feira" – diz Udson Alves Barreto, gerente da área de saneamento da KSB.
Um dos projetos para o qual a empresa forneceu equipamentos foi a transposição do Rio São Francisco, em que foram utilizadas bombas de cinco mil cavalos. Além disso, a KSB está entre os maiores fabricantes de bombas centrífugas do Brasil.
No estande, estavam expostos três tipos de bombas. As submersíveis são para as elevatórias de esgoto de pequeno, médio e grande porte, enquanto que a bomba bipartida é utilizada em elevatórias de água bruta ou tratada. Também era possível ver uma bomba que é originalmente aplicada pela KSB na área de mineração e que, agora, está sendo utilizada no saneamento, principalmente quando o esgoto possui uma grande quantidade de areia.
A vida útil das bombas utilizadas na água é de cerca de 20 anos, enquanto as bombas de esgoto dependem do tipo de operação. Já as bombas submersíveis possuem entre 10 e 15 anos de vida útil.
A manutenção adequada para cada bomba também varia de acordo com o tipo de utilização. Por exemplo, uma bomba para água tratada está no seco e, consequentemente, tem uma manutenção menor do que uma bomba de esgoto que fica mergulhado nos efluentes. Então, cada bomba possui suas especificidades de aplicação e manutenção.

 

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Lanxess
Em seu segundo ano consecutivo na Fenasan, a Lanxess tem como objetivo atrair novos clientes e trazer as marcas de novo à mente das pessoas. Uma de suas marcas mais conhecidas é a Lewatit, já há 80 anos no mercado.
As duas linhas principais da Lanxess são as resinas de troca iônica, da marca Lewatit, e a membrana de osmose reversa, da Lewabrane. Hoje, a empresa está trazendo o Bayoxide, que é um óxido de ferro que absorve alguns elementos como arsênio e fosfato. Em relação ao arsênio, a aplicação no mercado de tratamento de água ocorre principalmente no Chile e na Argentina, onde a água contém muito deste elemento. Já o fosfato pode estar presente em aquários, que devem ser devidamente tratados (sejam aquários residenciais ou grandes estruturas como o do Rio de Janeiro).
Na Fenasan de 2018, foram lançados modelos de membrana: "A B400FRASD e a B400LEASD. Então, os modelos ASD (Alternating Strand Design) são um espaçador desenvolvido pela Lanxess e por um centro de estudos na Alemanha que tem o diferencial de melhorar o fluxo dentro das membranas, por ter fios finos e grossos na malha, o que melhora a perda de carga e a deposição de microrganismos" – explica Ricardo Pinheiro, gerente da divisão de negócios LPT (Liquid Purification Technology).
Em 2019, a novidade trazida para a feira foi o Gigamem. A tecnologia apresentada foi uma ultrafiltração para água da empresa francesa Polymem, cuja representação no Brasil é feita pela própria Lanxess.
O modelo Gigamem é uma novidade interessante no mercado. O conceito deste projeto de ultrafiltração são tanques de fácil manutenção. Após cerca de cinco anos, quando houver a necessidade de se trocar os meios filtrantes, a "carcaça" do equipamento não precisa ser substituída. Este tanque irá permanecer, enquanto apenas os meios filtrantes são trocados. "Essa é uma vantagem imensa em termos de custo operacional para o cliente, porque ele vai ter um custo muito reduzido na troca dos elementos. A concorrência obriga o cliente a trocar todo o vaso. Nós trocamos apenas o elemento filtrante, como se fosse um filtro de cartucho" – complementa Pinheiro.

 

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Deerfos Membranes
A Deerfos Membranes é uma empresa sul-coreana que está se desenvolvendo no segmento de tratamento de água e efluentes. Criada há mais de 60 anos e instalada no Brasil há dez, a empresa, já consolidada no mercado de abrasivos, agora busca conquistar espaço neste novo setor trazendo como diferencial as membranas de ultrafiltração e de MBR.
Com tecnologias sul-coreanas, a MBR é mais utilizada para tratamento de efluentes, água de reúso doméstico e até industrial. A Deerfos Membranes também trabalha com membranas de ultrafiltração em fibra oca e utilizando PVDF.
Prezando pela qualidade e durabilidade, a empresa aplica garantias que demonstram a confiabilidade de seus materiais. Hoje em dia, a tecnologia avançada para membranas permite que elas passem de 10 a 15 anos em funcionamento. "Para prolongar a vida útil dela, nós temos serviços de retrolavagem e tudo depende muito da característica da água ou do efluente e da operação. Sempre que vendemos estes materiais, nós damos suporte. Para dar um exemplo, nós realizamos um startup em um sistema completo de ultrafiltração em Piracicaba e demos garantia de cinco anos em algo que o mercado geralmente daria três", explica Diego Narvaes, gestor de negócios e marketing da Deerfos Membranes.
Todas as membranas da empresa sul-coreana são modulares e flexíveis. As membranas de MBR, por exemplo, vão de cinco a dez metros cúbicos em um único módulo e proporciona diversas configurações para diferentes tipos de vazão e projeto ".

 

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Sulzer
Para a Fenasan 2019, a Sulzer está relançando os Trituradores da Muffin Monsters. Esta tecnologia faz parte da empresa norte-americana JWC, adquirida recentemente pelo Sulzer.
O grande diferencial dos trituradores é que ele melhora o trabalho das bombas, diminuindo a potência consumida, melhora o rendimento e aumenta a vida útil do produto. Isso faz com que o processo de tratamento por inteiro seja otimizado.
"O esgoto brasileiro é particular. Ele tem uma característica única no mundo, porque nós jogamos praticamente tudo nele. Então, quando chegamos em uma estação de tratamento, isso acaba gerando problemas como aumento da necessidade de manutenção da bomba, paralisação de um equipamento e pode até travar algum elemento. Com os trituradores, há uma melhora significativa no processo" – explica Fernando Sant’Ana da Silva, engenheiro de aplicação da Sulzer.
Os trituradores Muffin Monsters são projetados para ter uma vida útil de cinco anos até que seja feita a primeira manutenção. Após este período, a Sulzer retira o equipamento, faz a troca do conjunto do sistema mecânico dos cortadores e volta a colocá-lo em funcionamento.
Antes da Sulzer adquirir os trituradores, eles já estavam tentando se inserir no mercado brasileiro. Contudo, após a aquisição, a América Latina passou a ser o mercado de foco para a venda de trituradores. A penetração que a Sulzer tem no Brasil é maior do que a da empresa norte americana JWC, pois possuem mais conhecimentos sobre o processo brasileiro.
"Nós sempre trazemos para a feira a nossa bomba XFP, de esgoto, que pode ser complementar aos trituradores. São duas soluções distintas, mas que podem ser utilizadas em paralelo para melhorar a performance" – esclarece Natália Siemens, da área de marketing da Sulzer.
Tanto a bomba como os trituradores podem ser usados separadamente, pois são independentes. Inclusive, é possível agregar o triturador em diversas instalações, sejam elas da Sulzer ou de concorrentes.

 

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Tecnipar
A Tecnipar Ambiental é uma empresa especialista em saneamento com foco em tratamento de água e efluentes. A empresa tem 22 anos de mercado e sua sede é no Rio de Janeiro, dentro do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em seu estande na feira, estavam expostos diversos equipamentos, como o ETA Chuva, que é uma estação de tratamento de água que tem grande potencial sustentável. Este produto capta a água da chuva, realiza uma filtração e cloração e deixa esta água usável para lavagem de quintais e rega de jardim, por exemplo - conta Vivian Matos, analista ambiental da Tecnipar. Já o equipamento de osmose reversa é adequado para fazer a dessalinização da água do mar, (retirada dos sais), que após a etapa de remineralização, torna-se potável.
A Tecnipar levou também membranas de ultrafiltração e meio filtrante de zeólita. A membrana de ultrafiltração retira todas as impurezas da água (sólidos suspensos) e ainda retém vírus e bactérias. A zeólita, por outro lado, é adequada para o tratamento de água com ferro e manganês, pois ela retira estes elementos, deixando a água própria para o consumo humano.
A maquete de uma estação de tratamento de efluentes do tipo compacta avançada também foi exposta pela empresa para demonstrar seu o funcionamento. De acordo com Matos, a capacidade da estação é de 2,5L/segundo e sua tecnologia remove, além de carga orgânica (DBO), nutrientes, como fósforo e nitrogênio e é projetada para tratar, com qualidade e segurança, esgotos sanitários de condomínios, estabelecimentos comerciais e industriais, propriedades rurais e comunidades. Outro produto disposto na Fenasan foi o Biodigestor, que pode substituir uma fossa e filtro. "Nós temos dois tamanhos de Biodigestor: um de 600 litros, que atende em média de quatro a seis pessoas, e o de 1300 litros, que pode atender entre oito e treze pessoas. Este produto faz todo o tratamento biológico e normalmente é aplicado em residências, pequenos hotéis e pousadas" – explica Vivian Matos. Também foi apresentado o projeto de banheiro modular pré-fabricado, desenvolvido para levar dignidade e qualidade de vida para a população de localidades com pouca infraestrutura, e que pode ser produzido na versão convencional ou seco, para atender a população do semiárido.
Entre as novidades anunciadas na feira, se destacaram a aliança internacional com a VIGAflow, líder chilena na indústria de tratamento de água com foco em filtração, dessanilização e reúso e a Ata de Registro de Preços de ETE´s (resultado da licitação que a empresa venceu em Maricá)."

 

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Contato das empresas
Atlas Copco:
www.atlascopco.com
Deerfos Membranes: www.deerfos.com.br
Fluidfeeder: www.fluidfeeder.com.br
KSB: www.ksb.com
Lanxess: www.lanxess.com.br
Suez: www.suez.com
Sulzer: www.sulzer.com
Tecnipar: www.tecnipar.com.br

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