Sistema De Drenagem Em Boas Condições Traz Desenvolvimento Para As Cidades

Sistema De Drenagem Em Boas Condições Traz Desenvolvimento Para As Cidades


As empresas buscam trazer avanços em equipamentos e produtos dos sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais para atender as necessidades crescentes. O meio ambiente sofre constantes mudanças e recebem resposta imediata e mais enérgica da natureza. Quando chega o verão, principalmente, as precipitações intensas desencadeiam problemas nos meios urbanos, como deslizamentos de terras, alagamentos e inundações. "Para atender toda essa demanda, a solicitação por sistemas de drenagens existentes aumenta, o que exige replanejamento e ampliação" – afirma a engenheira Paula Tayna de Lima, do departamento técnico da Maccaferri América Latina.

Desafios nas cidades
Nas últimas décadas, muitas cidades sofreram processo de urbanização e ocupação desenfreada. "A impermeabilização do solo é um dos fatores agravantes do aumento de cheias devido à intensificação do escoamento superficial de águas pluviais diretamente para os rios e córregos. Para contribuição, muitas margens, que deveriam ser reservadas para a inundação em eventos mais críticos de precipitação, estão ocupadas por vias ou edificações" – alerta Paula.
O fluxo d’água também vem se alterando de diversos modos. Segundo Paula, de diferentes fontes poluidoras, diretas ou indiretas, o pH está se alterando, saindo da zona da neutralidade. O transporte de sólidos, seja por erosão do solo de trechos de montante da canalização, seja por despejo de outros tipos de materiais de origem antrópica (resultante da ação do homem), também se intensifica à medida que a força do fluxo aumenta.
Hoje, a Engenharia volta seus olhos para as questões ambientais, mais do que no passado. "O grande desafio é estabelecer uma estrutura que suporte as solicitações do fluxo mais agressivo, mas que, ao mesmo tempo, se integre bem com o meio que se aplica" – enfatiza Paula.
Osvaldo Barbosa, engenheiro de dutos terrestres e submarinos da Kanaflex, concorda que, entre os principais desafios nas cidades, está a impermeabilização do solo associada à concentração de ocupação, o que reduz cada vez mais a parcela de infiltração prevista em normas de dimensionamento desses sistemas drenantes e tende a sobrecarregar os sistemas existentes.

 

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Outra questão, segundo ele, é a presença de esgotos e outros tipos de efluentes, quase sempre de ligações clandestinas, com impacto significativo na vida útil dos tubos de tecnologias mais tradicionais. "A implantação de sistemas de drenagem carecia também de aumento de ganhos de produtividade na execução, além do uso de equipamentos menos pesados para sua realização, principalmente no espaço urbano, onde interferências de obras nas vias de tráfego e no dia a dia da cidade devem ser cada vez menores" – avalia Barbosa.
Na opinião de Sérgio Esteves, diretor-geral da ACO Brasil, um dos maiores desafios dos sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais hoje nas cidades é acompanhar e atender às necessidades causadas pelos eventos climáticos extremos. "Os sistemas de drenagem precisam ser especificados de forma correta e suficientes para coletar a água da superfície o mais rápido e não permitir acidentes ou problemas de saúde causados por inundações" – afirma.

 

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O meio natural foi modificado devido à crescente falta de áreas permeáveis nas cidades, áreas industriais e de grandes infraestruturas. "Se os projetos de drenagem não levarem isso em consideração, estaremos impedindo o funcionamento natural do ciclo da água, que pode causar acidentes, alterações dos caudais e demais problemas urbanos" – aponta Esteves.
Esteves cita alguns dados que indicam o que precisa ser feito para atendimento dos novos desafios. A demanda por água deve crescer 55% até 2050, segundo a Unesco. Mais de 90% da população brasileira viverá em áreas urbanas até 2030, de acordo com projeções divulgadas pelo Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento de Recursos Hídricos. "Todos os aspectos dessa evolução orientam para que projetos e obras sejam pensados sob aspectos sustentáveis que atendam a essa necessidade" – enfatiza Esteves.

Consequências nas chuvas
Ao longo de sua vida útil operacional, os sistemas drenantes pluviais em más condições, degradados ou obstruídos trazem consequências indesejadas na época de chuvas, como:
• Alagamentos/demora no escoamento pós-chuva;
• Constituem risco ambiental por vazamentos em falhas nas juntas ou estrutura dos tubos/manilhas, como corrosão em tubos metálicos ou desgaste de ferragens/trincas;
• Rompimento de paredes em tubos de concreto.
Outro fator indesejado é o risco de retroerosão provocada por redes de drenagem. "Quando falhas nas junções permitem a entrada de água com carreamento de material sólido – solo local – pela rede de drenagem" – aponta Barbosa, da Kanaflex.
De acordo com a engenheira da Maccaferri, existem dois principais cenários:
• A ausência da intervenção em um local necessário;
• A intervenção feita, mas que não atende às solicitações de projeto.

 

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No primeiro cenário, segundo ela, os maiores problemas relacionados a canais são as inundações e deslizamentos de terras. Um curso d’água não fixado, que se encontra embutido em um meio altamente urbanizado, sempre busca o seu equilíbrio dinâmico. "Isso quer dizer que quando as precipitações aumentam, aumenta a vazão e a velocidade do fluxo, fazendo com que as tensões de arraste intensifiquem o processo erosivo. As margens não protegidas tendem a perder massa de solo, podendo ficar instáveis e comprometer as estruturas ribeirinhas. Por outro lado, quando a vazão diminui, pode ocorrer o processo inverso de assoreamento, que reduz a capacidade hidráulica da seção, podendo causar inundações em caso de novo aumento da vazão" – explica Paula.
Já no segundo cenário, pode-se encontrar uma estrutura obsoleta ou subdimensionada. O problema pode estar relacionado à falta de dados durante a realização do projeto ou a negligência quanto a certas verificações que deveriam ser realizadas pelo responsável técnico. "Um problema que se pode ter é a aplicação de um material de revestimento que não resiste às solicitações do fluxo ao longo da vida útil da obra. Isso faz com que aumente os custos de manutenção, que se não for realizada, a situação volta para o primeiro cenário" – esclarece Paula.

 

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Um sistema em más condições é prejudicial para a infraestrutura de uma cidade, visto que há risco de inundações e acidentes como por aquaplanagem. "Quando essa água coletada na superfície das cidades é despejada em algum rio ou área ambiental sem antes passar por um pré-tratamento, há grande chance de contaminar rios e o solo, pois virá com resíduos dos pavimentos como óleos oriundos de indústrias e postos de combustíveis, descarte de medicação e produtos químicos utilizados em processos fabris etc." – adverte Esteves.
Um sistema de drenagem que funciona realmente é projetado para não interferir negativamente no fluxo da cidade. "Por isso, é preciso avaliar a classe de carga do conjunto canal e grelha para suportar o tráfego de veículos e pedestres e optar por um design que não contribua para a acumulação de sujeira e lixos jogados na rua pela população" – explica Esteves. Os sistemas, como os da ACO, por exemplo, funcionam melhor quando acompanhados de periódica manutenção, que permite maior eficiência e durabilidade dos equipamentos.

Ganhos de performance
Para Barbosa, da Kanaflex, um dos maiores avanços tecnológicos nas últimas décadas é a produção no Brasil de tubos de polietileno de paredes estruturadas em grandes diâmetros. Eles aumentam o ganho de performance hidráulica, de vida útil e de produtividade na implantação ou manutenção de Sistemas de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais. "Esses tubos têm dupla parede: a parede interna lisa permite a máxima performance hidráulica; e a parede externa corrugada propicia resistência estrutural ao tubo para suportar cargas de aterro e de passagem de tráfego na superfície" – explica.

 

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"Com relação aos problemas e limitações citados, o aumento de ganho de performance hidráulica dos tubos de polietileno é de 30% a 40% superior aos tubos fabricados com outros materiais devido à sua baixa rugosidade interna" – ressalta Barbosa. Segundo ele, os tubos de polietileno – PEAD estão disponíveis no mercado em diâmetros de 110 mm a 3.000 mm. "Esta tecnologia veio ao encontro da necessidade do aumento de confiabilidade e segurança nas redes de drenagem de águas pluviais, cuja existência e bom funcionamento são fundamentais para as cidades" – analisa.
Os tubos de polietileno têm outras vantagens, como a inexistência de perdas por quebra e vida útil superior a 75 anos. "Assim, fica evidente que o grande avanço tecnológico ocorrido na década de 70 com a migração das manilhas de barro para os tubos de PVC se repete nos últimos anos com a migração dos tubos de drenagem de maiores diâmetros para os tubos PEAD" – compara Barbosa.
Os fabricantes de tubos PEAD de paredes estruturadas no Brasil são: Kanaflex, Tigre-ADS, Corrplastik, Politejo e Armco.
A publicação de Normas Técnicas nacionais relativas a essa tecnologia, seja a ABNT NBR ISO 21138 (2016) ou a DNIT 094/2014-EM (2014), é outro fator de significativo impacto de suporte aos projetistas e usuários dessa tecnologia. "Sua utilização tem avançado a passos cada vez mais largos em nossas cidades, rodovias, concessionárias de saneamento, condomínios, aeroportos e obras de infraestrutura de modo geral" – afirma Barbosa.
Segundo Barbosa, as Normas Técnicas citadas estabelecem barras de 6 m para os tubos de paredes estruturadas fabricados em polietileno. "O que implica 80% de redução do número de junções entre caixas, fato muito significativo, pois a maior parte dos problemas de vazamento e infiltração de água em redes subterrâneas ocorre nas juntas" – destaca.
A resistência natural à abrasão e a baixíssima possibilidade de incrustação em sua parede interna reduzem os riscos de acumulação/aderência de sólidos no interior dos tubos de polietileno. "E possibilitam velocidades de fluxo acima de 7 m/s, tendo reflexo direto na não obstrução de redes e redução da necessidade de limpezas de manutenção pela operadora das redes" – assegura Barbosa.

 

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Arrojo no novo
Entre os elementos do sistema de drenagem, têm-se os cursos d’água a céu aberto, sejam naturais ou criados artificialmente. "Uma das preocupações com os canais de drenagem é a possibilidade de erosão do fundo e das margens, o que exige algum tipo de revestimento. Ao intervir nesses canais, deve-se ter um cuidado especial na escolha do material que irá compô-los" – salienta Paula.
Em termos de materiais de Engenharia, hoje os requisitos atuais são a durabilidade e o baixo impacto ambiental. "Até parece quase impossível juntar esses dois termos dentro da Engenharia, entretanto, algumas empresas têm provado o contrário" – afirma.
Segundo Paula, reverter o processo de má urbanização e ocupação do solo é algo complexo que demanda tempo e recurso. "O que se pode fazer de imediato é buscar um melhor planejamento nas novas implantações, seja no próprio curso d’água, seja em sua bacia hidrográfica. Ser conservador quanto aos dados de entrada do projeto, porém arrojado o bastante para verificar e refletir no que a indústria tem a oferecer de novo pode ser a combinação ideal para a execução de uma obra eficiente e durável" – aponta.
O uso de gabiões PoliMac da empresa em canais de drenagem atendem esse tipo de aplicação. Conforme explica, o gabião é um material historicamente muito utilizado para revestimento de canais, seja em formato de caixa ou tipo colchão, conhecido como Colchão Reno®. A Maccaferri, que tem referência técnica no mercado de gabiões, lançou o PoliMac, que, atrelado aos gabiões, proporciona um material que atende às clássicas e modernas solicitações da engenharia hidráulica e ambiental. "O PoliMac é um polímero de engenharia que reveste o arame galvanizado da malha de dupla torção que constitui os gabiões com maior resistência química e contra danos abrasivos" – explica Paula.
Os gabiões são invólucros metálicos preenchidos com pedra já conhecidos que permitem a passagem d’água entre o canal e o solo ao mesmo tempo propícios para o crescimento da vegetação através de seus vazios, conferindo boa integração ambiental. "A tecnologia PoliMac traz mais vantagens ao gabião, com maior vida útil da estrutura em relação a outros revestimentos de arame dos gabiões. Isso resulta em menores custos de manutenção e une benefícios à sociedade e ao meio ambiente" – destaca Paula.

 

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Construção sustentável
A ACO desenvolve sistemas de alta tecnologia para o Gerenciamento de Águas Superficiais. São soluções guiadas pelo conceito de ACO System Chain, que captam, tratam, retêm e destinam essas águas. A empresa produz canais de drenagem para a captação de águas superficiais, separadores de água e óleo para o pré-tratamento e tanques de atenuação e infiltração de água pluvial para armazenamento e liberação controlada ou reutilização, já que os sistemas ACO, após tratá-la, devolve a água ao meio ambiente. "Ao conectar essas soluções no mesmo projeto, é possível gerar uma construção com apelo sustentável ao facilitar o ciclo natural da água em áreas impermeáveis" – diz Esteves.
O objetivo da ACO é minimizar os impactos das mudanças climáticas por meio de tecnologias inteligentes, preservar a água e contribuir positivamente para a infraestrutura das cidades, ajudando o meio ambiente, impactando a vida das pessoas em diversas obras, como em aeroportos e portos, vias e rodovias, shopping centers e centros comerciais, residências, praças, postos de combustíveis, estádios e centros esportivos.
São muitas as vantagens para as cidades do sistema em boas condições e bem projetado. "Além de contribuir com o meio ambiente, permitindo o ciclo natural da água em áreas impermeáveis e pré-tratamento antes do descarte em mares e rios, a cidade é beneficiada com uma drenagem eficiente para escoamento de águas pluviais, evitando enchentes e prevenindo danos às propriedades e perdas de vidas" – conclui Esteves, da ACO Brasil.

 

Contato das empresas
ACO Brasil:
www.acodrenagem.com.br
Kanaflex: www.kanaflex.com.br
Maccaferri: www.maccaferri.com.br

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